terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Teste hypadíssimo

A partir de um teste preparado pelo jornalista Ronald Villardo e publicado na revista Junior de dezembro, eu e Língua fizemos uma adaptação para terras alencarinas. O propósito inicial do teste do Villardo era detectar o quanto hypado você é no verão carioca. O nosso é o mesmo, só que na alta temporada cearense. Pronto para a verdade? Então, pode responder!

1 - Você encontra aquele amigo na praia, sua primeira frase é:
a) E aí, a festa tava boa ontem?
b) Tá com personal?
c) Não fala nada. Às 10hs da manhã não há comunicação possível.

2 - Você chega na sua boate favorita e encontra uma fila que dobra o quarteirão. Você:
a) Pede para falar com o promoter ou com o RP da casa porque é amigo de Thalles, Monah, Leco, Carol, Neto e Eurico.
b) Dá aquela olhada para ver se tem algum amigo na fila.
c) Enfrenta a fila como qualquer mortal.

3 - Durante a semana, seu programa favorito é:
a) Comer caranguejo na Praia do Futuro, às quintas-feiras.
b) Ouvir música ao vivo no entorno do Dragão do Mar.
c) Ir ao Quiz do Arlindo às quartas-feiras

4 - Para você o melhor fim de noite é:
a) Brasão
b) Montecarlo
c) Caribe

5 - Na alta temporada em Fortaleza, você:
a) Se joga na noite, porque a cidade está cheia de turistas.
b) Prefere reunir os amigos mais próximos em casa, para evitar o calor senegalês.
c) Aproveita para curtir os amigos que moram fora e vem passar as férias na cidade.

6 - Entre as festas particulares que bombam na cidade, você recebe convites para...
a) Convites? Como assim convites? Você quer dizer cortesias?
b) Você não precisa de convites para ir ao ensaio da Cachorra nem ao Samba do Arlindo. São abertos ao público.
c) Tenta administrar seu tempo entre as festas de Miguel e Denise.

7 - Entre os amigos fortalezenses hypados que lhe dizem "oi" estão:
a) Pompeuzinho (Vasconcelos) e Lalá (Medeiros)
b) Dani (Peixoto) e Karine (Alexandrino)
c) Claudinho (Quinderé) e Karim (Ainouz)

8 - Na praia você come:
a) Caranguejo
b) Lagosta, do ambulante
c) Comer? Na praia eu só bebo

9 - A dica que você dá para os amigos turistas é?
a) Show de humor na Lupus Bier e forró no Pirata
b) Farra na Casa Alheia
c) Comece o dia na Marulho e termine no Baixo Aldeota

10 - Quem faz o som do seu verão?
a) O carimbó do Guga
b) O house de Renata Dib e Gilvan Magno
c) Ninguém é melhor que o playlist do meu Ipod

O resultado está nos Comentários...

Ano novo, brincadeira velha

Pouco original, meio trabalhoso, mas esse é meu post de final de ano. A idéia era vocês votarem em um dos vídeos abaixo, mas eu bem sei que vocês não vão fazer isso. Não ligo a mínima, na verdade. É isso, vejam se quiserem, caso contrário, botem na bunda. E feliz ano novo.

Depois de assistir exaustivamente a primeira temporada, finalmente chegou a segunda. Se quiserem indicação de vídeo relacionado vejam o Silas Simplesmente, A Senadora biônica, Carlota Joaquina, Cupido e a Adolescente. Todos geniais mas eu, democraticamente, selecionei esse para a votação.


Vanessão

Para alguns isso é humor negro por que a "atriz" morreu. Pra mim é comédia da vida real e nada privada.

Posso colocar... na bunda?

Parece que tomou ácido essa menina...

Gato ninja

Gato dos quintos dos infernos...

Ariano Suassuna Punk ou Funk

A cara da semana de arquitetura.

Desafio Pacsivia

Não é indicado para menores. Nem para pessoas sensíveis a piadas de biba. Estão avisados...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Era só que faltava... Pieguice!

Pela milionésima vez eu sento a bunda na cadeira para escrever esse post. A primeira intenção não era fazer dele um post de natal. Algumas vezes senti que ele não cabia no Papel, que ele pertencia a um outro alterego. Outras vezes ele se tranformava em revelações impublicáveis. Era mais para falar sobre como os amigos, finalmente após os trinta, viraram protagonistas da minha vida. Não mais os amores ou as preocupações com a carreira. Não mais as minhas agonias existencialistas. Enfim a epifania da minha vida. Creio que outras ainda virão mas essa é bastante especial por que envolve uma calma de espírito que eu buscava a muito tempo.

Tem algumas semanas que eu e Número 1 nos reunimos e um tema é constante nessas conversas. Tudo começou com a preocupação em preencher nossos domingos, normalmente um dia odiado por todos. Eu o detesto mais ainda pela ausência do meu filho.

Então aconteceu o impensável. A simples tentativa de espantar a solidão tornou-se em programas descomprometidos e deliciosos em que não havia regras. Podia ser qualquer coisa desde cinema ao café, ou almoço, ler o jornal, jogar video game. Todas as coisas juntas ou nenhuma delas, mas a certeza de que a gente não precisava fazer absolutamente nada em especial para adorar nossos domingos. Tudo fácil, calmo e sem exigências. Como todas as relações deveriam ser.

Fato conhecido que eu não sou uma pessoa que se contamina pelo espírito natalino. Gostaria de abrir uma exceção e dar uma pausa nesse blog tão desaforado. Aproveitando esse súbito bom humor eu adoraria agradecer a todos vocês que não apenas vêm aqui, mas que participam ativamente da minha vida. Em especial, nesse ano tão difícil gostaria de agradecer, mais uma vez, pelos ombros, escovas de dentes, cervejas, colos, lenços e principalmente pelos silêncios. Pelos domingos, sábados, terças. Pelo horário nobre e pelas ligações malucas pela madrugada. Pelas mensagens de texto e emails que eu nunca respondo (ano que vem eu tento mudar).

Meu post de Natal é uma homenagem e uma declaração de amor a vocês que são minhas referências para o cinema, literatura, música e comportamento. Sinto não ter talento para fazer isso de forma apropriada por isso vou parafrasear W.H. Auden (além de retirá-lo um pouco do contexto, perdoem) quando ele diz: (...)"my North, my South, my East and West, My working week and my Sunday rest, My noon, my midnight, my talk, my song (...)

No fundo, eu queria mesmo era ter coragem de postar uma música do Rei, por que estou ansiosa pelo especial de Natal. Por que ele não é o Pessoa mas teve seus momentos de genialidade. Por que ele é minha cara e por conseqüência, a cara de vocês também. Por que eu tô adorando essa coisa de ser piegas... Mas vai ficar para outra. Já esgotei minha cota de frescura.

Para Cinéfilo, Dentista, Língua, Número 1, Golpista, Frouxa de Rir, Flor, Beto Stein, Designer, Cascavel, Cebolinha e tantos outros que fizeram o meu ano.

Top 10




Mais um domingo para entrar na minha lista de favoritos. Aquela famosa e divertida brincadeira de citar os melhores diretores, filmes, álbuns, atores e-por-aí-vai, rolou a tarde inteira, varou a noite e adentrou a madrugada. Faltou Língua que me acompanha constantemente mas que está na sua Tubiacanga passando os holidays.

Já uma tradição, domingo é meu dia com Número 1, almoço, café e cinema. Ontem teve participação especial de um querido. Gravador foi o nome provisório encontrado, mas não gostei não. Acho por demais pejorativo. Depois eu penso em coisa melhor.

Bom, tirando o fato de que o filme que nós íamos assistir havia saído de cartaz, de termos que passar um bom tempo em pé para conseguir uma mesa no almoço e dos corredores lotados do Iguatemi, a experiência foi válida. Tinha tudo para ser um fracasso, mas no final deu tudo certo. Nos entupimos de junk food, nos esprememos na Siciliano por uma café e migramos para o Dragão do Mar para assistir Vicky Cristina Barcelona.

Normalmente não emito opinião sobre um filme recém assistido mas hoje eu vou. O filme me ganhou na primeira cena em que ele mostra, logo de cara, um gigantesco painel de Miró. Depois vem o texto apresentando as duas, Vicky e Cristina. Foda.

Apesar e achar que o Woody Allen não tem (ou não é) um bom diretor de fotografia, da péssima figurinista e de não saber filmar cenas de sexo, o filme entrou, fatalmente, para minha lista de melhores do ano. Por tudo. Adoro o estilo dele, mas achei deliciosa a mudança do foco de atenção dele. Um filme sobre mulheres e fora do eixo Nova York/Londres. Da substituição do Jazz pelo Spanish guitar. Tudo isso bastante novo para mim, que de cinema não entendo nada, só sei do que não gosto. Igual a Cristina do filme. (Prefiro nem dizer o tanto que me identifiquei com essa personagem. Ia ficar piegas e repetitivo. Mas isso aconteceu in so many levels...)

Eu já disse que as cenas de sexo são terríveis apesar do Javier Barden, Penélope Cruz e Scarlett Johansson? Pois são. Mas em compensação a atuação desse trio é inacreditável. Penélope Cruz só não ganha o meu Top 3-de-atriz-do-ano por causa da Julianne Moore, em Blindness. Mas do resto... Ganha de lavagem. Do Javier não emitirei uma única palavra. Minha autocensura não permite.

