segunda-feira, 29 de setembro de 2008

É ou não é, ou não é?

Passei o dia na casa de Flor ontem. Corrida (não quero falar sobre isso), almoço, séries e Fantástico. Determinada hora da noite, cervejas avançadas, Cumade leanta uma questão sobre a matéria de capa da revista Época da semana passada. Algo mais ou menos assim "ministério da gula adverte, batata frita mata" . Fala sobre o banimento(!?) da gordura trans, bebidas, cigarro. A matéria é bem boa, qualquer dia eu coloco aqui...

Já viu né? Controvérsia em pleno domingo a noite. Já estou cansada de meter o pau na caretice e no Estado tutelar (para mim está mais para Estado Ditatorial ou pelo menos o início de um). Não sei se vocês lembram de um post que falavra de pre-cogs, divisão pré-crime, etc (Fumo, Precogs e o Presidente da República). Pois olha isso aqui... Enviado agora pela manhã por Flor.

E Jung ataca novamente!

"Americanos desenvolvem sistema no melhor estilo Minority Report

O Departamento de Segurança dos Estados Unidos não está tão longe de de chegar à sinopse do Minority Report, famoso filme estrelado por Tom Cruise nos cinemas. Os americanos estão desenvolvendo um sistema para detectar pensamentos hostis nas pessoas que estarão na fronteira do país, aeroportos e lugares públicos.

O filme de Steven Spielperg, lançado em 2002, era ambientado no futuro e mostrava a divisão policial Precrime, que conseguia detectar um crime antes do ocorrido, efetuando a prisão do possível homicida antes dele cometer o ato.

Se esse sistema for implementado no mundo real, a segurança de qualquer aeroporto, por exemplo, pode descobrir um terrorista antes dele cometer um atentado, o que pouparia diversas vidas, tempo e muito dinheiro. Isso evitaria confusões enormes. A intenção do projeto se baseia na detecção do indivíduo suspeito, para depois interrogá-lo. A máquina usada tem sensores que podem analisar o comportamento de uma pessoa através da freqüência cardíaca, respiração, temperatura da pele, voz e expressões faciais. Participaram dos testes 140 voluntários para simular a situação, e algumas coisas ainda precisam de ajustes. O aparelho acertou 80% das pessoas com sinais suspeitos.

O projeto anteriormente se chamava "Project Hostile Intent" e agora foi renomeado para "Future Attribute Screening Technologies", também conhecido como FAST, para dar ao programa um nome mais amigável, segundo o departamento americano. Isso tudo é para tranquilizar ou ficar com medo?"


Batata frita, cigarro, alcool e palito de dentes hold your breath...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pet Shop Boys e minha vida

Perdoem amigos a demora. Essa semana foi cheia de trabalho, dores de cabeça e encontros com ex's. Para piorar minha situação o Contardo resolveu não falar de mim ou de coisas que eu gosto. Falou sobre as eleições americanas. Quem me conhece sabe, odeeeeeeeeio! Graças a Deus já está acabando.

Sendo assim, tenho que escrever sobre mim mesma, profundamente inspirada na obra "Pela noite" de Caio Fernando Abreu, que terminei ontem.

Domingo sempre é meu dia favorito da semana. Esse não foi diferente. Praia, Linner (Lunch+ Dinner) no Loft, passada na Pizaria pra pegar minha bolsa linda que Cinéfilo e Dentista me enviaram e, quando menos esperava... Uma ligação. Sal, um ex, veio passar o final de semana aqui e ainda não havia me ligado. Já havia perdido as esperanças de vê-lo.

Sal é um fofo que namorei antes do Ex-Marido (ele foi o outro ex com quem me encontrei, na segunda, mas não vou falar sobre isso). Já chegou dizendo que estava escutando Fugees (Faz tempo isso, ok? Quase dez anos) e lembrou de mim, do meu antigo carro, do meu perfume L'Eau d'Issey (que agora ele usa também). Uma coisa linda nossa relação, meio "Amor nos tempos do cólera". Absolutamente platônica. (Juro que não sei o que ele sente a meu respeito, falo só por mim)

Ele me faz lembrar de como eu era, na época que o que importava era a hora que ele ia ligar, se ia passar na portaria e interfonar. Que lindo, uma rosa no dia que a gente faz um mês de namoro! (Sim, naquela época eu chamava de namorado uma pessoa que eu beijava E trepava mais de duas vezes). Sexo bom, longas preliminares (isso nem sempre é bom no meu ponto de vista, mas sim o sexo era muito bom), bastante sedutor, apesar de não saber que era (melhor assim, homem que sabe ou fica ridículo ou vira um sacana), coisa de aquariano em seu estado puro.

Naquela época as relações eram mais cartesianas. Eu só podia sair com uma pessoa. Larguei-o ao som de "Always on my mind" (versão do Pet Shop Boys, não do Elvis). Ainda me dói ouvir essa música.

"Maybe I didn't hold you all those lonely, lonely times,
And I guess I never told you,
I'm so happy that you're mine,
If I made you feel second best,
I'm sorry, I was blind."

Larguei-o para ficar com um outro carinha que podia não ser nada, só tesão mesmo (dois escorpianos juntos... Sem maiores comentários), mas acabou virando o pai do meu filho dois meses depois do primeiro beijo. O resto vocês sabem, mãe solteira, traições, depois veio o casamento, traições, separação, volta, fomos morar em Tubiacanga, mais traições e finalmente nos divorciamos.

