terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Teste hypadíssimo

A partir de um teste preparado pelo jornalista Ronald Villardo e publicado na revista Junior de dezembro, eu e Língua fizemos uma adaptação para terras alencarinas. O propósito inicial do teste do Villardo era detectar o quanto hypado você é no verão carioca. O nosso é o mesmo, só que na alta temporada cearense. Pronto para a verdade? Então, pode responder!

1 - Você encontra aquele amigo na praia, sua primeira frase é:
a) E aí, a festa tava boa ontem?
b) Tá com personal?
c) Não fala nada. Às 10hs da manhã não há comunicação possível.

2 - Você chega na sua boate favorita e encontra uma fila que dobra o quarteirão. Você:
a) Pede para falar com o promoter ou com o RP da casa porque é amigo de Thalles, Monah, Leco, Carol, Neto e Eurico.
b) Dá aquela olhada para ver se tem algum amigo na fila.
c) Enfrenta a fila como qualquer mortal.

3 - Durante a semana, seu programa favorito é:
a) Comer caranguejo na Praia do Futuro, às quintas-feiras.
b) Ouvir música ao vivo no entorno do Dragão do Mar.
c) Ir ao Quiz do Arlindo às quartas-feiras

4 - Para você o melhor fim de noite é:
a) Brasão
b) Montecarlo
c) Caribe

5 - Na alta temporada em Fortaleza, você:
a) Se joga na noite, porque a cidade está cheia de turistas.
b) Prefere reunir os amigos mais próximos em casa, para evitar o calor senegalês.
c) Aproveita para curtir os amigos que moram fora e vem passar as férias na cidade.

6 - Entre as festas particulares que bombam na cidade, você recebe convites para...
a) Convites? Como assim convites? Você quer dizer cortesias?
b) Você não precisa de convites para ir ao ensaio da Cachorra nem ao Samba do Arlindo. São abertos ao público.
c) Tenta administrar seu tempo entre as festas de Miguel e Denise.

7 - Entre os amigos fortalezenses hypados que lhe dizem "oi" estão:
a) Pompeuzinho (Vasconcelos) e Lalá (Medeiros)
b) Dani (Peixoto) e Karine (Alexandrino)
c) Claudinho (Quinderé) e Karim (Ainouz)

8 - Na praia você come:
a) Caranguejo
b) Lagosta, do ambulante
c) Comer? Na praia eu só bebo

9 - A dica que você dá para os amigos turistas é?
a) Show de humor na Lupus Bier e forró no Pirata
b) Farra na Casa Alheia
c) Comece o dia na Marulho e termine no Baixo Aldeota

10 - Quem faz o som do seu verão?
a) O carimbó do Guga
b) O house de Renata Dib e Gilvan Magno
c) Ninguém é melhor que o playlist do meu Ipod

O resultado está nos Comentários...

Ano novo, brincadeira velha

Pouco original, meio trabalhoso, mas esse é meu post de final de ano. A idéia era vocês votarem em um dos vídeos abaixo, mas eu bem sei que vocês não vão fazer isso. Não ligo a mínima, na verdade. É isso, vejam se quiserem, caso contrário, botem na bunda. E feliz ano novo.

Depois de assistir exaustivamente a primeira temporada, finalmente chegou a segunda. Se quiserem indicação de vídeo relacionado vejam o Silas Simplesmente, A Senadora biônica, Carlota Joaquina, Cupido e a Adolescente. Todos geniais mas eu, democraticamente, selecionei esse para a votação.


Vanessão

Para alguns isso é humor negro por que a "atriz" morreu. Pra mim é comédia da vida real e nada privada.

Posso colocar... na bunda?

Parece que tomou ácido essa menina...

Gato ninja

Gato dos quintos dos infernos...

Ariano Suassuna Punk ou Funk

A cara da semana de arquitetura.

Desafio Pacsivia

Não é indicado para menores. Nem para pessoas sensíveis a piadas de biba. Estão avisados...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Era só que faltava... Pieguice!