Bom, é isso. Não vale de nada, não pode ser considerada uma crítica, mas é uma indicação para quem ainda não viu. Meus colegas de filme não concordam com todo o meu confete, mas concordam que Vicky Cristina Barcelona é, no mínimo um bom entretenimento para domingos de banzo. Depois me digam...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Contra o mau olhado eu carrego o meu patuá

Esse negócio de só ter tempo pra postar uma vez por semana tá foda. Eu com várias idéia, pouco tempo para desenvolver as teorias e, pior, uma memória de merda! Tenho que fazer algumas considerações. Antes de mais nada gostaria de explicar algo:

Quando começo a escrever meus posts não existe previsão de como eles irão terminar. Muito pelo contrário. O que acontece é o seguinte: Primeiro a idéia, depois uma vaga noção de como esse quebra cabeça vai se montar. Mais ou menos como encontrar uma ossada e tentar construir um esqueleto. As vezes o texto termina de forma previsiva, outras vezes o esqueleto que parecia humano vira um dinossauro. Processo meio maluco mas Freud explica. Não sei como funciona essa coisa de escrever com outras pessoas que se aventuram a dar a cara a tapa, mas comigo é assim. De qualquer forma gostaria de dizer que caso, ao final desse post vocês não encontrem relação nenhuma entre um comentário e outro, ignorem. Eu estou tentando não me censurar tanto para ver onde vai dar esse exercício, ok?

Sábado teve festa na Biruta. Juro que foi muito difícil tomar a decisão de ir. Não me lembro de ter boas experiências naquelas "festas normais" ou no "galinha de leão". Além do mais, não gosto da "Farra na Casa Alheia". Fui pelos amigos que estariam presentes.

Sim, a barraca Biruta. Na minha adolescência, quando eu não ia sempre escutava que havia sido sensacional, quando eu ia era uma merda. Nunca gostei de hip hop, nem de Fernanda Abreu, Pato fu, Skank e Red hot chilli peppers. Além do mais aquela bebida que vendia lá... Ninguém merece. Tenho até arrepios.

Mas Língua foi tão gentil em me reservar uma camisa para o camarote que eu resolvi ir. (Afinal de contas as companias eram as melhores). Agora chegamos a um dos pontos que me interesava ao pensar no post. A roupa. Quis tanto ter uma máquina para registrar os melhores modelos!!! A mulher pequenopolense possui um talento extraordinário para errar o figurino panoramicamente.

Manhã na faculdade, tarde no shopping, noite na balada (pode ser tanto samba, funk ou boite, não importa). Elas usam A MES-MA ROU-PA! Aparentemente alguém esqueceu de avisar às periguetes que existe um tipo de roupa apropriada para cada situação, evento, clima, etc. Juro que não sei se eu rio ou se choro. Cabelos escovados, óculos de camelô, microvestidos, microblusas, microshorts no topo de mega saltos-agulha. Primeiro problema: apesar de vivermos em uma cidade cuja orla é gigantesca, a cidade parece ignorar a existência desse espaço. A maioria aqui vive e se porta como se a cidade não fosse litorânea e como se a areia e o vento fossem cenográficos.

Como eu já havia falado o que dava acesso ao camarote era uma camiseta (mentira, tinha convite, camiseta, pulseira vermelha e pulseira amarela. Não pergunte o porquê de tanto filtro mas que tinha, tinha). Bom, vocês sabem que a mulherada gosta mesmo de exagerar na customização, em alguns casos não dá nem para identificar a blusa original. Deviam existir regras para isso. E é por isso que postei. Rá.

Regra número 1: Quer ajustar a blusa, ajuste, mas não a imende com outros pedaços de roupa a não ser que você seja um grande estilista e tenha um talento nato para modelagem. Repetindo Es-ti-lis-ta, ok? Costureira não.

Regra número 2: Corte a peça aos poucos, sempre pode dar algo errado e você vai acabar com seu buchinho de fora. E normalmente não é só um buchinho que está em jogo.

Regra número 3: A festa é informal? Ótimo, pode customizar, mas use uma tesoura. De preferência afiada para que não fique parecendo que você cortou a blusa com os dentes ou com uma tesoura escolar.

Regra número 4: Homens. Pode ajustar, diminuir a manga, cortar a gola... mas cuidado para não ficar parecendo a Betina Botox. É mais seguro fazer o seu outing na Music Box.

Quem avisa amigo é.

Algumas outras considerações sobre o evento:

Exitem boas bandas na cidade. Uma delas chamava Groovetown. Vocalista genial, trio de metais, repertório back music sensacional, etc. Sabe o que aconteceu? O trio virou uma dupla e o vocalista foi substituído por uma cantora, que eu não sei bem enquadrar, mas fica entre Calypso, Babado Novo e Limão com Mel. O repertório continua mais ou menos o mesmo com alguns "sai do chão" e "levante a mãozinha" a mais. Tudo isso somado a uma auto-estima elevadíssima apesar da feiúra da moça. O cão!

Depois veio uma tal de "Moinho" que foi a responsável pela animação do brejo. Certeza que o fã clube da Ana Carolina tava lá em peso. E eu, ignorante, que nunca tinha ouvido falar nessa banda, fiquei surpresa com as pessoas singing along. Acho divertida a capacidade de pioneirismo das sapas. Corporativismo feminino rules! Pense num povo pra descobrir banda de mulher... Tadinhas da bichinhas. Elas merecem diversão também, fresque não.

O Olodum foi aquela coisa. Eu não gosto de música baiana nem da Bahia nem de canto nenhum. Mas gosto de batucada e a deles é primeiríssima. Me vi cantando loucamente "ôooo Rosa, ôoo Rosa..." Tirei algumas coisas do fundo de meus alfarrábios mentais. Túnel do tempo mesmo. O palco, a música, a barraca. Só faltou meu aparelho nos dentes e o paraplégico que sempre ia em sua cadeira de rodas. Quem ia lembra. Genial.

O final ficou para a Cachorra. Foda. O som não tava bom e o repertório não mudou nadinha. Certas coisas não funcionam no palco. A Cachorra é uma delas. Eles saõ lindos na avenida mas no palco perdem alguma coisa fundamental. Não sei o quê.
Bateu um tédio por conta da farra toda. Quando eu conto ninguém acredita, mas alguém tentou me passar uma zica. No meio da noite dei uma topada que quebrou minha sandália. Antes ela do que meu pé, mas passei a noite descalça e com a sensação de que alguma coisa de muito ruim ainda ia acontecer por conta daquela olhada venenosa. Até hoje eu procuro minha aura que foi sugada por aquela presença invisível. Juro que não vi de onde veio mas tenho certeza de que era mulher. Só pode. E como meu santo é forte mas não é de ferro, pelo cansaço da farra, pela quantidade de cerveja e pela música eu fui embora meio que sem entender que trem havia sido aquele que havia me atropelado.

Apesar do mal estar cheguei em casa sã e salva e sem ser molestada sexualmente por ninguém.... Opa! De onde isso surgiu? Eu hein... Não tenho idéia de onde isso surgiu mas deve significar algo. Tenho que investigar o que anda acontecendo mas eu aposto que tem alguma coisa a ver com um beijo roubado na porta da barraca, bem na hora de ir embora. Será? Freud deve explicar. Eu vou continuar investigando...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

"Prefiro ter um filho viado a ter um filho velha"

Saco cheio de caretice. Sei que a coisa está ficando repetitiva mas é que eu não aguento mais. Depois das queixas a respeito da lei seca, dos guetos para fumantes agora mais alguns adicionais. Vocês não vão acreditar, mas tem uma lei está sendo votada aqui em Pequenópolis e esta dita cuja (caracará sanguinolenta) pretende fechar os bares e botecos da cidade até meia noite. Final de semana até uma da madrugada é permitido. O bacana é que restaurantes, casas de show e boates podem vender bebidas, mas os bares não. Vou ter que começar a frequentar redutos dos cafuçus-esporte-fino agora? Esse papo está rolando nas minhas mesas de bar desde quarta feira e para alguns esse assunto não é novo. Juro que não me prolongarei mais nesse papo. Era só para colocar à mesa alguns fatos que Cinéfilo e Dentista podem estar por fora.

Cansei de chamar os nossos governantes e legisladores de passadistas, fariseus, mendazes, hipócritas, pudicos e reacionários. Mentira, não cansei. Acontece que sou louca por palavrões e por dicionário de sinônimos, daí já viu... Mas , no fundo do meu coração, acredito que eles são reflexo de nossos familiares, colegas de trabalho e até dos amigos mais queridos que reproduzem esse discursozinho vergonhoso cuidadosamente fabricado em nome da "moral e dos bons costumes". Língua tem toda razão ao dizer que essa geraçãozinha de quarenta e pouco anos tem medo que os filhos façam metade das putarias que eles fizeram na juventude.

Dá para acreditar que agora se discute SE a relação do Marcelo Camello com uma garota de dezesseis anos é decente? Como assim? Um homem de trinta anos é mais pernicioso a uma adolescente do que um de dezoito? Uma pessoa de dezesseis anos pode ser considerada uma criança? Ser sem inteligência? Ou melhor, sem sexualidade? Eu surtei ou estamos falando de uma mulher de dezesseis e não uma garota de seis? Minha avó casou aos catorze, aos dezesseis já tinha filhos. A mãe dela nunca reclamou, nem os amigos. Sei não, eu acho que há de haver algum grau de preocupação nas relações que envolvem adolescentes, mas por que isso foi levantado justamente por que o cara era um homem, adulto e público? Pelo que eu me lembro a Eloá foi assassinada pelo namorado adolescente. Gente sacana existe em qualquer faixa etária.