Sal diz que faltou morrer quando soube da gravidez mas eu não sei, não vi. Pra variar tava preocupada com meu proprio umbigo que se abria a cada dia que passava. Tava preocupada com o fato de ter alterado minha vida amorosa, profissional e sexual por tempo indefinido, ou para sempre.

Enquanto isso, Sal contrai (isso, uso contrair, para parecer uma doença) matrimônio e vai fazer mestrado no Japão (Vê a injustiça?). Eu, o puro glamour, em TU-BI-A-CAN-GA, fazendo coisas prosaicas (dá vontade de escrever PROZAiCas), como varrer a casa, fazer almoço, bater travesseiro, seguindo minha ilusão de ordem... (Uma coisa tipo "I love you, you pay my rent")

Ele em Tóquio, com a esposinha. Agora ele vive em Metrópolis. E é feliz no casamento, tem gatos.

Eu, por outro lado, virei uma cínica. "E com medo das perdas, e das marcas deixadas pelas perdas e mais além, das perdas tão completas que nem sequer deixavam marcas e do que não conseguiria lembrar, sentia pena dos cacos entre as mãos, tão pulverizados que mesmo que os apertasse com força não conseguiria arrancar nem uma gota de sangue."

Minhas relações se resumem a pau, buceta, cu, bosta e medo de DST's. "Por mais flores e risos e beijos e carinhos e, droga, compreensão mútua e ma-tu-ri-da-de. Por mais apaixonado, por mais legal. Pra mim, nunca. Fica um cheiro de merda por tudo. Mesmo que você não veja. Que você não sinta. No escuro, fica."

Não tenho direito de sequer pensar em Sal como um amor possível . Tão puro e carinhoso. Tão longe de toda essa bosta. Não não, não quero mais essa culpa. Faltei matar o pobre da primeira vez que acabamos só por que eu queria "outra coisa" (bem Dulce Veiga). Minha vida hoje está mais para "It´s a sin".

"Everything I've ever done
Everything I ever do
Every place I've ever been
Everywhere I'm going to
It's a sin"

Apesar de todo o cinismo, queria ter permanecido como ele. Eu podia tê-lo endurecido depois da rasteira que eu dei, mas não. Ele ficou igual, eu que mudei. Vale dizer que a culpa dessa mudança toda no meu modo de agir não é do Ex-marido ou de outros. É minha mesmo, que chutei pelo menos dois caras que me amavam. Que sempre dei preferência a uma aventurinha qualquer. "Outra coisa, outro corpo. Tenho todo o tempo do mundo" Rá.

Triste né? Eu sei.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Nada além

Ia escrever sobre Onde andará Dulce Veiga? Do Caio Fernando Abreu. Terminei de ler hoje.

Post avançado, quinto parágrafo e achei melhor não. Audácia minha... Mas queria escrever algo, já que esse livro é bem importante. Importante como literatura e importante pra mim. É que a minha edição tem uma dedicatória (daquelas que eu leio, releio e faço carinho). Uma dedicatória singela, despretensiosa que previa minha identificação com a obra.

"Caio, Papel, par perfeito"

Verdade, o começo é um pouco difícil, narrativa tem um ritmo estranho, meio anacrônico, desvairado. Períodos longos, pontuação diferente. Eu não consigo ler algumas coisas, já disse. Tem algo a ver com a pontuação e a minha respiração, não sei explicar. Sei que é muito chato parar de ler um livro no meio. Principalmente quando foi um amigo que deu, e ele espera silenciosamente (por quase um ano) que eu diga que terminei e o que eu achei. Já até vejo a cara de Língua sorrindo. Adorei amore.

Dedicatória de Língua como Prólogo e cartas de Caio a amigos no Epílogo sobre o "processo" de doze anos para escrever Dulce Veiga. Ironicamente (duplamente) a carta que mais gostei foi a que ele enviou a Guilherme de Almeida Prado, o próprio diretor do filme que eu meti o pau outro dia aqui no Papel. Lembram? For Rainbow... Caio se revirando no túmulo...

Sigamos, o trecho das cartas que escolhi é esse:
Londres, 12 de fevereiro de 1991 (Eu tava na sexta série, doido né?)
"(...) Então imagina. E se o Jean-Luc Besson se apaixona pelo livro? E se ele cai nas mãos do Stephen Frears? E se o Jean-Jacques Beinex me oferece milhões por uma versão com Isabele Adjani no papel de Dulce (envelhecida, claro)? E se lá de Madri Almodóvar comunica que Carmem Maura adoraria fazer o papel?(...)"

Irônico não? Nada de Almodóvar, Isabele Adjani, ou Carmem Maura. O diretor foi o próprio Guliherme de Almeida Prado, Maitê Proença no papel de Dulce e Carolina DICKman no papel de Márcia F., filha de Dulce, cantora, sapa, drogada e temperamental. Ainda consigo pensar em outros nomes vergonhosos como Nuno Leal Maia, Carmo Della Vechia (o budista, caseiro e discreto. Huum sei, na minha terra isso tem outro nome. Desde que saiu aquela Caras com ele na capa eu quis encaixar esse comentário maldoso em algum post, só consegui agora. Êeee), Oscar Magrini... Por aí vai. Muito difícil de entender, mas triste mesmo é o protagonista virar hétero e ter um final feliz de novela.

