sexta-feira, 27 de junho de 2008

Post Grande!!! Perigo

Tem um cara que eu tenho o maior medão. Ele é o Contardo Calligaris. É assustador o que o cara escreve, semana atrás de semana ele esmiuça tudo o que passo. Apesar do post anterior, não, ele não é astrólogo, é um psicanalista. Lindo e genial.
Me apaixonei por ele por causa da coluna semanal que ele escreve na Folha de São Paulo. Até hoje me lembro do nosso primeiro encontro. Um texto sobre o filme "Closer - Perto Demais" (subtítulo ridículo, qualquer dia escrevo sobre o meu ódio pelos títulos em português). Foi amor a primeira vista. Apresentado pelo Cinéfilo
Sempre lia seus textos quando morava em Juazeiro. Me dava alento saber que existiam mentes pensantes no mundo apesar daquele monte de sub-intelectuais e sub-artistas que acham bonito ser feio e pobre. Artistas da terra. Humpf!!! Poucas coisas valiam a pena lá. A Folha de São Paulo diariamente era uma delas. Contardo era a alegria da semana.
O tempo foi passando, as informações foram se cruzando e descobri que Lingua também é um profundo fã do italiano radicado no Brasil. Resultado, quase que semanalmente recebo duplamente no meu e-mail a matéria dele. Essa semana eu recebi. Mas não tenho coragem de publicar ainda. Ainda quero saber o que ela significa para mim. Vou deixar vocês com a que me fez me apaixonar por ele. O filme não é novo mas o assunto... Bom proveito!

Contardo Calligaris
[3/2/2005]
"Closer - Perto Demais": por que somos infelizes em amor?

"Concordo com Caetano Veloso, "de perto ninguém é normal". Mas "Closer - Perto Demais", de Mike Nichols, me deixou pensando diferente: de perto, somos normais demais.

O filme é uma demonstração tocante de nossas impotências e incompetências sentimentais. Se você quer saber por que, em regra, somos infelizes em amor, não perca.

Para não estragar o prazer de quem não viu o filme, nada de resumo, apenas as reflexões fragmentárias com as quais passei a noite, depois de ter assistido a "Closer - Perto Demais".

1) Por que, no meio de uma história amorosa que funciona, um encontro (que sempre parece mágico) pode levar alguém a trocar a intimidade de um casal companheiro por uma visão?

Os evolucionistas dizem que os homens são infiéis por necessidade biológica. Para que a espécie continue, os machos seriam programados com o desejo de fecundar todas as fêmeas possíveis. A teoria tem uma falha: as mulheres são tão infiéis quanto os homens (embora os homens se recusem a acreditar nessa banalidade).

O senso comum tem outra explicação: a paixão iria se apagando com a repetição, os humanos gostariam de novidade. Pequeno problema: a idéia de que a novidade seja um valor é especificamente moderna; no entanto a inconstância em amor é um hábito antigo. Outro problema ainda maior: na condução de nossas vidas, somos obstinadamente repetitivos. Insistimos nas mesmas fantasias e nos mesmos sintomas. Contrariamente ao que diz o provérbio, errar é divino, perseverar é humano. Por que seria diferente em matéria amorosa? Como pode ser que um encontro, em que mal se sabe quem é o outro ou a outra, contenha uma promessa que basta para levar alguém a dar um chute num amor que dura?

Tento responder: apaixonar-se é idealizar o outro, durar no amor é lidar com a realidade do amado ou da amada. Antes de ponderar os charmes da idealização, duas observações.

Um impasse: para manter a paixão, devo continuar idealizando o parceiro. Mas, para idealizar o outro, devo mantê-lo a distância. Se mantenho o outro a distância, renuncio aos prazeres de amor, companheirismo, cumplicidade, convivência.

Um paradoxo: se me separo porque me apaixono por outra ou outro, o parceiro que deixei se distancia de mim, portanto volto a idealizá-lo e a me apaixonar por ele.

2) Por que gostaríamos tanto de idealizar o outro que vislumbramos num novo encontro? Uma nova paixão amorosa é provavelmente o sentimento que mais pode nos transformar, para o bem ou para o mal. Por exemplo, se o outro me idealiza, carrego seu ideal como um casaco novo: modifico minha postura para que o pano caia bem no meu corpo. De uma certa forma, tento me parecer com o ideal que o outro ama em mim.