Pela milionésima vez eu sento a bunda na cadeira para escrever esse post. A primeira intenção não era fazer dele um post de natal. Algumas vezes senti que ele não cabia no Papel, que ele pertencia a um outro alterego. Outras vezes ele se tranformava em revelações impublicáveis. Era mais para falar sobre como os amigos, finalmente após os trinta, viraram protagonistas da minha vida. Não mais os amores ou as preocupações com a carreira. Não mais as minhas agonias existencialistas. Enfim a epifania da minha vida. Creio que outras ainda virão mas essa é bastante especial por que envolve uma calma de espírito que eu buscava a muito tempo.

Tem algumas semanas que eu e Número 1 nos reunimos e um tema é constante nessas conversas. Tudo começou com a preocupação em preencher nossos domingos, normalmente um dia odiado por todos. Eu o detesto mais ainda pela ausência do meu filho.

Então aconteceu o impensável. A simples tentativa de espantar a solidão tornou-se em programas descomprometidos e deliciosos em que não havia regras. Podia ser qualquer coisa desde cinema ao café, ou almoço, ler o jornal, jogar video game. Todas as coisas juntas ou nenhuma delas, mas a certeza de que a gente não precisava fazer absolutamente nada em especial para adorar nossos domingos. Tudo fácil, calmo e sem exigências. Como todas as relações deveriam ser.

Fato conhecido que eu não sou uma pessoa que se contamina pelo espírito natalino. Gostaria de abrir uma exceção e dar uma pausa nesse blog tão desaforado. Aproveitando esse súbito bom humor eu adoraria agradecer a todos vocês que não apenas vêm aqui, mas que participam ativamente da minha vida. Em especial, nesse ano tão difícil gostaria de agradecer, mais uma vez, pelos ombros, escovas de dentes, cervejas, colos, lenços e principalmente pelos silêncios. Pelos domingos, sábados, terças. Pelo horário nobre e pelas ligações malucas pela madrugada. Pelas mensagens de texto e emails que eu nunca respondo (ano que vem eu tento mudar).

Meu post de Natal é uma homenagem e uma declaração de amor a vocês que são minhas referências para o cinema, literatura, música e comportamento. Sinto não ter talento para fazer isso de forma apropriada por isso vou parafrasear W.H. Auden (além de retirá-lo um pouco do contexto, perdoem) quando ele diz: (...)"my North, my South, my East and West, My working week and my Sunday rest, My noon, my midnight, my talk, my song (...)

No fundo, eu queria mesmo era ter coragem de postar uma música do Rei, por que estou ansiosa pelo especial de Natal. Por que ele não é o Pessoa mas teve seus momentos de genialidade. Por que ele é minha cara e por conseqüência, a cara de vocês também. Por que eu tô adorando essa coisa de ser piegas... Mas vai ficar para outra. Já esgotei minha cota de frescura.

Para Cinéfilo, Dentista, Língua, Número 1, Golpista, Frouxa de Rir, Flor, Beto Stein, Designer, Cascavel, Cebolinha e tantos outros que fizeram o meu ano.

Top 10




Mais um domingo para entrar na minha lista de favoritos. Aquela famosa e divertida brincadeira de citar os melhores diretores, filmes, álbuns, atores e-por-aí-vai, rolou a tarde inteira, varou a noite e adentrou a madrugada. Faltou Língua que me acompanha constantemente mas que está na sua Tubiacanga passando os holidays.

Já uma tradição, domingo é meu dia com Número 1, almoço, café e cinema. Ontem teve participação especial de um querido. Gravador foi o nome provisório encontrado, mas não gostei não. Acho por demais pejorativo. Depois eu penso em coisa melhor.

Bom, tirando o fato de que o filme que nós íamos assistir havia saído de cartaz, de termos que passar um bom tempo em pé para conseguir uma mesa no almoço e dos corredores lotados do Iguatemi, a experiência foi válida. Tinha tudo para ser um fracasso, mas no final deu tudo certo. Nos entupimos de junk food, nos esprememos na Siciliano por uma café e migramos para o Dragão do Mar para assistir Vicky Cristina Barcelona.