Vou ignorar solenemente essa obra cinematográfica. Juro. Mas gostaria de colocar mais um trechinho do livro que adorei (na verdade são muitos mas sei como é sacal ler posts grandes e introspectivos). Fala sobre saudade, assunto que venho tratando com certa frequência. Lindo esse sentimento. Admiro aqueles que convivem com ele pacificamente. Eu tinha que retornar a esse tema por que no post Poliamor eu me censurei e deixei de dizer aquilo de que sinto as saudades mais rasgadas... Tá entalado o parágrafo censurado, aquele que ninguém sabia que existia, mas eu sei.

"(...) Só alegria senti com Pedro. Uma alegria que era o avesso daquela que tinham me treinado pra sentir.

Na manhã seguinte ficamos o dia todo na cama, ouvindo Bola de Nieve, pedindo pizzas, cigarros e cervejas por telefone.(...)

Passamos dias assim, Pedro e eu, um dentro do outro. O cheiro, os líquidos, os ruídos das vísceras. O que era de quem, dentro e fora, nós não sabíamos mais.

Os dias se interrompiam quando ele ia embora. Recomeçavam apenas no mesmo segundo em que tornava a chegar.

Não sei quanto tempo durou. Só comecei a contar os dias a partir do dia em que ele não veio mais.

Desde esse dia perdi meu nome. Perdi o jeito de ser que tivera antes de Pedro, não encontrei outro.

Eu queria que voltasse, não conseguia viver outra vez uma vida sem Pedro.

Mas Pedro não voltou, eu não voltei.(...)"

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Contardo

Eu sei, eu sei, semana passada não postei o Contardo. Falava sobre "Linha de Passe" e como não vi o filme me neguei a publicar, melhor, me neguei a ler.

Mas essa semana tem e ele fala de "Cegueira". Perdoem aqueles que ainda não viram, caso prefiram nem sigam com a leitura.

1,2,3 e já.

CONTARDO CALLIGARIS
"Ensaio sobre a Cegueira"

Somos capazes de tudo: o apocalipse nos testa e nos revela a nós mesmos e ao mundo

GOSTO DOS romances e dos filmes apocalípticos, ou seja, das histórias em que algum tipo de fim do mundo (guerra nuclear, invasão extraterrestre, epidemia etc.) nos força a encarar uma versão laica e íntima do Juízo Final. Nessa versão, Deus não avalia nosso passado, mas, enquanto o mundo desaba, nosso desempenho mostra quem somos realmente.

No desamparo, quando o tecido social se esfarela e as normas perdem força e valor, conhecemos, enfim, nosso estofo "verdadeiro". Somos capazes do melhor ou do pior: o apocalipse nos testa e nos revela.


O primeiro romance apocalíptico (de 1826) talvez tenha sido "O Último Homem" (ed. Landmark), de Mary Shelley, que é também a autora de "Frankenstein". De fato, as duas obras são animadas pelo mesmo sonho: uma criatura radicalmente nova pode ser fabricada no bricabraque de um necrotério ou nascer das cinzas da civilização. Em ambos os casos, ela será sem história, sem ascendência, sem comunidade e, portanto, penosamente livre - para o bem ou para o mal. No romance de Mary Shelley, aliás, a causa da catástrofe é uma epidemia, como na "Peste", de Camus, e como no "Ensaio sobre a Cegueira", de Saramago, que é agora levado para o cinema por Fernando Meirelles.

A obra de Meirelles é fiel ao livro que a inspira, mas, para contar a mesma história, consegue inventar uma eloqüência própria, sutil e forte. Por exemplo, o filme banha numa luz esbranquiçada e difusa que não é apenas (como foi dito e repetido) uma evocação da cegueira branca que aflige a humanidade: é a atmosfera ordinária de nosso universo desbotado, em que a trivialidade do cotidiano desvanece os contrastes - até que as sombras e os brilhos sejam revelados na "hora do vamos ver", que acontece, paradoxalmente, porque todos (ou quase todos) perdem a visão.

Depois de assistir ao filme, li algumas das críticas que ele recebeu em Cannes. A nota de Manohla Dargis, no "New York Times" de 16 de maio, por exemplo, é paradoxal: Dargis acusa o filme de ser uma Alegoria com "A" maiúscula, em que, aos personagens, faltaria espessura. Certo, os personagens de "Ensaio sobre a Cegueira" quase não têm história prévia, assim como a cidade em que os fatos acontecem (uma mistura de São Paulo com Toronto) é uma cidade moderna qualquer, cujas particularidades não contam. Essa, justamente, é a beleza do gênero: o surgimento quase abstrato de uma situação extrema, em que se trata de escolher e agir a partir de nada. O passado, o lugar não contam: os personagens são definidos por suas escolhas aqui e agora.