Cada amor, quando começa, é uma aventura. Não porque encontro um novo parceiro, mas porque, ao me apaixonar, descubro ou invento um novo ideal e, ao ser amado, mudo para me aproximar do que o outro imagina que eu seja.

A inconstância amorosa talvez seja a expressão imediata do desejo de mudar -não de trocar de parceiro, mas de se reinventar.

Não é estranho que, na hora em que um amor começa, alguém decida se dar um novo nome. Nenhuma mentira nisso, apenas a convicção e a esperança de que a paixão nos transforme.

Infelizmente, mudar é difícil: a sedução exercida pelos novos amores é uma veleidade, um pouco como as resoluções de que as coisas serão diferentes no ano que começa.

3) Dizem que um casal que se ama briga muito. O uso erótico das brigas é conhecido: a paz se faz na cama. Menos conhecido é o uso amoroso das brigas: chegar ao limite da ruptura pode ser um jeito de recomeçar, de voltar ao momento inicial da paixão, quando ambos esperavam que o amor os transformasse.

Problema: ninguém sabe qual é o ponto de equilíbrio além do qual as brigas não garantem renovação nenhuma, apenas desgastam um amor que se perde.

4) Alguém se apaixona por outra pessoa porque, ele se queixa, sua parceira precisa dele. É aquela coisa: seu amor me exige demais, você me sufoca, me prende. Isso, é claro, é um jeito de dizer: com você sou sempre o mesmo. Também é uma projeção: separo-me porque não agüento minha própria dependência de você. Visto que me detesto por estar a fim de lhe pedir amor a cada minuto, acho intolerável que você me peça. Quem pensa e age assim, em geral, fica sozinho no fim.

5) Um homem volta para o lar depois de ter estado nos braços de outra. Sua mulher pergunta: você me ama ainda? Ela tem razão, é a única pergunta que importa.

Uma mulher volta para o lar depois de ter estado nos braços de outro. Seu homem pergunta: você esteve com ele? Insiste: quero a verdade. Pede os detalhes: gostou? Gozou? Onde aconteceu, em que posição, quantas vezes?

O ciúme feminino é uma exigência amorosa. O ciúme do homem é uma competição com o outro, um duelo de espadas, uma esgrima homossexual que tem pouco a ver com o amor pela amada e muito a ver com as excitantes lutinhas masculinas da infância.

Enfim, quem sabe o filme nos ajude a inventar jeitos de amar menos desafortunados e mais interessantes."


Raios!!!

Mais uma vez me auto-referenciando... Afinal de contas esse é o meu blog, fazer o que?

Tem um tempo, não me lembro desde quando, mas deve ter mais de uma década, que me interesso por astrologia. No começo era só para rir um pouco, pra saber que ridículo iriam escrever. Uma coisa do tipo a "Sorte do dia"do Orkut, biscoito da sorte em restaurante chinês ou o Diogo Mainardi. 
Acontece que alguns astrólogos passaram a me chamar a atenção e eu fui ficando cada vez mais interessada. Passados alguns anos ou década, sei lá, aqui estou eu me aproximando dos trinta anos e esperando aquela serenidade tão esperada que me prometeram quando chegasse a idade. Imagine, logo eu, Escorpiana típica com um ascendente em Aquário. Um possessivo e um libertário. Um passional e um racional... 
Sempre ouvi dizer que com os trinta se aproximando cada vez mais você admite características do seu ascendente. E quer saber? Eu tenho a impressão de que essa transição não é tranquila. No meu caso, como são signos completamente opostos não havia pos-si-bi-li-da-de de isso ser fácil, como por osmose. Foi imposto, enfiado goela abaixo. Exatamente nesse ano, o ano da virada dos trinta, oito anos após o início da porra da era de aquarius, eu tive que aceitar que a maneira escorpiana de ser não me traria uma vida amorosa plena.

Recorte:
Esse post, é uma farsa, na verdade eu estou forçando a barra para que o meu namorado Hype finalmente me envie as tempestades solares (olha que eu não tenho a menor idéia do que se trate). Acontece que sou mega curiosa e resolvi cobrar publicamente essa promessa feita ano passado.