Normalmente não emito opinião sobre um filme recém assistido mas hoje eu vou. O filme me ganhou na primeira cena em que ele mostra, logo de cara, um gigantesco painel de Miró. Depois vem o texto apresentando as duas, Vicky e Cristina. Foda.

Apesar e achar que o Woody Allen não tem (ou não é) um bom diretor de fotografia, da péssima figurinista e de não saber filmar cenas de sexo, o filme entrou, fatalmente, para minha lista de melhores do ano. Por tudo. Adoro o estilo dele, mas achei deliciosa a mudança do foco de atenção dele. Um filme sobre mulheres e fora do eixo Nova York/Londres. Da substituição do Jazz pelo Spanish guitar. Tudo isso bastante novo para mim, que de cinema não entendo nada, só sei do que não gosto. Igual a Cristina do filme. (Prefiro nem dizer o tanto que me identifiquei com essa personagem. Ia ficar piegas e repetitivo. Mas isso aconteceu in so many levels...)

Eu já disse que as cenas de sexo são terríveis apesar do Javier Barden, Penélope Cruz e Scarlett Johansson? Pois são. Mas em compensação a atuação desse trio é inacreditável. Penélope Cruz só não ganha o meu Top 3-de-atriz-do-ano por causa da Julianne Moore, em Blindness. Mas do resto... Ganha de lavagem. Do Javier não emitirei uma única palavra. Minha autocensura não permite.

Bom, é isso. Não vale de nada, não pode ser considerada uma crítica, mas é uma indicação para quem ainda não viu. Meus colegas de filme não concordam com todo o meu confete, mas concordam que Vicky Cristina Barcelona é, no mínimo um bom entretenimento para domingos de banzo. Depois me digam...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Contra o mau olhado eu carrego o meu patuá

Esse negócio de só ter tempo pra postar uma vez por semana tá foda. Eu com várias idéia, pouco tempo para desenvolver as teorias e, pior, uma memória de merda! Tenho que fazer algumas considerações. Antes de mais nada gostaria de explicar algo:

Quando começo a escrever meus posts não existe previsão de como eles irão terminar. Muito pelo contrário. O que acontece é o seguinte: Primeiro a idéia, depois uma vaga noção de como esse quebra cabeça vai se montar. Mais ou menos como encontrar uma ossada e tentar construir um esqueleto. As vezes o texto termina de forma previsiva, outras vezes o esqueleto que parecia humano vira um dinossauro. Processo meio maluco mas Freud explica. Não sei como funciona essa coisa de escrever com outras pessoas que se aventuram a dar a cara a tapa, mas comigo é assim. De qualquer forma gostaria de dizer que caso, ao final desse post vocês não encontrem relação nenhuma entre um comentário e outro, ignorem. Eu estou tentando não me censurar tanto para ver onde vai dar esse exercício, ok?

Sábado teve festa na Biruta. Juro que foi muito difícil tomar a decisão de ir. Não me lembro de ter boas experiências naquelas "festas normais" ou no "galinha de leão". Além do mais, não gosto da "Farra na Casa Alheia". Fui pelos amigos que estariam presentes.

Sim, a barraca Biruta. Na minha adolescência, quando eu não ia sempre escutava que havia sido sensacional, quando eu ia era uma merda. Nunca gostei de hip hop, nem de Fernanda Abreu, Pato fu, Skank e Red hot chilli peppers. Além do mais aquela bebida que vendia lá... Ninguém merece. Tenho até arrepios.

Mas Língua foi tão gentil em me reservar uma camisa para o camarote que eu resolvi ir. (Afinal de contas as companias eram as melhores). Agora chegamos a um dos pontos que me interesava ao pensar no post. A roupa. Quis tanto ter uma máquina para registrar os melhores modelos!!! A mulher pequenopolense possui um talento extraordinário para errar o figurino panoramicamente.