Dargis também se queixa da oposição que lhe parece excessiva, no filme, entre "os bons" e "os ruins", ou seja, entre os que, na cegueira, descobrem e aprimoram sua humanidade e os que a perdem. É uma queixa curiosa, pois, em quase todas as narrativas apocalípticas, a contraposição de retidão e bestialidade é o sinal de uma liberdade quase absoluta, angustiante: o fim do mundo é um bívio sem leis, sem flechas, sem compromissos, onde qualquer um pode escolher o horror ou a esperança. A oposição caricata dos bons e dos ruins expressa a incerteza do espectador, do leitor e do autor: "Você, se, por uma misteriosa epidemia, o mundo ficar cego, se o reino da lei acabar e começar a idade da luta pela sobrevivência, de que lado estará? Do lado dos que inventarão novas formas de abusos ou dos que descobrirão novas formas de respeito e de vida comum? Uma vez perdida a visão, o que você enxergará no seu vizinho: mais uma mulher para estuprar e um otário para explorar ou um irmão, perdido que nem você?

"No "Ensaio sobre a Cegueira" (de Meirelles e de Saramago), diferente do que acontece em muitas narrativas apocalípticas, a heroína é uma mulher, e as mulheres são as depositárias da esperança; elas saem engrandecidas pelas provas da situação extrema. São elas que, para o bem de todos, entregam-se aos estupradores, aviltando não elas mesmas mas os que as violentam, com uma coragem que salienta a covardia dos maridos ciumentos ou zelosos de sua "honra". São elas que sabem cuidar de uma criança ou matar quando é preciso. São elas que reinventam a amizade (em cenas memoráveis: a das mulheres lavando o corpo da companheira espancada à morte e a das mulheres no chuveiro).

Aviso, caso, um dia, a gente tenha que recomeçar tudo do zero: em geral, as mulheres sabem, melhor do que os homens, o que é essencial na vida.



Pelo amor de Jesus Cristo, vou correr pro cinema pra pegar a próxima sessão...

Oops

Papel fez um aninho...

É lógico que todos perceberam que o blog ganhou roupa nova mas não foi apenas isso, ganhou também novos link de blogs. Tava cansada daquele outro template. Também não estou muuuuuuuuito satisfeita com esse não mas... Caso alguém queira me presentear com um template lindo será muito bem vindo.

Um ano muito louco esse, mas que adorei dividir com vocês. Desculpem-me aqueles que se sentiram insultados, obrigada àqueles que postaram comentários e também àqueles que vêm anonimamente. Sacanamente acho uma delícia imaginar que um anônimo vem aqui, espia um pouquinho e sai sem deixar rastros.

É isso. Iniciaremos agora um novo ciclo, talvez mais mal humorado, mais ácido, as vezes meloso mas o espírito é o mesmo.

Beijocas mil

Cópia carbono















Língua me envou essa pérola e eu não resisti. Trata-se de um ensaio fotográfico de "Uuanessa" posando de quem?

Ninguém saca essa marmota de cara mas é a Madonna. Acredita? A galera estica a baladeira demais...

Achei tudo muito ruim, desde a peruca, boina e luvinhas de motoboy. Mas sério, pior mesmo é esticada de queixo que deixou a garota toda deformada, a cara da Leona Cavalli.


Eu não sou ninguém mas se fosse, o carinha que fez a seleção de fotos estaria no olho da rua. Pra falar a verdade eu demitiria todo mundo, figurinista, maquiador, fotógrafo... Pior! Cancelaria o contrato com a empresa de publicidade.










Momento te dou um dado?
Sweet Wanessa
A convite da Sony Ericsson, Wanessa Camargo se tornou Madonna por um dia. Apaixonada pela material girl, essa é a segunda vez que a cantora brasileira se transforma na rainha do pop. "Sou super fã dela. Foi divertido me ver de Madonna agora que ela está mais madura".
(!???)

A estratégia faz parte do lançamento de três modelos de celulares - W580, W760, W980 - da linha Sony Ericsson Walkman® , com conteúdo da diva americana, em exclusividade com a Vivo.

Demais né?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Poliamor

Amigo é foda né? Acordei com vontade de escrever sobre eles mas fico com medo de esquecer alguém. Graças a Deus tenho poucos, mas os melhores amigos. De todas as épocas e lugares. Escola, faculdade, dos bares, amigos dos amigos, amigos que moram em outros estados, que falam outras línguas e vivem outros continentes.

Tanta saudade acompanha esse amor... Saudade daqueles que moram longe e é claro fazem falta. Saudades também daqueles que moram perto e me lembram diariamente de como eu já fui tola, do tanto de vodka que eu já tomei, das mais vergonhosas bocas que beijei.
Tenho saudade de todos esses anos que passaram, mas tenho saudade mesmo do domingo passado. Hoje eu gostaria de congelar minha vida.


:: Eu tenho amigos que moram perto, aqui na cidade mesmo. Eles fazem parte da minha rotina, e Deus sabe como eu adoooooooro rotina. Não a rotina diária, aquela chata, mas adoro aqueles que me ligam, sem falta, uma vez por mês para um petit comité. Adorava os almoços de sexta feira. As terças no chorinho, os finais de tarde de segunda e quarta no balcão do meu boteco. O cineminha e a praia intercalados, e a pizaria do domingo.