Outra discussão "genial" que eu vi ontem naquela super revista que eu adoro (!!!). NUDEZ. Vocês acreditam? Não é nudez na tv, nem no teatro, nem em revista. Nudez. Na minha cabeça quem não gosta de ver gente pelada devia morrer. Daí os mais pudicos perguntam: "Mas e as crianças?" Respondo finamente como é meu costume: Teatro infantil não tem nudez e revista de sacanagem não deve ser tratada como literatura. "E a Tv?" Desliguee!!!! Tira essa criança de casa, compre um video game, uma bicicleta, contrate uma TV por assinatura, ora bolas. Por outro lado os atores que acham que estão sendo submetidos a constrangimentos peçam demissão. Vai ser vendedor de côco na praia, a Narjara Turetta adorava. Eu devo dizer que nunca me senti insultada depois de tirar a roupa, em compensação, vestida, já passei por muito tratamento vexatório. Falta do que fazer isso sim, discutir isso. A culpa é do Mainardi, certeza. Tudo começou com ele.

Fiquei puta comigo mesma hoje. Fui buscar minha mãe na academia, cheguei uns minutos mais cedo e resolvi fumar um cigarrinho na calçada. Terminado o cigarro, uns minutos depois surge uma senhora na porta reclamando que a fumaça estava entrando inteira na academia. Tu acha? Eu só balancei as mãos e mostrei que o cigarro já havia acabado. Devia ter acendido outro e dado uma baforada na cara dela. Só faltava essa mesmo, agora nem na rua eu posso mais fumar... Desaforo!!! Legal mesmo é que esse tipo de campanha faz com que as pessoas se sintam não apenas no direito mas na obrigação de constranger as outras em público. Quem não achar que isso é um constrangimento me responda por favor. Levar uma rolada de uma velha por que educadamente fumei fora de um ambiente fechado, é novo. É o sinal do fim dos tempos.

Taí, fui ofendida vestida, se estivesse pelada, ao invés da velha, tinha saído pelo menos um gordinho pra me passar uma cantada. Certeza.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eu sou Free. Freelancer

Muito tempo sem postar, várias coisas na cabeça e pouco tempo para colocá-las no papel. Acontece que por causa do meu sumiço uma pergunta sempre recorrente ao falar com os amigos é: E ai, como vai a vida amorosa?

Respondo sempre que posso: - A amorosa inexiste mas a vida de solteira a cada dia fica mais interessante... Para aqueles que moram longe e estão curiosos para saber que fim levou a novela do meu aniversário, vos digo. Lindamente. Acontece que apenas um dos três sabia da existência dos outros dois e tratou tudo com muito bom humor. Esperou pacientemente a vez dele e foi genial ao me dar meu presente de aniversário. A cena era engraçadíssima. Os três cavalheiros sentados à mesma mesa, compartilhando cervejas e conversando banalidades. A Flor se divertiu muito ao bater as fotos. Golpista disse que na outra mesa rolou até aposta. Memorável esse aniversário.

Apesar de ter ficado com Darcy resolví destituí-lo do cargo após aquela noite. Os homens de quarente se ACHAM e eu ACHO uma audácia um tomador de Viagra querer dar uma de gostoso pra cima de mim. Ma rapá! Darcy, decidi agora, é um título, como o de César romano. Mas resolvi não passá-lo a ninguém, prefiro dar um tempo no romance e aproveitar as maravilhas e oportunidades que a vida joga a meus pés.

Desde então tento administrar da melhor forma possível meu tempo e tomei algumas resoluções com relação aos meus homens. Apesar de possuir alguns sonhos de consumo (e ao dizer isso falo em impossibilidades reais mas não permanentes) resolvi que os quarentões e os comprometidos estão definivamente fora da minha área de atuação. Eles dão mais trabalho que os outros, os solteiros de trinta e os galinhas de vinte.

Depois da descoberta de que eu não poderia apresentar meu projeto de graduação ainda este ano resolvi dar uma relaxada e curtir minha última semana dentro da faculdade como estudante. Provei tudo de novo como se fosse uma caloura. Recebi até indicação de"carne nova no pedaço" e "a mais safadinha" na eleição da musa. Perdi os dois mas fui agraciada com o título de presidente da ÂNIMA (Associação das ninfomaníacas da arquitetura). Muito justo depois de todo mundo que eu peguei, pelos atos de bravura que cometi e pelos trabalhos comunitários com crianças excepcionais ao longo dessa década.

Apesar de considerar que existe uma demanda de homens-comprometidos-e-interessantes-que-estão-interessados eu resolvi que pelo menos por um tempo eu vou prestar serviços aos avulsos. Apesar de as mulheres adorarem os meus homens (ou seria o contrário? Vou parar senão vou acabar caindo na discussão da monogamia) eu não gosto meeeeeeesmo de pegar homem "casado". Menos mal né? Safadeza tem limite, a minha também. Além do mais, é humanamente impossível uma mulher como eu, mãe solteira e cheia de coisas para finalizar, dê conta de tanta gente. Não quero criar uma "bolha" amorosa. Detestaria que meu esquema entrasse em colapso por falta de lastro. Além do mais acredito que agora, com a saída do signo de escorpião e a entrada de sagitário algumas coisas irão mudar. Quem tem seus ficantes sérios, se agarrem a eles com unhas e dentes que esse signo de agora não é brinquedo não. Capricórnio então, nem se fala.

Pois bem, aqui foi um resumo dado muito por alto àqueles amigos comprometidos e que único prazer que têm é ouvir as confissões dessa escorpiana pudica libertária. Muito dele foi censurado por que vocês sabem, existe um público frequentador desse blog que ainda é novinho e romântico, que acredita em amor eterno e papai noel.

Bom Anal, oops Natal

Outro dia e estava conversando com a Golpista e descobri o seguinte: existem mais pessoas que compartilham o meu ódio pela histeria coletiva, barroca e cafona que é o natal. De acordo com ela, ao longo de anos, durante a infância/adolescência, ela foi ao cinema com o pai na "noite feliz". Apenas coisas boas poderiam acontecer a partir daí não? Olha só no que ela se transformou.... Uma apreciadora da sétima arte e uma aliada minha na luta contra o consumo, o peru, os corais e as reuniões com aquele povo chato que chamamos de primos, tios e tias.

Resolvi que havia chegado a hora do famoso post de natal e, honestamente, estava sem muita inspiração, pensando que não havia mais nada que eu já não houvesse dito. Além do mais, minha mãe restringiu a decoração da casa a duas guirlandas, uma vela em forma de bota, um tapetinho e duas toalhinhas no lavabo e umas luzinhas na varanda. Daí você se pergunta: Só? E eu digo, sim, foi pouco. Cadê a árvore de natal? E as toalhas de mesa? E o cd da Simone?

Sinceramente não tem como fazer um post sem o normal exagero natalino. Até o Iguatemi resolveu fazer uma árvore "discretinha" esse ano. Toda prateada. Cadê a cafonice das luzinhas coloridas? Agora para onde eu olho elas são amarelinhas. Cadê os excessos em vermelo e verde? É tudo prateado ou dourado agora. Assim não dá pra ser feliz. Como eu posso fazer um post de natal que se preze se as pessoas não cooperam?

Normalmente quando eu vejo uma pessoa muito empolgada com "o espirito natalino" e feliz em encher a base de sua árvore de natal com presentes eu digo: - Ele nasceu em abril, otário(a). Nem isso eu consegui fazer ainda. Faz idéia da frustração da pessoa?

Bom, já que não houve cooperação alguma de nenhuma parte eu resolvi que postaria o mais famoso dos melôs de natal. Essa idéia me veio numa madrugada embriagada em uma padaria famosa da cidade por varar a noite aberta. Estava com Língua que provavelmente vai odiar esse post (ele foi coroinha, não come carne nem fala palavrão na sexta feira santa). Mais ainda, vai odiar ser citado nesse já tradicional post-herege.

Bom, continuando, na pesquisa pelo vídeo da musiquinha que eu queria publicar veio uma surpresa. Vejam o vídeo e depois me digam. Peço desculpas de antemão pela piada velha mas tenho certeza que todos irão me entender.



segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Blue monday

É isso, dia estressante. Entrega de Projeto de Graduação, certa melancolia no ar, e ainda tenho que ouvir desaforos. Por que ninguém mais deseja "bom dia", nem pede "com licença" e não diz "me desculpe" ou "obrigado, você faz tanto por mim"?

Amanhã, provavelmente, já estarei arrependida de ter postado isso. Ou talvez não. Pode ser a Gota D'água.

Curtam o texto, ele é lindo, apesar da agressividade. Eu havia separado para postar isso no dia que eu saísse da faculdade, em um outro contexto, mas achei bonito fazer isso hoje. Uma merda mas é isso é o que eu sou, ou que me tornaram, não importa. Sinto muito. Lá no fundo eu tenho consciência de que esse post é errado mas eu juro que mesmo que esteja morrendo de arrependimentoeu não vou retirá-lo amanhã. Nada daquilo que é feito, dito ou escrito pode ser apagado de fato não é mesmo? Foda-se. Cansei de levar lenhada. Agora é minha vez de jogar merda no ventilador.

Um beijo para todos.