Retornando:
Resolvi que postaria uma cena sobre o musical "Hair". Todo mundo conhece a história. The thing is: ele é um dos meus filmes favoritos, cujo tema central não somente é o início da era de aquarius como  também fala de drogas, liberdade e... cabelo! (Isso sem falar que é em Nova York. Não quis citar por que ia ficar cansativa essa minha mania de me repetir.)
Eu poderia passar horas falando sobre as cenas inesquecíveis como aquela do aluguel do cavalo (lembram? eles pegam todo o dinheiro que conseguiram e ao invés de comprar comida, alugam um cavalo por que era o sonho de um deles. "Comida é fácil conseguir mas realizar um sonho!), ou aquela outra em que um dos hippies é preso e se nega a permitir que cortem o cabelo dele. Mas não vou fazê-lo. Cenas antológicas. Quis postar aquela da prisão mas não a achei com legendas. Vai a cena inicial do filme mesmo.



P.S. Tentei, tentei e não consegui fazer esse upload, fiquem com o link mesmo e olhe lá... Quando fui nascer, na fila da paciência, Deus deu uma de Maísa e disse: - Posso colocar... na b...da?


P.S.2 Tentei, tentei e não consegui colocar o link também. Antes de eu me passe e mande esse blog pras cucuias vou encerrar. Parei. Quem sabe outro dia. Ou quem sabe vocês possam ir na locadora e alugar o filme, ou que sabe ir no youtube e ver só a cena. Mas só se quiser, se não quiser, já sabe. Põe na b...da.

P.S.3 O nome original do post ia ser outro, mudei depois de não conseguir colocar o video ou o link. Mudei de novo, odeio censura, mas acho que poderia perder meu blog caso colocasse o que desejava.


quarta-feira, 25 de junho de 2008

There are no victims in this classroom.

Obrigada a todos que foram conferir a volta do papel, mas vou dizer só uma coisa. TENHO VERGONHA DO QUE ESCREVI! Não que tudo fosse uma mentira mas o texto ficou confuso, mal pontuado. Um horror. Resolvi que não editaria uma vírgula sequer, nem tentarei reescrever de uma forma que mais me agrade hoje. Não posso fazer isso, assim como não posso também consertar os meus erros passados.
Toda essa confusão do texto faz parte da loucura que foi a última semana. Noites insones, falta de apetite e muita cerveja resultou naquilo. Depois da segunda ou terceira vez que li comecei a achar engraçado aquele texto péssimo. Lôooouca!
Para acalmar  o coração daqueles que respeitaram o meu silêncio digo mais uma vez:  não se preocupem. Faz parte do meu processo de luto sofrer sozinha. Qualquer dia, quando estiver conseguindo pensar mais claramente, converso com todos. Agora o isolamento é a minha opção.
Aprendi que me resguardar talvez seja uma boa opção. A dor turva a vista da gente e não quero cometer os erros que cometi com meu ex-marido com Ele. Ser injusta e expor demais o outro é um erro que não pretendo mais cometer.
O que aconteceu diz respeito somente a nós dois. Não tomem partido, não julguem por favor. Todos têm o direito de meter os pés pelas mãos. Cada um de nós ja passou por situação sememelhante e de ambos os lados. Infelizmente o término de uma relação é triste para um lado e nem tanto para o outro. Este desequilibrio existe e existirá sempre. 

domingo, 22 de junho de 2008

O mesmo Papel de sempre

É isso, voltei. Sem grandes explicações e parcialmente sem acentos, aquelas palavras que o Word reconhece ele acentua, as que não reconhece ficaram sem nada. Devo dizer que a palavra "nao" só acentua quando é minusculo, entende? Vai entender...
Papel de enrolar prego escreve direto da casa de Flor em Upper East Side. Em um Mac com teclado ainda nao configurado. Só sei colocar o acento agudo e o Ce cedilha. Senti que era o dia de começar. Como Carrie Bradshaw em um Mac lindo, em Manhattan e super bem vestida(!?). Já falei que também escureci o cabelo? Começarei como ela começa seu livro no longa.

Amor...


Amor.

