quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Abre los ojos

Pronto, está decidido. Sinto que vai dar um pouquinho mais de trabalho para vocês terem acesso ao conteúdo do Papel. Eu já coloquei um aviso sobre conteúdo e o proximo passo é o login. Adorei as mensagens de apoio que vocês deixaram ao longo da semana e agradeço por todas, até as repetidas. (Casca, mulher, você não existe).

Bom, resolvi que ao longo desta semana vou colocar um login de acesso. Caso vocês se interessem, favor enviar um depoimento pelo orkut que envio prontamente o login e a senha. As coisas ficarão dessa forma até segunda ordem. Uma pena, tinha certeza de que um dia um produtor de TV ia encontrar meu blog, descobriaria meu talento nato para falar sobre nada e resolveria fazer uma série sobre ele na GNT inspirada em Seinfeld.(!?) Não tem problema, ainda tenho alguns talentos escondidos embaixo da manga. Tenho certeza que alguém ainda vai decobrir que eu sou genial em alguma coisa. Daí eu vou ser, além de bonita, elegante, inteligente e bem relacionada com o PIB, muito rica.

Tô dando um tempinho a mais para que as pessoas que demoram mais de uma semana para aparecer tenham noção do que está acontecendo. Então eu proponho uma brincadeira. Eu darei dicas sobre a senha. Acredito que com a primeira aqueles que me conhecem muito bem já matarão a charada. Prontos para o quiz? Quem souber a resposta me envia um depoimento, ok?

1. Senha de uma festa

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Se a carapuça servir...

Diletos, estou com cheia dé dúvidas é ódio. Não sei ao certo como agir diante de uma situação desconfortável. Não tenho problemas para escrever um post desaforado, afinal de contas o nome do blog fala por si. Por diversas vezes disse que o estava registrado aqui era livremente baseado em fatos reais, esse post não. Sou eu mesma falando e todas as consequências dele eu espero viver na vida real.

Adoro o Papel, adoro passar uma manhã inteira aqui, na frente do computador, uma vez por semana para escrever. Me divirto ao rachar a cuca para criar um novo codinome. Passo a semana observando o cotidiano de amigos tentando achar um tema engraçado. É minha terapia, minha ioga, meu entretenimento. Faço isso por que gosto e por que sou vaidosa. Adoro ser tema em mesas de bares e restaurantes, adoro o retorno em forma de comentários. Acho divina a atenção que vocês me dão. Por aqui tem de tudo, nada que ponho aqui não é minha cara. Meu texto, meus vídeos favoritos, meus insultos e minhas homenagens. Isso tudo é meu, de vocês e para o deleite de todos nós.

Adoro o Orkut, a finalidade primeira dele, sob o meu ponto de vista, é espionar a vida dos outros e é por isso que não bloqueio nada: fotos, mensagens ou depoimentos. Só está lá aquilo que eu PERMITO que vejam. Aqui é um pouco diferente, apesar de estar numa rede mundial, sempre considerei esse o meu espaço, meu e de vocês. Por isso os codinomes. Nós o criamos, temos a nossa rotina. Não ligo para quem vem anonimamente sem me conhecer, de quem não faz a menor idéia de quem eu ou vocês sejam na vida real, quem vem simplesmente por que gosta dos meus disparates.

Eu ligo sim para quem vem anonimamente sabendo de quem se trata para espionar e me colocar em situações constrangedoras na vida real. Me desconforta saber que pessoas que não ligam a mínima para mim venham aqui e distorcem maldosamente as coisas que escrevo de coração aberto para vocês. (E juro, sem maldade alguma). Que ponham seus olhares maliciosos sobre o menor comentário meu ou me escrutinem publicamente tentando descobrir quem é a bola da vez. Que me olhem com olhos tão cheios de despeito e ódio que rompem o ligamento do meu pé. Que fazem meus "colegas" cochicharem cada vez que entro no MEU bar.

Todo mundo sabe que eu tento ser a pessoa mais correta possível. Não costumo ter inimigos declarados, não armo barracos e nem faço mal a ninguém de caso pensado. Caso alguém se sinta ofendido por algo que eu faça ou escreva, peço desculpas publicamente. Cabe à pessoa aceitar ou não, é um direito dela. Não tenho problema nenhum com relação a isso.