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"Agora estou andando de bicicleta e não quero ser perturbado, façam-me parecer com o que querem mas deixem-me andar na minha bicicleta, na minha e não na do meu irmão: esta eu construí agora mesmo e é dotada até de asas, como de resto a do meu irmão também era - mas esta é realmente minha. Saiam da frente se não querem ser atropelados, que não é do meu feitio atropelar ratos, nem fabricantes de ratos e muito menos fabricantes de falsos ratos, com a consciência de homem como esta minha. Simplesmente saiam da frente.

Esta é a cidade em que nasci e em que morri, a minha cidade e já a vi uma vez assim de cima em compania de Andréa, mas na verdade apenas em minha compania, e eu mesmo depois que me descobri - não depois que me fizeram Vocês, pulhas, sem saber o que estavam fazendo. É uma bela cidade como qualquer cidade, só agora estou sabendo, com sua gente e seus sonhos de gente, não de filhos de Deus ou de filhos da puta, que isso não conta e faz parte dos esgotos da cidade. É uma cidade sobretudo minha, não igual a nenhuma outra, com as suas pedras que ainda trazem as marcas dos meus pés, mas dos meus dois pés e não dos quatro que Vocês querem me emprestar me emprestando - e sobretudo os meus pés da infância que nem vocês nem ninguém poderão me roubar de cima de minha bicicleta.

Podem fazer-me focinhar a vontade, nessa falsa escuridão ou em qualquer outra, com este rabo que me deram de empréstimo e lhes deve estar fazendo falta: no fundo quem está focinhando são os senhores mesmos, os Senhores e não Vocês, que não gosto de intimidade com quem não conheço e nem quero conhecer, ou conheço de sobra e prefiro manter a distância.

Aqui em cima o frio é outro, nem é um frio, é o vento que voltou a bater no meu rosto como antigamente, assim de encontro a mim e à minha bicicleta - depois que me vi refletido no lago e vi que ainda era o mesmo, e que tudo não passava de uma pulhice de pulhas, de coisa sem imaginação de quem nunca teve mesmo imaginação, repetindo-se sempre o mesmo jeito, ainda quando fazem explodir uma bomba atômica ou uma superbomba, depois de anunciar aos quatro ventos a última maravilha do século.

Sabem o que falta aos senhores debaixo da minha bicicleta - o que sempre lhes faltou e há de lhes faltar sempre, por toda sua inútil eternidade?

Apenas isso: o senso de Humour - se é que porventura sabem o que isso significa em inglês, ou mesmo em dinamarquês. "





A CHUVA IMÓVEL
Campos de Carvalho

sábado, 15 de novembro de 2008

Votos de felicidade plena

Recebi de presente de Aniversário de Alanis a seguinte mensagem:

"I wish you a thousand Fendi purses, Missoni scarves, Prada sunglasses, Burberry coats, Manolo Blahniks shoes & chanel fragance.On top of that, I wish you to wear it like it don't mean nothing. Happy birthday, my dear."

Eu desejo a você mil bolsas Fendi, cachecóis Misoni, óculos Prada, casacos Burberry, sapatos Manolo Blahnik e fragrancias Chanel. Acima de tudo, eu desejo que você os use como se não significasse nada. Feliz aniversário minha querida.

Tomara que eu consiga pelo menos um décimo do que o povo me desejou... Foi lindo o aniversário, adorei. Obrigada a todos.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Monologue

Hoje é meu aniversário e todo mundo sabe a quantidade de hedonismo corre em minhas veias balzaquianas. Portanto, hoje tirei o dia de folga. Foi, tava ficando doida com Você-sabe-o-quê. Tirei a manhã para fuçar na internet, responder as mensagens de Orkut em tempo real e escrever aqui. Acredita que nesse meu passeio eu não encontrei um horóscopo otimista para hoje? Isso meio que me deixou apreensiva. Olha só o melhorzinho...

"Hoje você poderá enfrentar resistências do companheiro às suas idéias ou simplesmente a comunicação entre vocês não estar lá essas coisas. Tenha tato e evite discussões desnecessárias."

Rá! Logo eu que tem dias que carrego uma música da banda She Wants Revenge na cabeça. O nome da música é o mesmo do post. Doida para que a vibe da festa fosse mais ou menos essa:

"This is the time of night
when the moonlight shines down
and we can reveal who we truly are
Within the darkest most depraved
Of joys
If your afraid to say
But you'd like to try
Just give me the safe word and take your hand
And smack me in the mouth , my love"

Balde de água fria isso sim, esses horóscopos. Até a sorte do dia do orkut resolveu me sacanear. Olha só...

Sorte de hoje: Você é o mestre das situações.

Eu e Flor já havíamos previsto (sem todos esses "sinais dos astros") que a noite não ia ser fácil. Vou esperar pelo pior, assim qualquer pequena coisa vai ser um grande ganho. Se os amigos mais chegados forem eu já fico satisfeita.

Bom, continuando meu post completamente fútil de mulher de trinta e médio careta/médio devassa. Mais tarde vou dar uma de dona-rica no salão de beleza e me preparar para a noitch. Já não tenho mais o corpo ou a pele dos vinte, portanto... Se algo de ruim acontecer ou, pior, se NADA acontecer quero estar, no mínimo, Gooooorgeous!!

Brincadeiras à parte, hoje, antes das nove da madrugada, umas dez pessoas haviam me perguntava como me sentia aos trinta. Respondo de pronto: "Sem crise nenhuma. Por favor não estrague o meu dia." Esse ano o inferno astral passou batido (prefiro pensar assim do que acreditar que o do ano passado se prolongou até setembro desse ano). Finalmente vou me formar e graças a Deus estou bastante tranquila na minha condição de solteira (Ou talvez isso seja uma fase maníaca, nunca se sabe). Acho que a tal da serenidade que peço todo ano tá vindo. Aos trinta. Não é lindo?

Bem verdade que estou pensando, ainda futilmente, que essa coisa de ter trinta é deveras libertadora. Eu posso ficar com meninos-safados de vinte e poucos sem que ninguém fique pensando que eu sou uma pobre e inocente vítima que caiu nas garras de um conquistador. Por outro lado eu também posso ficar com homens maduros (disse "maduros", velho em crise de abstinência de Viagra não!) sem que ninguém ache que eu sou uma ninfeta interessada em dinheiro. É ou não é, ou não é?

Logo eu que nunca me fiz de rogada, agora que não faço mesmo. Eu tenho trinta meu bem. Respeite as minhas cãs pintadas.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Não é pre qualquer bico não, mané

Faltando apenas dois dias para meu aniversário de trinta anos sentei a bunda na cadeira para levantar um assunto que venho adiando faz um bom tempo. Não liguem, não faz muito sentido, eu estou apenas tentando organizar idéias na cabeça de forma racional. Como eu não faço análise essas incongruências têm que ser colocadas no papel para que finalmente eu chegue a uma conclusão que me agrade.

EU SOU CARETA.

Tem idéia? Resolvi fazer esse post por causa de algumas conversas que andei tendo com amigos e cheguei a seguinte conclusão: Caretíssima. Desde aquele post maldito inspirado no Caio Fernando Abreu esse assunto vem retornando às mesas de bar. Tudo partiu do seguinte comentário de Flor:

"Você acha que é mais libertária do que é de fato. Você é monogâmica, detesta homem fácil, não trai seus namorados e não transa no primeiro encontro."



Sabe que é verdade? Foda! Eu passei tanto tempo para construir uma auto-imagem e não é que ela é completamente equivocada? Eu sou uma farsa!


Com relação a monogamia eu não vou nem dizer nada, afinal de contas, eu não acredito MESMO em relações baseadas nela. O fato de eu, por opção, gostar de ficar com uma pessoa só é outra coisa. O que não significa que eu não tenha vontade de ficar, amiúde, com outras pessoas enquanto apaixonada por outrem (Rá). Então eu retorno à frase do amigo compositor "Um Deus me deu vontade, outro me deu preguiça". Tenho mesmo. Preguiça de aturar mais de um homem ao mesmo tempo. Dizendo isso não preciso mais falar sobre fidelidade. Não é força de caráter não, é a tal da falta de ânimo.

Em minha defesa gostaria de dizer que vivo a fase menos monogâmica da história. Tudo muito relativo, é claro. Fico com um de cada vez, as vezes dou a prerrogativa da segunda ficada. Se quiser bom, se não quiser... Pegue o beco, vou para o próximo da fila. (Agora que a entressafra acabou eu faço isso mesmo.) Relativo também por que eu só estou nesta fase galinácea por que o filho da mãe do Darcy tá fazendo doce. Ou seja, o tal do homem difícil.

Difícil ou tapado, ainda não sei. Meus ficantes (eu escrevi essa palavra no plural foi? Viu? Nem tão careta assim. Rá) dizem que meus sinais "óbvios" nunca são tãaaao claros assim para eles. E eu achando que para ser mais que isso, só pendurando um letreiro no pescoço. Vou fazer o quê, pedir o msn dele? Nananinanã, me nego (caretice eu sei). Além do mais, os homens gostam de ter a ilusão de ELES escolhem ficar com as mulheres e não o contrário. Bom, mas é um fato, ainda não sei o que pensar a respeito de Darcy. Vamos ver o que acontece no meu aniversário. O problema são os Outros que fatalmente vão aparecer. Quando isso acontece, eu já sei, acabo a noite sem nada! To be continued...