:: Eu tenho amigos que são meus namorados. É, são dois. Eles me ligam quase que diariamente, me convidam para tomar uma cerveja durante a semana, me levam para a praia, cinema, cozinham pra mim, dão a chave do apartamento.
A gente fala sobre o nosso dia, vibra quando algo de bom acontece, chora quando algo dá errado.... Para compensar a falta de sexo a gente se diverte fingindo que briga no caixa do supermercado, faz D.R's em elevadores, fala sacanagem na fila do McDonald's e escolhendo sabonete íntimo na farmácia... Só pra ver a cara de quem tá perto. Só pra dar certo consolo a eles, que se acham supernormais ao verem um casal brigando na rua. Por que a gente não quer ninguém infeliz ao deparar com um amor perfeito.
Morro de saudades do domingo passado porque ele foi perfeto, sempre é.

:: Eu tenho amigos que moram longe mas que de vez em quando eu revisito ao reler cartinhas que demoravam um mês pra chegar, bilhetinhos de mesa de bar... Eu tenho uma caixa onde guardo de tudo um pouco: bolacha de chop, carteiras de cigarros com datas e assinaturas, balão de gás hélio vazio, caixas de fósforos, mapas, cartões postais, ou seja uma coleção de amigos que moram longe mas que vivem comigo.
Sabe o que é foda? O que me mata mesmo são as dedicatórias de livros. Essas acabam comigo, leio e releio mil vezes, faço carinho, cheiro, choro, beijo, uma pieguice só. Desculpem mas é assim mesmo, sinto que ao fazê-lo eu posso resgatar minha juventude e a essência deles, os amigos. Como se estivéssemos conectados apenas pela palavra e não pelo espaço e tempo. Hoje temos e-mails, blogs, msn's... Mas eu tenho saudade mesmo é do cheiro do papel.


De uma maneira geral as pessoas odeiam o domingo. Eu adoro, eles sempre me dão material pro Papel. Esse papel ingrato sem cheiro, sem relevo, que não amarela, não dobra, não risca e não mancha. Mas que hoje tá do tamanho de um bombom de tanta saudade...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Blindness


Ensaio sobre a Solidão

Eu vi o filme Ensaio sobre a Cegueira sábado. Foi sim, fui sozinha. Com Jardineiro Fiel também foi assim. Saí linda de casa, sentei na sala de cinema e vi todinho, sem niguém falando ao meu lado. Sem ninguém querendo comentar o filme no final.

Adoro ir ao cinema acompanhada mas não deixo de ir ver alguns filmes logo na pré estréia, mesmo que sozinha. Detesto gente comentando um filme que ainda não vi e é por isso que prometo não revelar nada aqui. Não falo nem da trilha sonora ou fotografia, juro. Só vou dizer que é lindo e que todos devem ir. Favor me chamar caso queiram compania.

Sendo bem honesta, acho que preferi vê-lo pela primeira vez sozinha. Adoro o silêncio que vem depois. Adoro o choro solitário. Adoro a expressão de choque das pessoas que estão fora da sala de projeção e dão de cara com uma criatura chorosa, maquiagem borrada. Adoro não ter que dizer o que achei, nem me lembrar dos melhores momentos ou eleger a cena mais bonita, a mais triste, a mais engraçada e por aí vai.

Ensaio sobre a Cretinice

Sábado ainda li a crítica daquela revista que as pessoas acham respeitável. Grande bosta contar uma historinha. Isso eu sei fazer também. Juro que não entendo como aquela mulher ainda tem emprego. Não faz referências, sabe? A impressão que tive depois de ler a crítica é que ela nem viu o filme. Fez um texto fuleragem sobre o que ela leu na orelha do livro e colocou alguns pontos que ela leu em outras críticas. Ou no Wikipédia, sei lá.

Falar " Ensaio pode não ser o filme caloroso que o público se acostumou a esperar de Meirelles. Mas não desfigura uma obra literária única (...)" Caloroso? Só se for em Domésticas. Juro que não entendi. Não é de hoje que eu acho que ela é totalmente incompetente e equivocada. Ou talvez seja eu que não tenha a menor idéia do que seja o trabalho de um crítico. Achismo não é, tenho certeza. Alguém há de concordar comigo.

Ensaio sobre a Mudez

Bem honesta? Nunca consegui terminar o livro. Não achei chato, nem ruim, nem mal escrito, óbvio. Só não conseguia seguir a narrativa. Aqueles períodos longuíssimos, parágrafos do tamanho de um página... Angústia pura. Adoro períodos curtos, sou burra mesmo.

O filme também é angustiante mas ele deixa você supor muito daquele horror. Eu que sou profundamente sensível à linguagem do Meirelles chorei copiosamente (Pra falar a verdade chorei logo nos traillers. Linha de Passe. Arre égua, não tem coração que aguente! ). Vou me abster a fazer mais comentários. Vejam e fiquem mudos e embasbacados também.

Eu vou deixar vocês com a reação do Saramago ao ver o filme. Chorei ao ver também. Peço perdão pelos dois vídeos em um mesmo post, mas vale a pena.

Ney e Eu

Deus aos poucos começa a mostrar que existe certa justiça no mundo...

Depois de ganhar o ingresso da Madonna e ter que dizer "não, obrigada". Depois de ter ganhado o ingresso para ir ao show do Ney Matogrosso e de ter saído emergencialmente na sexta música, eu tive a oportunidade de ficar cara a cara com meu ídolo. Língua conseguiu ME COLOCAR PRA DENTRO de uma coletiva de imprensa.