Manhã na faculdade, tarde no shopping, noite na balada (pode ser tanto samba, funk ou boite, não importa). Elas usam A MES-MA ROU-PA! Aparentemente alguém esqueceu de avisar às periguetes que existe um tipo de roupa apropriada para cada situação, evento, clima, etc. Juro que não sei se eu rio ou se choro. Cabelos escovados, óculos de camelô, microvestidos, microblusas, microshorts no topo de mega saltos-agulha. Primeiro problema: apesar de vivermos em uma cidade cuja orla é gigantesca, a cidade parece ignorar a existência desse espaço. A maioria aqui vive e se porta como se a cidade não fosse litorânea e como se a areia e o vento fossem cenográficos.

Como eu já havia falado o que dava acesso ao camarote era uma camiseta (mentira, tinha convite, camiseta, pulseira vermelha e pulseira amarela. Não pergunte o porquê de tanto filtro mas que tinha, tinha). Bom, vocês sabem que a mulherada gosta mesmo de exagerar na customização, em alguns casos não dá nem para identificar a blusa original. Deviam existir regras para isso. E é por isso que postei. Rá.

Regra número 1: Quer ajustar a blusa, ajuste, mas não a imende com outros pedaços de roupa a não ser que você seja um grande estilista e tenha um talento nato para modelagem. Repetindo Es-ti-lis-ta, ok? Costureira não.

Regra número 2: Corte a peça aos poucos, sempre pode dar algo errado e você vai acabar com seu buchinho de fora. E normalmente não é só um buchinho que está em jogo.

Regra número 3: A festa é informal? Ótimo, pode customizar, mas use uma tesoura. De preferência afiada para que não fique parecendo que você cortou a blusa com os dentes ou com uma tesoura escolar.

Regra número 4: Homens. Pode ajustar, diminuir a manga, cortar a gola... mas cuidado para não ficar parecendo a Betina Botox. É mais seguro fazer o seu outing na Music Box.

Quem avisa amigo é.

Algumas outras considerações sobre o evento:

Exitem boas bandas na cidade. Uma delas chamava Groovetown. Vocalista genial, trio de metais, repertório back music sensacional, etc. Sabe o que aconteceu? O trio virou uma dupla e o vocalista foi substituído por uma cantora, que eu não sei bem enquadrar, mas fica entre Calypso, Babado Novo e Limão com Mel. O repertório continua mais ou menos o mesmo com alguns "sai do chão" e "levante a mãozinha" a mais. Tudo isso somado a uma auto-estima elevadíssima apesar da feiúra da moça. O cão!

Depois veio uma tal de "Moinho" que foi a responsável pela animação do brejo. Certeza que o fã clube da Ana Carolina tava lá em peso. E eu, ignorante, que nunca tinha ouvido falar nessa banda, fiquei surpresa com as pessoas singing along. Acho divertida a capacidade de pioneirismo das sapas. Corporativismo feminino rules! Pense num povo pra descobrir banda de mulher... Tadinhas da bichinhas. Elas merecem diversão também, fresque não.

O Olodum foi aquela coisa. Eu não gosto de música baiana nem da Bahia nem de canto nenhum. Mas gosto de batucada e a deles é primeiríssima. Me vi cantando loucamente "ôooo Rosa, ôoo Rosa..." Tirei algumas coisas do fundo de meus alfarrábios mentais. Túnel do tempo mesmo. O palco, a música, a barraca. Só faltou meu aparelho nos dentes e o paraplégico que sempre ia em sua cadeira de rodas. Quem ia lembra. Genial.