E por falar em Darcy, foi ele que me estimulou a escrever sobre isso. Gostou da minha teoria de não transar no primeiro encontro. Ele diz que existe um vácuo de entendimento entre homens e mulheres nesse campo de batalha. Eu alimento a esperança de que, na verdade, ele está tentando conhecer a teoria inteira para não errar na hora H. Eu só citei o segundo homem. Ainda acho arriscado falar da minha preferência pelo primeiro. O terceiro pode ser ele mesmo. Vocês vão entender.


Eis minha teoria: Existem três tipos de homem.


O primeiro é o Apalpador, não precisa explicar né? Ao dizer isso gostaria de afirmar que não existe nenhum julgamento aqui. Normalmente eu quero é ESSE homem. Mas aqui entre nós esse é um espécime praticamente extinto. Para mim ele só existe no campo ideal, peguei poucos desse tipo, a maioria eram apenas híbridos. (Esses são um pouco mais burocráticos, o sexo fatalmente acontece no segundo encontro. Vez por outra viram o segundo tipo de homem.) Adoro essa possibilidade de dez e pouco da noite os dois já estarem completamente decididos a se comer. Pula a etapa do blá blá blá e vai direto ao assunto. Sem discutir relação nem pedir em namoro. Lindo. Duas horas da manhã você ja está em casa e no dia seguite não existem testemunhas afirmando que você estava se pegando panoramicamente num canto de muro às três da manhã. Mico.


O segundo homem é o próprio Respeitador/Maníaco. Desses eu já peguei vários. Ele é atencioso, segura sua mão, compra cerveja, alguns até beijam sua testa num sinal às avessas de que é uma figura séria e confiável. (Homens, vamos combinar. A única pessoa autorizada a beijar a testa de qualquer mulher que você esteja pegando é o PAI dela. Fazer isso é passar atestado de cafajeste). Eu não me iludo, conheço o tipo. Pouco depois da meia noite bate o desespero no cara que, sei lá, não quer perder a oportunidade de comer alguém até o final da noite. Então o príncipe vira um sapo que vai logo metendo os pés pelas mãos, pedindo de forma grotesta para te comer embaixo de uma árvore ou no tal canto de muro. E mais, deixa a entender que caso não vá rolar ele vai pegar o beco. Alguns deles ligam no dia seguinte alegando insanidade temporária, bebedeira ou possessão. Um horror. Dou nem a pau. Não tá vendo?


O terceiro é o mais letal, o homem Matrix. A maioria das mulheres não sabe conscientemente que eles existem, mas ele tá lá... Hora se fingindo de Apalpador, hora de Híbrido. Ele não faz absolutamente nada, só vai pro encontro marcado, esperado ansiosamente e finge que os dois são amigos(!!!). Mata a mulher na unha até ela implorar. Até seus nervos estarem em frangalhos. Sai dizendo: A gente se vê... Daí fica fácil comer qualquer hora do dia ou da noite. Em canto de muro, no pé de uma árvore e Deus sabe mais onde essa mente pervertida gosta de levar suas vítimas.


Tá vendo? Querer dá eu até quero mas o homem Matrix faz doce...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O tempo subiu no telhado

Exatos sete dias desde o último post gostaria de dizer que muito aconteceu mas que infelizmente não tenho tempo para organizar as idéias de maneira satisfatória. Semanazinha maluca essa minha, deusulive!

Pra começo de conversa o Dentista chegou na quinta e já foi embora ontem. Uma merda esse tempo corrido e eu cheia de coisas a fazer. A primeira, primeiríssima é aquela, você-sabe-o-quê. Tá me matando essa coisa.

Fazendo um balanço hoje a estada dele foi mais ou menos assim. Aeroporto, almoço, praia, Arlindo, Tonhão. Sábado o Dentista tinha que ficar com a família eu com o Chucrute, ainda tinha o aniversário do Lorão, que eu não podia pra faltar por motivos óbvios. Domingo, eu tinha a corrida (nem me fale) e ele provas. Ontem já foi dia de despedidas.

A queixa recorrente do rapaz foi só uma "Não vi o povo". Sério mesmo, quem ainda acredita que, em Pequenópolis, um simples telefonema de um amigo que mora longe resolve todos os problemas? Que nada. Cinéfilo costuma dizer que as pessoas aqui são mais disponíveis do que em Metrópolis. Essa teoria, pra mim, subiu no telhado. Por várias vezes consecutivas ele tentou ver os amigos e não conseguiu. Era sempre a mesma justificativa. Trabalho, tempo, liseira.

Cinco dias em Metrópolis eu já havia encontrado todos os queridos. O que mudou? Lá tem cearense demais morrendo de saudade do sotaque da terrinha? Ninguém havia notado que a vida aqui tornou-se massacrante, o dinheiro curto, o trânsito infernal e as distâncias muito longas?

Acho que essa idéia de que aqui o ritmo de vida é mais lento é bullshit (also bullcrap, bullplop, horseshit, or jocularly bovine deficate). Talvez fosse verdadeira uns anos atrás. Antes era facinho reunir um grupo de dez amigos num bar para um happy hour. Eu, que sou rata de bar, até encontro, vez por outra, os amigos, também ratos de bar. Mas a regra não é essa. Não mesmo. Passo meses sem ver muitos deles.

Então, o que resta a nós que vivemos aqui? Amadorismo, péssimos prestadores de serviço, violência, gente mal educada, calor e trabalhos mal remunerados. Levante o braço quem ainda acha que a praia, o Arlindo e o Tonhão ainda fazem Pequenópolis valer a pena.

Assim, gostaria de dizer que não vale apelar para o sentimentalismo. Eu sei que as pessoas são bacanas, mas eu conheço um monte delas que já tá indo embora... Só vai sobrar gato véi aqui. Rá.

Quem sair por último, por favor, apague esse sol senegalês.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Trinta é o novo vinte

Ano que vem as coisas vão mudar...
Vou beber menos cerveja
Começar tudo de novo
Vou ler mais livros
Vou ficar por dentro das notícias
Vou aprender a cozinhar
Gastar menos dinheiro em sapatos
Pagarei minhas dívidas no dia
E-mails em dia
Só beberei dos melhores vinhos...

É isso. Faltando duas semanas para meu natalício já surgem na minha cabeça os planos para a década de 30. Eu acho digno. Não tenho problema nenhum em prometer pra mim mesma que vou ter uma vida melhor (ou diferente, who cares?) década que vem. Nem que eu falhe. E provavelmente metade das coisas que escrevi não vão se concretizar, afinal de contas eu falhei por todos esses anos, não é mesmo?

Fazendo um balanço da década de vinte cheguei a um saldo positivo, quer ver?

1 filho;
1 casamento;
Morei numa cidade diferente;
Passei a usar cosméticos;
Perdi o medo de aviões;
Tive vários amores;
Conheci dezenas de amigos;
Escrevi um livro (já já eu publico).

Tá faltando plantar a árvore, o que honestamente, não vai acontecer, a não ser que seja um pé de maconha.

Para os amigos que querem me dar presentes a lista é simples. Livros. Ah! Maquiagem é sempre bem vinda também (Sim por que eu ser inteligente é uma coisa. Outra coisa é eu ter que se feia).

E por falar em livros, terminei agora de ler o último livro que ganhei no aniversário do ano passado. Best seller mesmo, do autor de um dos melhores livros que já li na vida. O autor é o Ken Follet e o melhor livro é "Os Pilares da Terra". Esse outro que ganhei é "O buraco da agulha". Teve filme e tudo. De espionagem (!?) na Segunda Guerra Mundial (Hã!?). Nunca pensei que gostaria mas adorei. Indico demais. Entretenimento puro (e olhe que e não gosto do Dan Brown). Observação: Não indicado para quem gosta somente de literatura séria e ganhadores de prêmio Nobel.

Ano passado eu lembro de ter pedido a Deus o meu Mark Darcy. Achar eu até achei, mas eu acredito que ele nem suspeita que é minha alma gêmea. Até outro dia eu jurava que ele não sabia meu nome.

Um parêntese. Mark Darcy do "Orgulho e Preconceito" ok? Ano passado você ensaiou um Mark Darcy do Bridget Jones mas acredito que estou mais para a Elisabeth da Jane Austen. E mais! Ele tava mais para Daniel Cleaver do que para Darcy e gosta mesmo da é Bridget Jones (que não sou eu).

Então... o pedido desse ano é:

Deus, saquei o Mark Darcy. Mas será que dá pra ele me amar?

P.S As promessas acima são retiradas da música Next year, baby do Jamie Cullum. Só por que eu tô cansada de ser repreendida por postar coisas em inglês, ok?

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Look for the girl with the sun in her eyes and she's gone

Tô com a sensação de que não me despedi de forma adequada de Metrópolis e do meu povo. Se mais delongas por que dizer adeus é morrer um pouquinho. Amo vocês. Sempre amei a cidade mas sempre fui como turista. Agora as coisas foram um pouco diferentes, mais como cenas do próximo capítulo ou o trailler do remake de Metrópolis.

Cinéfilo foi mais que um irmão, mais que pai, mais que amigo. Dentista me impressionou com a força de vontade de estudar o dia inteiro e no final do dia ainda ter disposição para beber comigo no boteco da esquina... Tangerine e Trivial se viraram em mil pra me ver várias vezes, mesmo com um bebê pequeno, sem babá e morando longe. Pasolini era a alegria da turma quando aparecia, e eu sei o quanto ele trabalha, mas estava sempre lá, me fazendo rir. Bossa foi eleito a melhor compania para paquera. Sawyer sempre sumido, enrolado e cansado mas quando me presenteava com sua aparição... era maravilhoso. Guiness também, trabalhando horrores mas me levou no melhor inferninho do mundo, me deu cama, escova de dente e manteve a tradição de não dizer adeus . Te ligo mais tarde pra gente se ver, disse. E tantos outros que não cito por que não cabe, eu disse que o adeus seria curto.