Um inicio ou um ponto final? Uma diferença sutil que poucos notaram. Língua que me chamou atenção para o fato. Passou batido feio.
A programação do dia incluía almoço preparado pelo Dr. Historia (novo personagem), Mimela e o filme Bonequinha de luxo. Sensacional. Casou tudo, figurinos, Nova York e historias de amor. Tudo que vai bem em um filme. Vários trechos incríveis (jurei faz muitos anos jamais usar a palavra sensacional, mas era a palavra mais correta). 
Um senhor veterinário e texano aparece na cidade reclamando ser marido de Holly, nossa anti heroína, prefiro pensar assim. Quando, lógico, ela diz que não é mais Lula Mae (nome que ela usava na juventude)...

Pequeno recorte, ela casou com o velhote aos catorze anos, teve uma penca de meninos, engordou (consegue enxergar a cena? Audrey gorda?) e foi embora para NY, mudou o nome em busca de uma vida glamourosa e um marido rico.

Voltando, Lula Mae diz que não voltará mais para o Texas e que o marido sempre teve o péssimo habito de amar bichos selvagens. Um Falcão, um gato selvagem e ela própria. Impossível coloca-los numa jaula.

Outro recorte, por que essas pessoas são as mais interessantes? E quando a rasteira vem ela é das mais dolorosas. O que fazer? Strike a pose! ou se passar completamente no chão de um bar de quinta categoria (mas muito bem frequentado) em pleno sábado cantando:

" Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down."

Há quem diga que eu precisava ter feito isso antes, para minimamente parecer um ser humano. Nao me orgulho, mas fiz. Um fato, desci dos meus Manolos ontem. Quem viu viu, quem não viu não vai mais ver. Ja chega, um mico desses numa vida basta. Fim do recorte.

Quando o velhinho finalmente vai embora ela diz pro mocinho/capacho.
"Ainda 'e muito cedo para irmos para a Tiffany's. Que tal um drinque? Mas só me leve para casa quando eu estiver realmente bêbada". Das minhas.

Hoje o meu ipod resolveu me ajudar. Criou vida e selecionou uma grande quantidade de musicas para dor de cotovelo. O que me remete a uma outra grande musica da Shirley Bassey:

"Diamonds are forever,
They are all I need to please me,
They can stimulate and tease me,
They won't leave in the night,
I've no fear that they might deserve me..."

Usarei esse lema e o carregarei pelo resto da minha vida. "Unlike men, the diamonds linger". Assim como a anti-heroína pretendo viver. Dentro em breve sairei de Pequenopolis e irei para Metrópolis e tomarei café da manha todos os sábados na Oscar Freire, olhando vitrines. Depois dos quarenta vou me permitir ter diamantes (de acordo com Audrey eles so ficam bem em senhoras). E finalmente não precisarei mais dos homens.

Assim que as coisas teoricamente deveriam acontecer. Quase nunca funciona mas é muito bom pensar depois de uma decepção amorosa você vai ser a pessoa mais escrotona do mundo. Acabei de cair nesse equívoco. Passei meses dizendo para mim mesma que o fato de eu não assumir uma relação para mim mesma ou para os outros significaria que eu estava imune aos efeitos do amor e de suas armadilhas. 

Apesar de varias pessoas terem dito que detestavam o personagem do Big, eu o adorei. Uma personagem complexa (Nao resisti Flor, gosto mais de personagem no feminino) e muitas vezes um filho da puta como qualquer pessoa normal. Caga na cabeça da Carrie, abandona a pobre no altar por puro medo e egoísmo. O miserável foi tão equivocado em todas as escolhas da vida amorosa dele que foge do compromisso que nem uma mulherzinha. Essa escolha não impediu o coitado de sofrer. Nao preciso dizer que chorei a cantaros nesse filme ne?

Filho duma égua isso sim, esse tal de amor. Feliz daqueles que conseguem virar as costas para ele. Intransitivo para uns e transitivo Indireto para outros. E com sujeito composto! Eu hein. Vou me abster. Nao incorrerei no erro de julgar o que as pessoas sentem ou a maneira que elas sentem, mas francamentch! Essa coisa de gostar é complicado demais pra mim. I'm done. Down with Love!

P.S. Só mais uma coisa. Nao resisti e vou me repetir. Cena do Filme "O nosso amor de ontem" misturado com Sex and the city:

- You bride is lovely Hubble" (Barbara Streisand para Robert Redford)
- I don't get it (Big para Carrey)
- You never did (Carrey para Big)