Parênteses, eu estava cheia de piadas prontas pro sábado. Seis de setembro 6/9. Prevertidos como somos todos do Séquito tínhamos milhões de piadinhas infames sobre ser "colocado pra dentro do Ney" essas coisas de gente seca. Tudo por água abaixo, foda. Fecha parênteses.

Para quem mora fora, uma pequena explicação. Sexta feira inciou-se em Pequenópolis o "II For Rainbow" uma mostra de filme de puta e viado. Festival de Cinema da Diversidade Sexual, desculpem. Bacana, praça do Ferreira, Cine São Luis... O filme de estréia foi "Onde andará Dulce Veiga?". (A boca miúda comentou que o filme é uma merda, que a personagem principal vira hétero e tem um final feliz de novela das oito. Pronto, contei o final do filme. Caio Fernando Abreu deve tá puto, se revirando no túmulo)

Pois pronto, ontem Nildo Parente (Olha no Google, ignorante) e Ney DERAM UMA COLETIVA para divulgação do curta "Depois de tudo". Eu não vi, não vi nada do Festival, sendo bem sincera. Tava só DANDO UMA PINTA de jornalista informada, ontem. Até pedi pra bater uma foto com ele. Eu estava credenciada como imprensa de rádio e pedi uma foto. Já pensou? A foto ficou uma merda mas valeu pelas risadas.

Bom, o curta que ele atuou mostra um relacionamento gay na terceira idade. Rola beijo e tudo, pra quem é curioso. Eu acho uma besteira esse bafafá todo sobre beijos gays, mas tem quem ache in-crí-vel!!!!

Eu já disse que o Ney é lindo? Pois é. Fiquei boba com a presença dele. Incrível. Eu e Língua saímos babando. Ele tem a idade do meu pai e ainda dá um caldo...

Ponto alto da noite. Um-jornalista-ali-vocês-não-conhecem-não perguntou se Ney acreditava em relações monogâmicas duradouras. Resposta: "Acrediiiiiiiiito... acredito sim. (Pausa dramática) Só não consigo!" e daí deu uma pisacadinha sacana do tipo "Eu sei que todos vocês me querem" Até as sapas se arrepiaram. Eu que sou uma hétero goiabeira fiquei toda assanhada.

Deus, agora eu quero meu Iphone, ok?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Pensamento Radical Chic da semana

Sem muito saco para postar apesar do final de semana agitado. Vários acontecimentos... Último sambão, show do Ney Matogrosso (tragicamente interrompido), Spa Francorchamps (meu circuito favorito e agora deve ser o do Massa também...), ligação de Metrópolis, almocinho com amigos às seis da tarde, "jantar" na pizaria do Séquito e um joguinho de futebol meia boca. Duas noites dormindo num sofá. Tô de péssimo humor. Fiquem aí com um drops e olhe lá!

"Dizem que estou ficando amarga, enjoada, ácida, sem graça. Não é verdade. É só colocar limão, adoçante, sexo, gelo, brilhante e mexer gostoso que eu fico maravilhosa".

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Killing me softly

Sei não, viu?

Como prometido, o Contardo da semana, ou melhor, o estudo de caso da semana. Só em protesto porque a bosta da Uol fecha a matéria exclusivamente para assinantes... Será que rola processo?

CONTARDO CALLIGARIS

Ciúme
Pesquisa oferece duas sugestões para que uma relação não seja envenenada pelo ciúme


A CADA semana, ouço a queixa de alguém que encontra, no celular de seu parceiro ou parceira, a "prova" de uma traição (Nossa, que surreal! Hahahahahhaha) : o ciúme vinga com a tecnologia, mas entendê-lo continua difícil.


Para os darwinistas, a evolução favoreceu os ciumentos: sobrevive a linhagem dos que evitam sustentar rebentos ilegítimos, poupando assim seus recursos. Problema: o argumento evolucionista vale só para o ciúme masculino (mesmo no pleistoceno, os homens que pulavam a cerca não voltavam grávidos para casa), e, restaria explicar, o ciúme feminino. Várias pesquisas mostram que todos, homens e mulheres, são mais sensíveis à infidelidade emocional (que não engravida ninguém) do que à infidelidade sexual.

Os cognitivistas, em geral, entendem o ciúme como uma reação contra algo que ameaça a relação e fere o amor-próprio do "traído". Faz sentido, mas o ciúme (sobretudo patológico) nem sempre é reativo: às vezes, o ciumento inventa situações para alimentar seu ciúme.Os terapeutas psicodinâmicos notam que o ciumento é mais preocupado consigo e com seus rivais do que com o objeto de seu amor. Eles reconhecem, grosso modo, dois tipos de ciúme, que ambos seriam restos neuróticos da infância:

1) Há o ciúme possessivo de quem não deixa a primeira infância, continua querendo ser um único corpo, junto com a mãe, e só enxerga ameaças - no pai, nos irmãos etc. Nesse estilo, uma tia minha passou a vida recluída pelo marido: não saía de casa, nenhum médico podia examiná-la. Por essa razão, eu não a conheci, mas minha avó dizia que o homem era louco e que ela era louca também, por aceitar.

2) Há o ciúme inseguro de quem nunca se sente "tranqüilamente" amável e está sempre revivendo as emoções da pré-puberdade, quando descobrimos que a mãe tem interesses diferentes da gente (experiência dolorosa, mas também prazerosa, pois, traindo-nos, ela nos liberta para desejarmos outras coisas).