Obrigado por terem me recebido e tornado, por esse breve período, a casa de vocês em meu lar. Obrigado por fazer de mim parte da família de vocês. Só Deus sabe como eu sou difícil e todos os dias agradeço a oxalá a sorte de tanta gente bacana me amar. Saibam que o sentimento é recíproco. Eu volto, me esperem.

Entre dois amores

Desde que cheguei não tive ainda disposção para escrever. Nem descarreguei a máquina com o resto das fotos. Primeiro por que ainda não carreguei as pilhas, segundo por que não sei se estou preparada para me deparar com os últimos dias e, terceiro, por que não sou obrigada! (Betina Botox tá demais nessa nova temporada).

Meu vôo de volta foi uma droga, pior ainda que o de ida mas não tomei nenhum barbitúrico. Eu MERECIA, mas não tomei. Um bebê ao meu lado que gritou o voô inteiro e um delinquente infantil atrás que passou a viagem inteira chutando minha cadeira. Tem noção?

Logo que cheguei ja fui ligando pros mais chegados para fazer os primeiros contatos. Passei o final de semana cercada de beijos, afagos e carinhos cheios de saudade. É bom estar de volta, encontrar os amigos, tomar uma cerveja no calor, assistir a nova temporada do terça insana, brincar de Duo Fel, ouvir o familiar vocalista do samba, mesmo que ruim.

Acontece que eu deixei aquela cidade num momento difícil. Minha amiga e fofa Tangerine fez aniversário ontem, a festa foi sábado. E eu ainda com aquela sensação de quem acabou de chegar de viagem... Tantas horas atrás eu estava lá, agora aqui. Semana passada eu estava em tal lugar. Fiquei triste por que queria estar lá, ao mesmo tempo que estava adorando matar as saudades dos meus fofos daqui, os meus queridos.

Tá muito foda isso. Eu estou com a sensação de que minha alma foi partida ao meio. Metade lá e outra aqui. Isso aconteceu por que a viagem foi tão perfeita! A melhor da minha vida. Os encontros com amigos e a certeza de que eles vivem bem lá, que agora são uma família e que num futuro próximo eu também farei parte dela. Quase tudo igual ao que a gente fazia aqui. Só com algumas peças faltando. E essas peças eu encontrei assim que botei os pés aqui, em Pequenópolis. É isso, alma partida.

Adoro as familiaridades daqui mas sinto falta de lá. Sinto falta da água que deixou meu cabelo liso mas com muito brilho. De andar na rua com segurança, mesmo que de madrugada. Sinto saudades do frio, da arquitetura, das civilidades urbanísticas de lá. Estacionamento para idosos, vagões de metrô preferenciais para ciclistas, piso tátil para os cegos. Sinto falta da sensação que dá, quando, ao atravessar a rua na faixa de pedestres, mais ou menos no meio do percurso, o fluxo humano que vem no sentido contrário se encontra comigo. E do vento frio que o metrô traz antes de parar na estação. Sinto falta da primavera, da casa do Cinéfilo. Mas eu sinto falta mesmo é das pessoas. Daqui e de lá.

Fase difícil essa minha. É por isso que eu vou dar um tempinho no Papel. Tenho que finalizar aquele projeto eterno e não quero mudar meu foco disso por enquanto. Depois eu me preocupo em sofrer. Além do mais, eu detesto meu texto quando estou triste. Até a próxima.

Beijocas mil.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Botecos e sub-celebridades

Mais um dia aventuresco em Metrópolis e de muito calor! Uma semana atrás estava quinze graus em pleno meio dia, ontem os relógios marcavam trinta e três. Bom, o guia da Folha indicava que terça feira é dia de pobre no MASP. Me reuni com Dentista e seguimos para lá. Uma mostra de retratos intitulada "Olhar e ser visto". Vocês não têm noção! Picassos, Matisses, Monets, Manets, Cézannes, Toulouse-Lautrecs, Gaugins, Renoirs, Modiglianis, Van Goghs...

Minino! Tudo ao vivo é bem mais emocionante. As cores, os volumes, as texturas, as pincelas. A retirante aqui chorou lindamente. Pra quem vier ou morar por aqui é OBRIGATÓRIO passar pelo menos umas três horas. Detenham-se nos textos maravilhosos ao lado de algumas obras. Comprei o livro da mostra e dei pro Cinéfilo, mas ver as reproduções não é igual. Não é mesmo.

O resto foi mais ou menos igual a todos os outros dias, final de tarde tomando cerveja no boteco ao lado de casa. Ah! finalmente descobri o nome do bar. Sports Bar, totalmente sem propósito o nome, afinal de contas não tem nada lá que se refira ao tema. Não faz mal, faço de conta que é o Amici's e Arlindo. Até samba na sexta à noite tem.

Diferente mesmo foi que finalmente encontrei a dupla Clube Bossa. Uns fofos, adorava eles mesmo quando os dois não era sub-celebrity. Até fiquei hospedada uma vez na casa deles, no comecinho dessa estória toda, antes mesmo do Marc Jacobs. Fomos em bloco para Vila Madalena e ficamos num boteco (também pé sujo) chamado Mercearia São Pedro. Ô povo bonito essa turminha descolada de Metróplis, eu hein. Trivial e Tangerine já estavam lá guardando nossa mesa. Ao lado da turma do Nação Zumbi e da Cris Couto. Tá pôdi? Noite cheia de sub-ceb's.

É isso.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Padocas em Cerqueira César

Eita, ontem fui logo cedo nos correios, depois passei nos coreanos fazer minha obrigação. Comprar alguma coisa para o Pedro. Não achei lá esses babados todos e segui para a 25 de Março. Pensei que ia morrer pisoteada. Aquilo é a visão do inferno. Galeria Pajé? Histeria coletiva. Fiz o que tinha que fazer e corri pro Mercadão. 

Ai os cheiros daquele lugar... As barracas lindas, coloridas, cheias de comida. Pena que a máquina fotográfica não registra isso. Queria levar cada detalhe pra mostrar pra vocês. Mas aí, eis que ocorre algo que não deveria acontecer, a bateria da máquina acabou. Sabe de uma coisa irônica e curiosa? Ninguém aqui tem máquinas com pilhas recarregáveis... Parece que agora é uma bateria que vem dentro da bicha, que nem celular. Vai entender.

O mercadão... Uma tentação para mim e Dentista. Eu barrei logo a vontade de comer o famoso sanduíche-iche de mortadela. Já tô gorda de novo (Eu não disse que felicidade pra mim é sinônimo de gordura? Esse negócio de fazer três refeições no dia é um luxo que eu não posso me dar... Parei.) Voltei para casa lépida e fagueira, orgulhosa de mim mesma que consegui chegar em casa com apenas um bolinho de carne seca com mandioca na barriga (povo abestado, desisti de convencê-los que mandioca é venenosa).

Mais a noitinha Guinness me liga para marcar um date. Acreditem ou não, essa cidade é tão louca que não consegui encontrar metade dos meus amigos. Marcamos de nos encontrar no Athenas, o grego fajuto e barato perto da casa dele. Sal estava lá também mas logo que mudamos de bar ele rumou para casa. (gostou? Rumou ó!). Foi um encontro rápido e mega feliz, colocamos os assuntos em dia e ele me prometeu ajudar a forjar um curriculum irresistível. Voltamos para casa com a promessa de nos encontrarmos novamente na quarta. Com ele é sempre assim, a gente nunca diz adeus. No máximo um te ligo mais tarde.

Ligo pra vocês mais tarde, beijocas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Leia o post de novo





Ontem foi um domingo delicioso, igualzinho aos meus em Pequenópolis. Já fiz inúmeras declarações de amor ao domingo, hoje eu vou ficar devendo por que tenho que correr pra Paulista para finalmente enviar os cartões postais àqueles que me mandaram seus endereços. Esperei demais, se esperar o resto das pessoas os cartões vão chegar depois de mim.

Ontem pela manhã eu e Cinéfilo fomos ver uma exposição na Estação Pinacoteca. Beatriz Milhazes, uma artista plástica sensacional que conheci a alguns anos e adoro (foto acima). Foi lindo. Vale a pena ver. Quatro reais a entrada, desce na Estação da Luz (estação de trem, não na de metrô) e vai andando. É na Cracolândia mas é bem policiado.

Depois fomos na feirinha da Liberdade. Sem noção como é barato comer naquele lugar. Comi muito e gastei dez reais. Incluindo o metrô. Adorei sair de casa a pé, entrar numa estação de metrô, descer perto de um museu, ir para um outro bairro e voltar pra casa. Sem trânsito, sem muito tumulto. Delícia.

A noitinha fomos para casa de Tangerine e Trivial que nos presentearam com uma comida divina e compania maravilhosa. Saímos de lá felizes da vida sem o banzo do domingo.

É isso, perdoem o post corrido, é que o fim do meu tempo aqui começa a me incomdar. Quero ver muitas coisas ainda. Beijocas. Chego já.