O final ficou para a Cachorra. Foda. O som não tava bom e o repertório não mudou nadinha. Certas coisas não funcionam no palco. A Cachorra é uma delas. Eles saõ lindos na avenida mas no palco perdem alguma coisa fundamental. Não sei o quê.
Bateu um tédio por conta da farra toda. Quando eu conto ninguém acredita, mas alguém tentou me passar uma zica. No meio da noite dei uma topada que quebrou minha sandália. Antes ela do que meu pé, mas passei a noite descalça e com a sensação de que alguma coisa de muito ruim ainda ia acontecer por conta daquela olhada venenosa. Até hoje eu procuro minha aura que foi sugada por aquela presença invisível. Juro que não vi de onde veio mas tenho certeza de que era mulher. Só pode. E como meu santo é forte mas não é de ferro, pelo cansaço da farra, pela quantidade de cerveja e pela música eu fui embora meio que sem entender que trem havia sido aquele que havia me atropelado.

Apesar do mal estar cheguei em casa sã e salva e sem ser molestada sexualmente por ninguém.... Opa! De onde isso surgiu? Eu hein... Não tenho idéia de onde isso surgiu mas deve significar algo. Tenho que investigar o que anda acontecendo mas eu aposto que tem alguma coisa a ver com um beijo roubado na porta da barraca, bem na hora de ir embora. Será? Freud deve explicar. Eu vou continuar investigando...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

"Prefiro ter um filho viado a ter um filho velha"

Saco cheio de caretice. Sei que a coisa está ficando repetitiva mas é que eu não aguento mais. Depois das queixas a respeito da lei seca, dos guetos para fumantes agora mais alguns adicionais. Vocês não vão acreditar, mas tem uma lei está sendo votada aqui em Pequenópolis e esta dita cuja (caracará sanguinolenta) pretende fechar os bares e botecos da cidade até meia noite. Final de semana até uma da madrugada é permitido. O bacana é que restaurantes, casas de show e boates podem vender bebidas, mas os bares não. Vou ter que começar a frequentar redutos dos cafuçus-esporte-fino agora? Esse papo está rolando nas minhas mesas de bar desde quarta feira e para alguns esse assunto não é novo. Juro que não me prolongarei mais nesse papo. Era só para colocar à mesa alguns fatos que Cinéfilo e Dentista podem estar por fora.

Cansei de chamar os nossos governantes e legisladores de passadistas, fariseus, mendazes, hipócritas, pudicos e reacionários. Mentira, não cansei. Acontece que sou louca por palavrões e por dicionário de sinônimos, daí já viu... Mas , no fundo do meu coração, acredito que eles são reflexo de nossos familiares, colegas de trabalho e até dos amigos mais queridos que reproduzem esse discursozinho vergonhoso cuidadosamente fabricado em nome da "moral e dos bons costumes". Língua tem toda razão ao dizer que essa geraçãozinha de quarenta e pouco anos tem medo que os filhos façam metade das putarias que eles fizeram na juventude.

Dá para acreditar que agora se discute SE a relação do Marcelo Camello com uma garota de dezesseis anos é decente? Como assim? Um homem de trinta anos é mais pernicioso a uma adolescente do que um de dezoito? Uma pessoa de dezesseis anos pode ser considerada uma criança? Ser sem inteligência? Ou melhor, sem sexualidade? Eu surtei ou estamos falando de uma mulher de dezesseis e não uma garota de seis? Minha avó casou aos catorze, aos dezesseis já tinha filhos. A mãe dela nunca reclamou, nem os amigos. Sei não, eu acho que há de haver algum grau de preocupação nas relações que envolvem adolescentes, mas por que isso foi levantado justamente por que o cara era um homem, adulto e público? Pelo que eu me lembro a Eloá foi assassinada pelo namorado adolescente. Gente sacana existe em qualquer faixa etária.