O que me faz retornar ao meu problema. Me lembro de uma vez ter deletado todos os posts durante o processo de divórcio pois a coisa tava seguindo para o litígio e eu preferi apagar meus rastros. Esta possibilidade está descartada. Estudo uma outra outra bem menos radical. Ou eu paro de escrever aqui, ou mudo de endereço ou crio um login para vocês. No momento ainda não sei. Não sei mesmo. Na verdade, não quero nem pensar nisso. Essa coisa com o blog me tirou do sério. Perdi o gosto pela coisa. Pode ser que seja TPM, ou depressão por causa do meu pé lesionado. Não importa, passei a semana cheia de mágoa. Nem postei na segunda feira por conta disso.

Bem, como eu ia dizendo, "Não costumo ter inimigos declarados, não armo barracos e nem faço mal a ninguém de caso pensado". Well, a partir de hoje a coisa mudou de figura. Mereço ser barraqueira de vez em quando pelos sapos que tenho que engolir. Mereço ter pelo menos UM inimigo público. Cansei de ser Amélia e ter que aguentar caladinha um monte de desaforo de gente sonsa. E sem direito a defesa. Continuo com a mesma política da época da separação. Não farei comentário nenhum em minha defesa com relação a coisa alguma. Caso me perguntem apenas digo: No Comments. Me poupe. Acredite no que quiser, tome o partido que preferir mas não justifico nada do que faço, muito menos me defendo de algo que não fiz jamais. E todos sabem o que penso a esse respeito. Os espólios de guerra são a única coisa que valor pra mim. Os amigos que me restarem são os que me interessam. Tenho dito.

Eu lembro de ter colocado que pensava em uma solução menos radical. De louca que eu sou. Sei também que nessa briga pode haver muitas perdas mas eu não ligo mais. Cheguei ao meu limite. Prefiro pouquíssimos amigos a "amigos" que me olhem torto, se perguntando, pé de ouvido, se isso ou aquilo é verdade. Já chega, agora é guerra.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Foster home for imaginary friends

Tem um desenho animado que meu filho assiste que eu acho genial, "Mansão foster para amigos imaginários". Esse desenho conta a estória de um garotinho que possui um amiguinho imaginário, mas sua mãe não permite que ele fique com o blue (o tal amigo) em casa e ele é obrigado a levá-lo a um lar adotivo para que outras crianças possam adotá-lo. O pobre do miserável vai lá diariamente para garantir que ele jamais seja levado por outra criança. Uma comédia.

Eu também tenho um amigo imaginário. Eu nunca o vejo e quase nunca falo com ele. A atual dona dele é muito possessiva e ciumenta, daí você já viu, né? Achamos por bem deixar essa amizade num campo mais imaginário ainda.

Eu imaginei todas as caracteristicas dele, ele tem cachorro, gosta de poesia e bebe cerveja igualzinho a mim. Ele contribui constantemente para meus posts, por que, vocês ainda não sabem, mas ele é brilhante e tem um senso de humor irresistível. Meio negro, sarcático e sempre possui uma resposta na ponta da língua. Ele não é muito fácil não, é chegado a um drama, a saídas tempestuosas, com rufar de tambores e tudo. Exatamente como se tivesse sido tirado de uma tragédia grega de Eurípedes. Mas no fundo é um fofo, que eu sei. (Ele também não gosta de ser chamado de fofo mas o post é meu, democraticamente faço o que quiser)

Assim como vocês, ele tambem tem um codinome. Apelidei-o carinhosamente de Anônimo, por que ele sempre vem aqui sem nunca se anunciar e jamais gosta de ser citado no papel. Como boa amiga, nunca me ressenti com seu silêncio e nem acho que ele venha me espionar. Acho que ele gosta mesmo do meu joie de vivre.

Bom, continuando, meu amigo imaginário faz aniversário hoje. Isso mesmo, ele é aquariano e veste vermelho nas quartas feiras por que é filho de Xangô. (É lógico que não ia inventar um amigo cujo santo é mais poderoso que o meu, ne?). Como em todo bom aquariano o hedonismo pulsa em suas veias. Tenho certeza que ele vai passar aqui pra ver se eu esqueci do seu natalicio, ou pior, se de propósito não postei nada.

Comprei um presente imaginário cheio de maresia e deixei na portaria do seu também imaginário prédio. Junto a ele tinha os votos de feliz aniversário mais sinceros e lisérgicos do mundo.