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Isso acontece com mais frequência do que a maioria de vocês pode imaginar. Quem teve a oportunidade de passar aqui pelo Papel de manhã cedo leu apenas o trecho acima, sem a foto. Ao longo do dia eu modifiquei o post. Agora que tenho mais tempo vou postar também o cardápio de ontem. Eu faço isso o tempo todo, reviso o blog de cima abaixo até achar um erro. Deleto parágrafos, corrijo erros ortográficos, ou seja, leio e releio esse negócio mil vezes. A culpa é de vocês que não comentam NADA! Um trabalho desgraçado pra escrever e nem sequer um comentariozinho...

Então... Voltando à casa de Trivial e Tangerine. Chegamos cedo com cervejolas, salames e queijos. Eles com um puta menu à nossa espera. Melhor comida ever e com o melhor preço. Até Pasolini que não é chegado à comidas sofisticadas se envergou e raspou até o fundo do prato. Reparem no nível da comida...

Entrada: Tartar de salmão com chantilly de wasabi


Prato principal: Risoto de camarão e presunto parma



Sobremesa: Pudim de leite condensado com calda de rapadura



É mole? Não quero fazer inveja a ninguém não mas tava uma delícia e custou nadinha de nada. Pra mim pelo menos. Custou apenas eu sair de casa num dia morto e ter a melhor compania do mundo. Sorte minha né?

domingo, 12 de outubro de 2008

Arlindo em Metrópolis

Sábado de sol. Raridade em Metrópolis, quase não acreditei na minha sorte. Final da manhã eu e Cinéfilo nos encontramos com Tangerine e Trivial na Galeria Ouro Fino (foi sim, todo mundo na turma é indie). Almoçamos com mais dois amigos no Baalbek o famoso arroz de carneiro árabe. A conversa se prolongando e a cerpinha caríssima caindo a rodo na mesa, resolvemos nos mudar para um botecão ao lado.

Foi ai que tudo mudou, nublou e começou a cair a famosa garoa paulistana. Daí, do nada,  aparece uma bandinha de rua, três tiozinhos tocando uns sambinhas bem bucólicos. Me deu a sensação de que essa cidade vai fazer muito sentido quando eu vier de vez. Cearense é uma doidice, se junta e qualquer boteco pé sujo vira o Arlindo e qualquer bandinha de rua vira a Cachorra. 

Com chuva ou sem chuva resolvemos que iríamos prum sambão na Praça Roosevelt, no centro e, ca-ra-lho, foi bom demais. Bem parecido com o samba do Arlindo, a diferença é que o cantor é bom mesmo e o frio iminente nos ameaça com o cair da noite. Ontem era aniversário do Cartola então dá pra ter noção da qualidade da música que a gente ouviu. Engraçado foi pensar que na mesma hora todos vocês estavam reunidos em um outro samba, em outra cidade mas quem sabe ouvindo a mesma música.

sábado, 11 de outubro de 2008

Sair pra beber

Eu tenho um amigo ali, vocês não conhecem não, que escreveu um artigo para uma revista nacional. A mim foi dada a incubência de procurar a tal revista, aqui em Metrópolis, para ver se a matéria havia saído de fato. Então lá fui eu entrar em todas as bancas que eu encontrava para procurar a dita cuja. O problema é que a tal revista tem como alvo o público LGBTSXZ. Imagina a cena, eu e Tangerine entrando numa banca no parque do Ibirapuera perguntando pela DOM de outubro. O rapaz olha para mim e diz: "A de outubro ainda não chegou mas tem a Junior que é para o mesmo segmento..." Pode? Me fiz de doida.

Saí com Tangerine na quinta com o firme propósito de almoçar num japonês-sem-noção ao lado do Ginásio do Ibirapuera. A gente passeou calmamente pelo parque, sentou na frente de um lago, olhou pros patinhos, riu dos mendigos... daí encheu o saco e foi encher a cara num restaurante lá mesmo. Engraçado demais, teve de tudo nesse encontro. Nos perdemos, fomos multadas, ela levou um xêxo numa reunião de trabalho... Final da tarde é que conseguimos almoçar, na casa dela mesmo. 

Eu, que ainda tinha uma peça de teatro para ver à noite, peguei um ônibus e iniciei mais um capítulo aventuresco do dia. Resultado é que o ponto (de ônibus) mais proximo de casa ficava ao nível do mar. Subidas sem fim num frio desgraçado. Cheguei em casa passando mal. Comemos no New York City mas não bati fotos, nem anotei preços. Porra nenhuma, tava de saco cheio. A peça foi uma merda. O Mistério de Irma Vap. Roteiro datado. Fiquei constrangida pelas platéia, siacabando de ir. Eu, Cinéfilo e Dentista com cara de cu. O senso de humor do paulistano é ridículo. Subitamente, nessa peça, eu entendi como o Zorra Total ainda está no ar depois de tanto tempo, e tantos outros besteiróis...

Ontem fui dar uma de dona rica e tomei café da manhã no Starbucks. Já tinha ouvido as piores críticas sobre a qualidade do café. Não achei de todo mal, mas é caro! O muffin de queijo é sete reais, o de chocolate seis e oitenta. O menor café (mas não se iluda, é um balde de café) fica na faixa de sete reais. Eu tomei o Caramell Machiatto (R$7,10) e Cinéfilo um Mocha (R$ 6,80). Valeu a pena por que os muffins eram gostosos mesmo e o café não era tão ruim quanto eu esperava. 


















Ontem a noite estava firme no propósito de cair na noite hétero e quem sabe até dar umas beijocas. Todo mundo que me conhece sabe, se me empolgo na mesa do bar mando até meu casamento pras cucuias. Foi isso mesmo que aconteceu, uma sentada com Dentista no início da noite no boteco da esquina virou uma farra. Tangerine, Trivial, Cinéflio... Ja viu né? 

Tem um amigo meu que diz que cearense é o único povo que sai para beber. Todo mundo sai para conversar, jantar, ver amigos. Cearense não, sai pra-be-ber! Fomos expulsos do bar e eu fui cambaleando para casa com varias latinhas na mão. Linda cena.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Campanha: Quero meus sete quilos de volta!

Como havia prometido segue agora meu guia gastronômico da cidade. Cheguei anteontem mas já comi e bebi muita coisa boa. Por causa do frio a cerveja foi deixada parcialmente de lado. Uma ou outra na hora do almoço ou na calçada do boteco aqui do lado. Não tem graça. Cerveja fora do isopor, por que não esquenta meeeesmo e o vento gelado subindo pelas costas. Só vale a pena por que é a Original.

Não reclamo, tô adorando o frio e a oportunidade de usar meu guarda roupa número dois. O que eu estou odiando mesmo é parecer gorda em todas as fotos por causa da ausência do pescoço à mostra e das mais diversas camadas de casacos, cachecóis, meias, etc. Dos males o menor, pelo menos não resfriei ainda. Ontem me entupi de drogas para barrar uns três ou quatro espirros seguidos de dor de cabeça e corpo mole. Só para vocês terem uma noção do que eu estou falando, ontem, meio dia e pouco os relógios da paulista marcavam 15 graus. Sol a pino!! (Do que eu estou falando? Sol? Mentira, a última vez que ví esse rapaz foi durante o voô, a muitos pés de altitude)

Terça feira a noite fui comer no meu mexicano favorito. É um programa tão obrigatório que o garçon disse:  Quanto tempo! Voltou? Da outra vez seu cabelo era curto, não? Hehehe

Voltando ao Chilli. O nome do restaurante é Lone Star, e fica na Ministro Rocha Azevedo 1096, entre a Lorena e a Oscar Freire. O prato serve bem três pessoas que querem pesticar e custa a bagatela de R$20,90. Vale a Pena. Tem área para fumantes.

































Café da manhã de ontem na famosa Bela Paulista. Para quem não conhece e não quer perder a oportunidade de pagar mais de oito reias num café pingado com um sanduiche misto é outro programa obrigatório. Ninguém faz misto quente como os paulistas. Da Bela Paulista a qualquer boteco da Augusta é a mesma coisa. Pão quentinho e muuuito queijo derretido com presunto. Muito foda. O sanduiche custa R$5,30 e a média R$ 2,80. Lá vende cigarro mas não é permitido fumar.


















Almoço num grego fajuto e ba-ra-to. O restaurante chama Athenas e fica na Rua Antônio Carlos (é na rua do Guinness mesmo) 1449, na esquina com a Augusta. O meu prato foi um Moussaká (beringela, carne moída, batata coberto com molho bechamel e no fundo um gostinho de cravo, delícia). O prato custa R$ 15,80 e dá pra duas pessoas dividirem se não estiverem com muita fome. Os fumantes podem gelar os ossos na calçada. 

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Périplo

Caros amigos, cheguei. Onze horas depois! Isso, isso. Acordei quatro da madrugada, check in às cinco, conexão no Galeão às dez, saída de Cumbica à uma, casa às três. Antes de mais nada alguns recados...

1. Cidade do Rio de Janeiro: a década de oitenta ligou e pediu o Galeão de volta.

2. Oi: a cidade de São Paulo mandou avisar que seu serviço é uma meeeerrrrrrda!

3. Fortaleza mandou dizer que tá com inveja das calçadas de São Paulo.

Voltando à viagem. Comandante um nojo, milhões de crianças chorosas no voô, dois franceses lindos e fedorentos (desculpem o duplo pleonasmo) ao meu lado no primeiro trecho, vários problemas de embarque no aeroporto do Rio... Nada disso me fez ficar sequer tentada a tomar um dos barbitúricos que esperavam no fundo da bolsa. Sou uma mulher curada! E morta de cansaço. 