Outra discussão "genial" que eu vi ontem naquela super revista que eu adoro (!!!). NUDEZ. Vocês acreditam? Não é nudez na tv, nem no teatro, nem em revista. Nudez. Na minha cabeça quem não gosta de ver gente pelada devia morrer. Daí os mais pudicos perguntam: "Mas e as crianças?" Respondo finamente como é meu costume: Teatro infantil não tem nudez e revista de sacanagem não deve ser tratada como literatura. "E a Tv?" Desliguee!!!! Tira essa criança de casa, compre um video game, uma bicicleta, contrate uma TV por assinatura, ora bolas. Por outro lado os atores que acham que estão sendo submetidos a constrangimentos peçam demissão. Vai ser vendedor de côco na praia, a Narjara Turetta adorava. Eu devo dizer que nunca me senti insultada depois de tirar a roupa, em compensação, vestida, já passei por muito tratamento vexatório. Falta do que fazer isso sim, discutir isso. A culpa é do Mainardi, certeza. Tudo começou com ele.

Fiquei puta comigo mesma hoje. Fui buscar minha mãe na academia, cheguei uns minutos mais cedo e resolvi fumar um cigarrinho na calçada. Terminado o cigarro, uns minutos depois surge uma senhora na porta reclamando que a fumaça estava entrando inteira na academia. Tu acha? Eu só balancei as mãos e mostrei que o cigarro já havia acabado. Devia ter acendido outro e dado uma baforada na cara dela. Só faltava essa mesmo, agora nem na rua eu posso mais fumar... Desaforo!!! Legal mesmo é que esse tipo de campanha faz com que as pessoas se sintam não apenas no direito mas na obrigação de constranger as outras em público. Quem não achar que isso é um constrangimento me responda por favor. Levar uma rolada de uma velha por que educadamente fumei fora de um ambiente fechado, é novo. É o sinal do fim dos tempos.

Taí, fui ofendida vestida, se estivesse pelada, ao invés da velha, tinha saído pelo menos um gordinho pra me passar uma cantada. Certeza.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eu sou Free. Freelancer

Muito tempo sem postar, várias coisas na cabeça e pouco tempo para colocá-las no papel. Acontece que por causa do meu sumiço uma pergunta sempre recorrente ao falar com os amigos é: E ai, como vai a vida amorosa?

Respondo sempre que posso: - A amorosa inexiste mas a vida de solteira a cada dia fica mais interessante... Para aqueles que moram longe e estão curiosos para saber que fim levou a novela do meu aniversário, vos digo. Lindamente. Acontece que apenas um dos três sabia da existência dos outros dois e tratou tudo com muito bom humor. Esperou pacientemente a vez dele e foi genial ao me dar meu presente de aniversário. A cena era engraçadíssima. Os três cavalheiros sentados à mesma mesa, compartilhando cervejas e conversando banalidades. A Flor se divertiu muito ao bater as fotos. Golpista disse que na outra mesa rolou até aposta. Memorável esse aniversário.

Apesar de ter ficado com Darcy resolví destituí-lo do cargo após aquela noite. Os homens de quarente se ACHAM e eu ACHO uma audácia um tomador de Viagra querer dar uma de gostoso pra cima de mim. Ma rapá! Darcy, decidi agora, é um título, como o de César romano. Mas resolvi não passá-lo a ninguém, prefiro dar um tempo no romance e aproveitar as maravilhas e oportunidades que a vida joga a meus pés.

Desde então tento administrar da melhor forma possível meu tempo e tomei algumas resoluções com relação aos meus homens. Apesar de possuir alguns sonhos de consumo (e ao dizer isso falo em impossibilidades reais mas não permanentes) resolvi que os quarentões e os comprometidos estão definivamente fora da minha área de atuação. Eles dão mais trabalho que os outros, os solteiros de trinta e os galinhas de vinte.

Depois da descoberta de que eu não poderia apresentar meu projeto de graduação ainda este ano resolvi dar uma relaxada e curtir minha última semana dentro da faculdade como estudante. Provei tudo de novo como se fosse uma caloura. Recebi até indicação de"carne nova no pedaço" e "a mais safadinha" na eleição da musa. Perdi os dois mas fui agraciada com o título de presidente da ÂNIMA (Associação das ninfomaníacas da arquitetura). Muito justo depois de todo mundo que eu peguei, pelos atos de bravura que cometi e pelos trabalhos comunitários com crianças excepcionais ao longo dessa década.