Parabéns amiguinho,
Beijocas

Aproveitando o ensejo gostaria também de também homenagear dois grandes amigos do mundo real, mas que não aparecem por aqui. Um deles tem codinome, o outro infelizmente não. SAL e o outro que chamarei de Messias farão aniversário nesta sexta feira treze. Piada pronta né? Jamais perderia esta oportunidade de parabenizar os três com um videozinho. Por que eu perco o amigo, imaginário ou não, mas não perco, jamais, a piada. Preparados?

Ai caraaaaleo, a conexão tá péssima, vou deixar o link messs.

Happy Birthday!!!


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ctrl C Ctrl V

Como havia previsto, nada de post essa semana. O assunto esgotou. Mas eu vou deixar vocês com as pérolas mais lindas que recebi ao longo da semana. Meus valiosos vídeos do youtube. Sensacionais. Contribuições valiosas de Casca, Número 1 e Lingua.

Dá carrim não má
Minino! Me vi nesse vídeo. Mansa do jeito que eu sou...

David After Dentist

Masterpiece. Pai sádico versus criança drogada. Esse faltou me matar de rir. Mimijei. Já uso os jargões "Is this real life?" e "Ok, now I have two fingers"

Novo sucesso

O terceiro é o impagável hit da Stefhany, uma piauiense pra lá de convencida a bordo de seu Cross Fox. Deus sabe se é dela mesmo mas...

Só vou botar o link pq ta demorando demais pra carregar os vídeos

http://www.youtube.com/watch?v=0bHQbtInJQc

Lapada na rachada

Mega tosco mas atóooorum tosquidões. Vocês sabem.

http://www.youtube.com/watch?v=sFK7R0ywaP8

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Para Copycat

Todo mundo sabe que eu adoro tranqueira de internet. Os favoritos são o youtube e os sites de fofocas. Todo tipo de lugar que tenha uma esculhambação eu vou, vejo, miacabo de rir, decoro todos os bordões e infernizo a vida dos amigos até eles passarem a utilizá-los também. Pra isso eu conto com ajuda de alguns colaboradores que sempre me enviam essas tosqueiras. Todos bem sabem que poucas pessoas na face da terra gostam mais de putaria do que eu.

Nesse meio tempo já publiquei um monte de video de sacanagem e viadagem. Atóruuuum meus bordões, uso todos(om).

De Vanessão:
"Tava di baijxo de um pé de árvre"
"Vintji reais, taqui!!!! vintji reais"
"Dei na moto dele(om)"
"De váaaaarias vezies(om)"
"Pára tua moto na BR!!!"

Dos telebambis:
"É holyday, caralho!"
"Corre viado, é a puliça. Ai caraleo!!! O denarc"

Do Meda na fila da Madonna:
"Deeeesde quarta fêara(om)"
"Gxente baaxja! Qq iassoom..."
"E o show da Madonna? lotou...
E o corpo do Robaldo? estragaáaadu(a)"

Minha próxima meta é decorar o texto do vídeo abaixo. Copycat, de Brasília é que é pior do que eu por que além de decorar ainda faz performances. Esse post é uma desculpa por que, na verdade, a minha intenção é fazê-lo ver o vídeo, decorar e depois me matar de rir. Puro egoísmo, eu sei. Mas não sou completamente má e deixo aqui registrada a putaria pra que vocês saibam do que se trata quando ele aparecer fazendo a marmota.


Eu sou uma diva




"Eu sou dona de olhar provocante e sensual.
Eu conquistei a todos na moral.
Sou estourada na Bahia e no Brasil.
Bicha igual a mim nunca existiu.
Eu tenho a beleza incomparável que não se discute.
Não tem nenhum que me derrote no Orkut...."

(A jogada de cabeça é coisa de metre!!!)

Arrasou viado!
Sou passiva meu amor...


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval

Acho muito divertido as expectativas dos amigos que viajam nesse período de carnaval. Tem mais de um mês que o tag no msn de Flor é "Tô me guardando pra quando o carnaval chegar... " Umas três semana pra cá é uma contagem regressiva sem fim. Já Lingua não sabe se pula o carnaval ou compra uma tv de LCD. Miacabo de rir.

Quem me conhece de muitos anos sabe que eu não perdia um carnaval. Afff Maria, ficava louca semanas antes. Tenho estórias bizarríssimas, outras mega-engraçadas e tem aquelas outras que de tão trágicas viram cômicas com o passar dos anos. Bem, depois que tive meu filho (vale-se frisar, num domingo de carnaval) esse fogo baixou um pouco mais. Tive que me conformar que carnaval era uma coisa que eu poderia curtir somente depois de alguns anos, talvez uma década. Primeiro por que ele era pequeno e agora simplesmente por causa da sua festinha de aniversário. Resultado disso? Oito anos que não brinco.