Como previsto, depois de semanas de calor, me garantiram que Metrópolis estaria quente. Claro que hoje esfriou, pra variar eu trouxe do nordeste uma frente glacial. Perdoem mas tenho malas para desfazer, banho para tomar e um amigo acaba de bater na porta. 

Beijocas, manterei todos informados do meu paradeiro.

P.S.: Quem quiser ler um bom post (inclusive ele me cita) dá uma passada no Playing Games. O link tá aqui na barra de blogs favoritos. Minha amiga Tangerine tava inspirada!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Utilidade pública

Acabei de descobrir entre aspas (ouvi dizer que usar aspas é feio, que é um critério de julgamento de caráter) que o Tarantino vai filmar Kill Bill 3 e 4. Êeeeeeeeeeee

Na verdade eu tava mexendo no Youtube e descobri um "trailler" (uso aspas sim, até com os dedos, sou uma pessoa má) de Kill Bill 3. Joguei no Google e saiu uma sequência de artigos de junho de 2007 falando no assunto. Um trechinho de uma delas.

"PEQUIM - O diretor americano Quentin Tarantino deve filmar na China a terceira e a quarta partes da saga "Kill Bill", informou seu produtor em declarações veiculadas no domingo na "Rádio Internacional da China". Bennet Walsh, produtor executivo dos dois primeiros filmes, revelou no Festival Internacional de Cinema de Xangai a trama de "Kill Bill 3".

A terceira parte contará a vingança de duas assassinas, uma cujos braços foram destroçados e outra cujo olho foi arrancado pela personagem de Uma Thurman. Já o quarto título da saga narrará um ciclo de represálias por parte de filhas que vêem a morte da mãe."

Depois disso nada mais. Vou só torcer pra que não seja boato para que eu volte a ver a noiva em ação. Enquanto isso fiquem com a cena da morte de Bill. A declaração de amor mais bonita que já vi.

"Você não é uma má pessoa. Você é uma pessoa excepcional. Você é minha pessoa favorita. Apenas, de vez em quando você é uma verdadeira escrota."

Lindo né? Esse Bill é dos meus...


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

NÃO FUI EU!!!!

Conversando com amigos percebi que meu penúltimo post meio que assustou um pouco. Não se preocupem diletos, continuo igualzinha, mais agridoce que azeda, mais pudica que libertária, mais apaixonada do que cínica. Lembrem-se que Papel não sou eu mesma, ele é uma mistura de Radical Chic, Rê-bordosa, Scarlet O'hara, Leila Diniz e a noiva do Kill Bill, dentre tantas outras. Todas essas loucas que formam meu alter ego mais famoso sofrem influências externas de maneira mais intensa que eu mesma, ok? Livros, filmes, blogs, músicas, festas, tudo é material para posts. Aquilo que escrevo aqui é livremente baseado em fatos reais. Caso contrário iniciaria os posts com "Querido diário..." Não não, eu não!

Faz tempo que queria fazer um post sobre as minhas comunidades do Orkut e nunca encontrei uma maneira interessante. Cansei de esperar a idéia do post genial surgir. Agora tenho que postar esse assunto de forma medíocre só pra acalmar um pouco os ânimos.


Sempre achei muito engraçadas as descrições de algumas comunidades. O meu vício, antes do youtube, era procurar comunidades divertidas. Aqui vão algumas delas:

Não fui eu, foi meu Eu lírico
Passou a mão na bunda da gostosa e arrumou encrenca com o gorila que a acompanhava? Quebrou o vaso de turmalina da sua avó? Tropeçou no fio do respirador artificial que mantinha seu priminho vivo e acabou matando a criança? Não se preocupe, é só culpar a poesia inerente a todo ato humano!


me disfarço
por que ser eu toda hora é chato,

e vc sabe.


Eu fui Scarlett O'Hara!
Você também bate o pezinho e faz beicinho quando alguma coisa não dá certo e sempre consegue o que quer fazendo um charminho? Você é mimada, prepotente e esnobe mas mesmo assim amada por todos?

Então em outra vida você foi Katie Scarlett!


Complexo de Greta Garbo
Quero ficar sozinha.



Cheios de síndrome (minha favorita)
Seja Síndrome de Tourette...
Seja um QUÊ de Scarlett O'Hara... de Maria do Bairro ...de Greta Garbo.
Sofre de chantagens emocionais?
Foi macumbado?
Passa noites em claro?
Vida sexual frustrada?
Bulas de Prozac, Diazepam, Tarja preta são leitura de cabeçeira de cama?
Tédio?
Ressaca moral?
Carinha de nojo?
Festa super-glam e você lá no lounge achando tudo UÓ!
Só atrai loucos para o seu círculo social?
Bebe sozinho ouvindo Portishead?
Se acha vítima da vida?
Tem preguiça das pessoas?
Preferia ser anônimo? Invisível?

BATEU PEZINHO?
CRUZOU BRAÇINHO?
FEZ BIQUINHO?

EXXXXXXXXXXCUSE ME HONEEEY...

Mas tu tá é cheio de síndrome!Sinta-se em casa!



Não lembro, Não aconteceu
Lembra daquela festa que você bebeu até cair? Não?! Então...ela não aconteceu!
Lembra daquela pessoa que beijou e depois se arrependeu? Não? Então...não aconteceu!
Se você estava bêbado o suficiente pra não lembrar...junte-se a nós!!!
Não lembro, Não aconteceu.
Pra todos os momentos que o álcool apagou da sua memória.


AMDR
Essa é a Associação das Mulheres que não Discutem a Relação. Seres superiores na escala de evolução da espécie, essas mulheres passaram a perna no blá-blá-blá sem nexo dos relacionamentos e descobriram que pão é pão e queijo é queijo.



Eu tive um futuro promissor
* Você foi uma criança prodígio?

* Aprendeu a ler sozinho e sabia todas as capitais de todos os países?
* Sempre tirou 10 na escola e passou num vestibular muito concorrido?
* Todos os professores gostavam de você?
* Era admirado pela inteligência e realmente considerado uma pessoa especial?

Se agora você não sabe como tudo isso não deu bons resultados e seu futuro promissor se perdeu em alguma curva da estrada da sua vida, essa é a sua comunidade!


Penso, logo não durmo
Toda vez que encosta a cabeça no travesseiro para dormir um mar de pensamentos toma sua cabeça demorando, assim, um minimo de 2-3 horas para conseguir finalmente dormir? Você não é o único. Una-se a nós, pensadores notívagos, atormentados pelo mais obscuro aspecto humano, a capacidade de uma mente inquieta.


Meras copeiras sem voz
pra quem já se sentiu coadjuvante alguma vez na vida, mas sabe que no fundo no fundo nasceu para brilhar.


Posso pagar com o corpo?
- cinco reais e cinqüenta centavos, senhora.

- oh, esqueci a carteira. posso pagar com o corpo?


Ia tomar juízo, tomei Clicquot (Essa é a cara da Golpista!)
Porque a gente bebe mas não perde a classe!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

É ou não é, ou não é?

Passei o dia na casa de Flor ontem. Corrida (não quero falar sobre isso), almoço, séries e Fantástico. Determinada hora da noite, cervejas avançadas, Cumade leanta uma questão sobre a matéria de capa da revista Época da semana passada. Algo mais ou menos assim "ministério da gula adverte, batata frita mata" . Fala sobre o banimento(!?) da gordura trans, bebidas, cigarro. A matéria é bem boa, qualquer dia eu coloco aqui...

Já viu né? Controvérsia em pleno domingo a noite. Já estou cansada de meter o pau na caretice e no Estado tutelar (para mim está mais para Estado Ditatorial ou pelo menos o início de um). Não sei se vocês lembram de um post que falavra de pre-cogs, divisão pré-crime, etc (Fumo, Precogs e o Presidente da República). Pois olha isso aqui... Enviado agora pela manhã por Flor.

E Jung ataca novamente!

"Americanos desenvolvem sistema no melhor estilo Minority Report

O Departamento de Segurança dos Estados Unidos não está tão longe de de chegar à sinopse do Minority Report, famoso filme estrelado por Tom Cruise nos cinemas. Os americanos estão desenvolvendo um sistema para detectar pensamentos hostis nas pessoas que estarão na fronteira do país, aeroportos e lugares públicos.

O filme de Steven Spielperg, lançado em 2002, era ambientado no futuro e mostrava a divisão policial Precrime, que conseguia detectar um crime antes do ocorrido, efetuando a prisão do possível homicida antes dele cometer o ato.

Se esse sistema for implementado no mundo real, a segurança de qualquer aeroporto, por exemplo, pode descobrir um terrorista antes dele cometer um atentado, o que pouparia diversas vidas, tempo e muito dinheiro. Isso evitaria confusões enormes. A intenção do projeto se baseia na detecção do indivíduo suspeito, para depois interrogá-lo. A máquina usada tem sensores que podem analisar o comportamento de uma pessoa através da freqüência cardíaca, respiração, temperatura da pele, voz e expressões faciais. Participaram dos testes 140 voluntários para simular a situação, e algumas coisas ainda precisam de ajustes. O aparelho acertou 80% das pessoas com sinais suspeitos.

O projeto anteriormente se chamava "Project Hostile Intent" e agora foi renomeado para "Future Attribute Screening Technologies", também conhecido como FAST, para dar ao programa um nome mais amigável, segundo o departamento americano. Isso tudo é para tranquilizar ou ficar com medo?"


Batata frita, cigarro, alcool e palito de dentes hold your breath...