Apesar de considerar que existe uma demanda de homens-comprometidos-e-interessantes-que-estão-interessados eu resolvi que pelo menos por um tempo eu vou prestar serviços aos avulsos. Apesar de as mulheres adorarem os meus homens (ou seria o contrário? Vou parar senão vou acabar caindo na discussão da monogamia) eu não gosto meeeeeeesmo de pegar homem "casado". Menos mal né? Safadeza tem limite, a minha também. Além do mais, é humanamente impossível uma mulher como eu, mãe solteira e cheia de coisas para finalizar, dê conta de tanta gente. Não quero criar uma "bolha" amorosa. Detestaria que meu esquema entrasse em colapso por falta de lastro. Além do mais acredito que agora, com a saída do signo de escorpião e a entrada de sagitário algumas coisas irão mudar. Quem tem seus ficantes sérios, se agarrem a eles com unhas e dentes que esse signo de agora não é brinquedo não. Capricórnio então, nem se fala.

Pois bem, aqui foi um resumo dado muito por alto àqueles amigos comprometidos e que único prazer que têm é ouvir as confissões dessa escorpiana pudica libertária. Muito dele foi censurado por que vocês sabem, existe um público frequentador desse blog que ainda é novinho e romântico, que acredita em amor eterno e papai noel.

Bom Anal, oops Natal

Outro dia e estava conversando com a Golpista e descobri o seguinte: existem mais pessoas que compartilham o meu ódio pela histeria coletiva, barroca e cafona que é o natal. De acordo com ela, ao longo de anos, durante a infância/adolescência, ela foi ao cinema com o pai na "noite feliz". Apenas coisas boas poderiam acontecer a partir daí não? Olha só no que ela se transformou.... Uma apreciadora da sétima arte e uma aliada minha na luta contra o consumo, o peru, os corais e as reuniões com aquele povo chato que chamamos de primos, tios e tias.

Resolvi que havia chegado a hora do famoso post de natal e, honestamente, estava sem muita inspiração, pensando que não havia mais nada que eu já não houvesse dito. Além do mais, minha mãe restringiu a decoração da casa a duas guirlandas, uma vela em forma de bota, um tapetinho e duas toalhinhas no lavabo e umas luzinhas na varanda. Daí você se pergunta: Só? E eu digo, sim, foi pouco. Cadê a árvore de natal? E as toalhas de mesa? E o cd da Simone?

Sinceramente não tem como fazer um post sem o normal exagero natalino. Até o Iguatemi resolveu fazer uma árvore "discretinha" esse ano. Toda prateada. Cadê a cafonice das luzinhas coloridas? Agora para onde eu olho elas são amarelinhas. Cadê os excessos em vermelo e verde? É tudo prateado ou dourado agora. Assim não dá pra ser feliz. Como eu posso fazer um post de natal que se preze se as pessoas não cooperam?

Normalmente quando eu vejo uma pessoa muito empolgada com "o espirito natalino" e feliz em encher a base de sua árvore de natal com presentes eu digo: - Ele nasceu em abril, otário(a). Nem isso eu consegui fazer ainda. Faz idéia da frustração da pessoa?

Bom, já que não houve cooperação alguma de nenhuma parte eu resolvi que postaria o mais famoso dos melôs de natal. Essa idéia me veio numa madrugada embriagada em uma padaria famosa da cidade por varar a noite aberta. Estava com Língua que provavelmente vai odiar esse post (ele foi coroinha, não come carne nem fala palavrão na sexta feira santa). Mais ainda, vai odiar ser citado nesse já tradicional post-herege.

Bom, continuando, na pesquisa pelo vídeo da musiquinha que eu queria publicar veio uma surpresa. Vejam o vídeo e depois me digam. Peço desculpas de antemão pela piada velha mas tenho certeza que todos irão me entender.