Então? Pois é, acabo de ler uma pesquisa, de Visser e McDonald, no "British Journal of Social Psychology" (vol. 46, nº 2, junho 2007): "Swings and Roundabouts: Management of Jealousy in Heterosexual Swinging Couples" (suingue e carrosséis: administração do ciúme em casais heterossexuais que praticam o suingue).

Questão dos pesquisadores: há casais que praticam regularmente o suingue, a troca sexual de parceiros; como eles administram o ciúme?


Resultado previsível: os casais que praticam suingue transformam seu ciúme em excitação sexual. Essa transformação é mais fácil para o homem; na mulher, a visão do parceiro nos braços de outra produz facilmente insegurança. Seja como for, a transformação do ciúme em excitação sexual é possível à condição que seja garantida a confiança absoluta de ambos na coesão do casal. Garantida como?

1) A primazia do envolvimento afetivo sobre o sexual é permitida pela sinceridade. O parceiro é sempre o primeiro a saber: essa prioridade garante a superioridade do laço afetivo do casal sobre o laço sexual com outros. De fato, na infidelidade, o que mais causa aflição é que, por exemplo, o amante sabe do marido, e o marido não sabe do amante (diga para um amante que sua performance é comentada na mesa do casal, e ele, provavelmente, sumirá para sempre).

2) O próprio suingue, como fantasia constantemente elaborada pelos dois, consolida o laço do casal, torna-o muito mais importante do que os parceiros ocasionais de cada um.

Será que, dessas constatações, há como deduzir uma receita contra o ciúme ordinário? Parece que sim: à condição de não precisar repetir os restos da infância mencionados antes, deve ser possível construir uma relação em que o ciúme seja tolerável. Para isso, segundo a pesquisa, é bom:

1) que as "infidelidades" (todas, não só as sexuais) sejam prenunciadas, ou seja, que elas existam primeiro na conversa do casal;

2) que os membros do casal compartilhem uma aventura, um sonho (voar de asa delta, aprender sânscrito ou praticar suingue, tanto faz).

Mais duas observações. A maior traição é a traição do próprio desejo da gente; portanto, pedir ao outro para não nos trair é menos importante do que lhe pedir para não trair a si mesmo. Até porque um parceiro ou uma parceira que traísse seu próprio desejo para ficar com a gente acabaria, a médio prazo, odiando-nos por ter-se traído.

Enfim, uma infidelidade não é razão para acabar com uma relação. No máximo, é razão para perguntar-se se a relação vale a pena.

Fumo, Pre-cogs e o Presidente da República

Menino, que bafón... Alguém sensato e politicamente incorreto! E quem é? O próprio presidente da república. Adoro o Brasil. Eu e Língua sempre discutimos o "encaretamento" progressivo da sociedade. Subitamente não se pode mais fazer nada. Começou com o fumo. Prédios públicos: Proibido. Cafés de Paris, estadios de futebol em NY (Giuliani must die!) avião, cinemas, aeroportos também. Depois começou a condenção dos palitos de dentes e o alcool.

O único lugar que considero justificável a proibição do tabagismo são os postos de gasolina, mas aqui em Pequenópolis tem posto de gasolina que tem até restaurante. Por que não se pode fumar? Acho que uma cozinha industrial sobre um tanque de combustível não é lá a coisa mais segura do mundo. Mas vamos lá. Essa proibição eu aceito mas a proibição da venda de bebidas alcoólicas a partir de determinado horário em lojas de conveniência não.

Em HellSífilis não pode mais fumar em locais que sejam atendidos por garçons, mesmo que seja ao ar livre. Ambiente inóspito para o trabalhador, eles alegam. Sei não, partindo desse princípio rapidamente os poucos lugares que reservam áreas para fumantes desistirão. Daqui a uns anos vai ter condomínios para fumantes e escolas para filhos de fumantes.

Tava revoltada com a possibilidade de entrar em vigor a lei em que não se pode mais fumar ao volante. (Essa lei já existe na Capital.) Eu fumo e continuo com as duas mãos ao volante. Não há desculpa plausível pra isso a não ser o tal do encaretamento. Deviam proibir som no carro. Ele também distraem e fazem você retirar uma mão do volante. Não esqueçamos da obrigatoriedade de câmbios automáticos, vidros que abrem e fecham com a força do pensamento e, é claro, proibido levar passageiros, eles conversam... Crianças então, nem pensar!!!

Com o tempo a gente vai ser preso só por pensar em fumar ou beber. Uma coisa bem Spielberguiana. Divisão pré-crime. Já me vejo ouvindo a seguinte frase "Você está presa pelo futuro-crime de fumar. Você será enviada para colônia penal em Marte e esperará julgamento sob a custódia da República das Galáxias."

E quando penso que tudo está completamente perdido vejo a seguinte matéria:

Lula defende o uso do fumo "em qualquer lugar"

"Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado". Essa foi a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ser indagado sobre sua opinião sobre o projeto federal que proíbe o fumo em lugares fechados, a exemplo do que foi proposto pelo governador José Serra (PSDB), na semana passada.

Durante a pergunta que lhe foi formulada, Lula fumava uma cigarrilha. Ele concedia entrevista coletiva a jornalistas de oito jornais populares do País, no Palácio do Planalto, ontem pela manhã. Naquele momento, não havia repórteres-fotográficos na sala. O projeto do Ministério da Saúde está em tramitação na Casa Civil, desde fevereiro, e propõe a extinção de todos os fumódromos em recintos fechados, liberando o cigarro apenas em casa ou na rua.