Graças a Deus, reclamo muito da vida, menos disso. Pequenópolis é uma delicia nessa época. Restaurantes, cinemas, praia do futuro, edifícios-garagem, locadora... Tudo na santa paz de Deus, livre de gatos-véi, teens e assaltantes. Todas essas sub-raças desaparecem da face da Terra. Migram todos para o infernos que são as praias do litoral leste e oeste.

A desvantagem é que também fico sem os amigos finos que migram sempre para o Rio, Salvador, Recife (nem tão finos assim, vamos combinar) e Florianópolis. Estes saem da cidade em busca de gente bonita e música boa. Claro que música boa, nesse caso é pessoal. Não vou opinar, nem julgar, mas todo mundo sabe que música boa mesmo é samba.

Tá certo que os sambas-enredo estão em crise visível. Sofrível demais tentar cantar aquelas músicas que parecem o balbuciar de um bebê africano. "Ogun yê, o Onirê, ele é odara/É Jeje, é Jeje, é Querebentã/A luz que bem de Daomé, reino de Dan". Tem nada não, questão de gosto mesmo, ainda quero ir lá conferir ao vivo. A batucada me comove.

Do maracatu e do frevo eu até gosto, mas o preço que se paga nas ruas de Olinda é muito alto para mim. Ladeira demais, gente feia e fedorenta demais. Ruas imundas, falta de água, colchonete no chão, mosquitos e calor, muito calor. Tô velha pra isso, verdade seja dita. Nasci velha pra isso. Raquerida e seu marido não gostarão muito dessa minha afirmação mas juro que não é pessoal. Detesto mesmo. Prefiro os bloquinhos de précarnaval do Benfica.

Carnaval na Bahia também acho que deve ser bom, mas tenho pra mim que jamais irei. Primeiro por que é caro demais vestir aquela fardinha horrorosa que todo mundo enche a boca pra dizer que comprou. Atoooorum mesmo falar das customizações. Tentativa banal de se destacar como indivíduo no meio daquela massa. Um paradoxo, eu acho. Depois, eu gosto mesmo é de Olodum, não é de Ivete, Cláudia Leite ou Daniela Mercury se matando de pular em cima de um trio elétrico com roupas minúsculas e saltos altíssimos. Além do mais, a música baiana (da Bahia ou não) foi um invenção que só veio corroborar com a imagem que tenho de carnaval emburrecedor. Já pensou, que loucura? Resolveram transformar estas interpretes em musas da "música popular brasileira". Para ser considerada musa não vale só ser baiana. Tem que ser feia, sapa e saber recitar poemas inteiros do Pessoa. Tá, meu bem?

Pois bem, já que falei bastante em Deus, inferno e carnaval, deixarei com vocês dois vídeos relacionados ao tema. O primeiro foi indicado por Língua que faltou fritar meu juízo de tanto cantar essa música escrota. Quase não citei nomes o post inteiro mas Número 1 e Língua são adeptos aos carnavais soteropolitanos. Frouxa de Rir e Golpista também. Em homenagem a eles taí o primeiro vídeo. Promessa de sucesso no carnaval baiano.

O segundo video foi enviado ontem pelo Diabo do meu Ódio, que também adorou torrar minha paciência cantando a música ininterruptamente. Ambos os vídeos são interessantes para confirmar minha teoria que música baiana dá pra fazer por qualquer doente mental que conheça um batuqueiro e um guitarrista. As dançarinas são opcionais mas ajudam no processo de fabricação de um hit de carnaval.

Confiram e me digam.

P.S. Essa semana já foram dois posts, hein? Se semana que vem eu não tiver nada, me perdoem. As coisas funcionam assim comigo. Tudo ou nada. Muita inspiração ou nenhuma.




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

TiVO- lution

Dá pra acreditar, por exemplo, que a gente paga uma fortuna por tv a cabo e o domingo não passa nada além de produtos da Polishop? Longas horas de Juicer Walita, AB Stretch mais adipômetro, Steam fast e Sky Vap. Puta que pariu! Entre um bloco e outro você é obrigado a ver aquele fela repetindo on an on a mesma chatice. Em todos os canais. Como se isso já não fosse chato o suficiente agora os reclames passaram pra dentro dos programas. Entre uma matéria e outra sempre tem um plano de capitalização, um alvejante ou televisão Full HD. Me lembro da época que um me divertia com a falta de sutileza de uma novela ou programa ao fazer um merchandising. Agora não, é tudo na cara.