Lula não quis manifestar sua opinião sobre o mérito do projeto. ­"Eu não vou propor. A idéia do Ministério da Saúde é a proibição do fumo em todos os lugares fechados. Eu mando o projeto para o Congresso e não voto." Ao ser questionado sobre um decreto que proíbe o fumo no Planalto, o presidente respondeu: ­ "menos na minha sala. Eu, se for na sua sala, certamente não fumarei porque respeito o dono da sala. Mas, na minha, sou eu que mando."

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mazel tov!

Depois de mais de uma semana sem escrever e ouvindo muitas reclamações tive que sentar a bunda nessa segunda feira para escrever. Não sei o tipo de repercussão vai dar esse post, mas vocês me conhecem, perco o amigo mas não perco a piada. Nesse caso pode-se dizer: Perco o ficante mas não perco o post.

Não que essa piada tenha sido criada por mim. De forma alguma. As vezes eu tenho a sensação de que no dia que eu for para Metrópolis o Séquito não vai ter mais de quem rir nem do quê fazer piada. Depois das minhas estripulias no mundo gay e de ouvir exaustivamente a mesma piada on and on, alguns membros aprimoraram o que já parecia uma piada batida. E o que eu faço? Procuro dar cada vez mais alegria a eles...

Pois bem, alguns não sabem, mas sábado eu completei um ano de separada de fato e não tem nada de engraçado nisso. Subitamente, no meio de uma festa, cercada de amigos, percebi que nesse ano inteiro havia feito muito pouco pela minha vida afetiva e tomei uma resolução. Daquelas dignas de porta de banheiro de rodoviária. A partir de agora darei preferência às pessoas que gostam de mim àquelas de quem eu gosto.


(Enganei alguém? É isso mesmo, quem escreve aqui é o tal do eu-lírico e ele faz tudo por um bom post. Na vida real eu não faço nada daquilo que prometo aqui.)

Foi isso mesmo, depois de longos dois meses fiquei com um hétero. A maldição acabou, finalmente veio o primeiro!!! (Ai que vergonha! A fila já foi maior ou eu era mais disposta?). Em minha defesa devo citar um trecho de uma música de um amigo que diz " um deus me deu vontade outro me deu preguiça". Tenho horror a caçar homem. Não tenho mais a menor paciência para xavecar. Quer? Beija logo, não enrola que me dá preguiça. Coisa de slut mesmo.


Pouco glamour da minha parte, confesso. Fim de noite, muita bebida, poucas lembranças e para fechar com chave de ouro terminei a noite dormindo no chão da sala de Flor. Acordei as sete da manhã e saí esbaforida, ainda bêbada. Cheguei em casa e Chucrute já estava acordado querendo atenção. Só consegui dormir depois do almoço. Uma loucura! Mas uma coisa não posso negar, o hétero foi um cavalheiro. Não consegui chegar a nenhuma conclusão a esse respeito.

Sinceramente fico em dúvida com a maneira que gostaria que os homens heteros respondam à minha presença. Nao tenho a menor idéia se prefiro os sacanas ou cavalheiros. Depois de tanto tempo sem beijar uma boca nova... Carona, portas abertas coisa e tal ou um "cala a boca" bem dado? Não sei. Acho que eu que sou uma vadia confusa mesmo.

Quando acordei os tambores já haviam ecoado por toda Pequenópolis. Não que seja segredo, muito pelo contrário. Caso quisesse ficar com alguém e que fosse segredo teria me agarrado em um lugar privado, tipo um carro, dentro de um subsolo.

Eis que surge a capacidade do Séquito-do-Mal de criar piadas.
Começando pelo Número 1
1. Ao saber da existência de um paquera
Em qual das suas categorias de homem ele se enquadra? Bi? Arranja ele pra mim?

2. Ao saber do beijo
Não sabia que ele era gay...

Língua por outro lado dizia: "Papel foi a sereia Lorelai em encarnações passadas. Atraía os navegadores com seu canto. Agora ela atrai homens com nomes de navegadores mas que na verdade são instrumentistas."

E qual o nome do bloco? Unidos pela Cachorra. Foi outra que me veio à mente.

Tá bom? Que nada. Ontem a noite Frouxa de Rir me ligou para perguntar sobre o nosso programa de domingo a noite, que consiste em nos reunirmos na pizaria do Séquito. Disse que não podia, que estava em um compromisso. Daí ela solta: "Ele é hétero ou você teve uma recaída?"

Mudando um pouco de assunto... Esse final de semana estreou o mais novo musical do pedaço e a "viada" dentro de mim está louca pra assistir. Logo eu que choro quando escuto Dancing Queen, adoro Fernando e acho que Mamma Mia é a minha cara... Quem se habilita, algum hétero? (...)

Not!!!! Hahahahahaahah Tô ferrada. Vou esquecer essa estória de ter um namorado e assumir que eu sou a Grace de algum Will. Como diria Golpista "um travesti no corpo de uma mulher"... Fazer o que?


Mamma Mia, here I go again.
http://www.youtube.com/watch?v=ZgCDK7XUQCs&feature=email