Acho tudo isso uma grande piada de mau gosto. Sempre que chega o domingo eu só penso na voz daquele carinha da polishop. E na cara que ele faz, sim por que ele tem um rosto pra mim. Certeza que ele é baixinho e careca, no estilo Danny DeVito. E toda vez que aquelas propagandas horrendas aparecem eu penso nesse carequinha rindo como o Grinch, sabe? Sádico filho da puta. Esse minha revolta faz sentido isso pra vocês? Porque raios é tão cara a mensalidade da tv por assinatura? Com tanto anunciante, não devia ser mais barato?

Então vamos lá. Já que a programação da tv no domingo é uma tragédia, qual seria a opção? Cineminha tranquilo com amigos, programinha zen, não é?

Rá. Vai nessa. No dia que fui assisti ao Benjamim Button faltei ter uma síncope na fila. Primeiro que existe uma fila para deficientes, idosos, gestantes, etc. Já começa errado. Atendimento preferencial não tem nada a ver com fila exclusiva. Atendimento preferencial em qualquer lugar do mundo é atendimento imediato ou urgente. Morro de dó de ver os velhinhos na enorme fila de atendimento preferencial do UCI Ribeiro. Gente com pino no joelho e muletas. Porra é essa? Esquecendo tudo isso por que não sou nem velha, nem grávida e nem aleijada, vergonhosa mesmo é a fila para pessoas normais. Não se sabe que a espera é longa em finais de semana e feriado? A lógica seria aumentar a área de atendimento, certo? Pois é, aconteceu o contrário. Colocaram os guichês num canto, na porta da entrada do cinema, de cara para uma escada rolante que sobe. Dá pra enxergar o drama que é sair dessa escada não? Toda vez a mesma coisa. Meia hora de vida perdida numa fila véia. Não tem filme que valha isso. Eu vou só pra reclamar, por que eu sou ruim até os ossos.

Todo mundo sabe do meu amor por lojas de departamentos. Detesto vendedor me seguindo, querendo ser prestativo, me dizendo o que está moda (audácia!) ou mentindo deslavadamente por causa de uma comissãozinha furreca. Pior ainda quando os vendedores se acham ricos, dizendo que tudo da loja está baratinho, que divide no cheque, cartão e coisa e tal. Aquilo que vocês bem sabem. Já fiz um post completo sobre o amor que sinto por esse tipo de loja. Hoje, infelizmente vou fazer o contrário. Tem pelo menos um ano que não sai uma coleção que preste, roupa bonita hoje em dia é um achado. Valioso como uma pepita de ouro. Sempre me orgulhei da minhas habilidades de garimpo mas juro que está ficando cada vez mais difícil defender essas lojas. Depois de horas rodando, fuçando e provando roupas, finalmente você se resolve por uma peça e segue para o caixa. Pesadelo número dois. Fila. A venda de roupas não parece mais ser a finalidade da loja. Nas filas de loja de departamento hoje vende-se crédito pré pago para celular, paga-se contas de cartão, saca-se dinheiro, refinancia dívidas e finalmente, compra-se a roupa. E sempre aquele sorrisinho parafusado na cara daquelas criaturas com maquiagem de gosto duvidoso.

"A senhora não que um cartão internacional?"
Não, querida. Quero pagar essa roupa em três vezes. Três de trinta reais, certo?
"Senhora, em seis vezes a parcela fixa é vinte e seis reais. Fica mais barato, mais fácil de pagar"
Tá louca? Três vezes gata.
"E o cartão internacional?"
Já disse que não quero, caralho.

E saio batendo pé. Jurando que nunca mais volto enquanto minha loja continuar parecendo uma financeira. Conseguem escutar as sete trombetas?

Por que Aquário é um lugar onde criamos peixes e Piscina é um lugar cheio de água?
Por que a expressão"já" significa "agora" e "já já" significa "daqui a pouco"?
Por que "pois sim" significa "não" e "pois não" significa "sim"?

Depois a gente se pergunta por que diabos as coisas na vida da gente não dão certo. Neuroliguistica pura.