quinta-feira, 31 de julho de 2008

Promessa é dívida

Língua tarda mas não falha. Esse post é um pedido de desculpas caro amigo. Por favor, aceite.

Aviso!!!
Isso não é um exercício de vaidade.
Estou apenas cumprindo uma promessa, e vocês sabem, promessa de mesa de bar tem que ser cumprida... Existe um post lá embaixo chamado "Crime e Constrangimento" que explica como essa linda poesia(!!!!!!!) surgiu. Se quiserem ver sob outro foco clique aqui. Agradecimentos a Jorge Versilo cuja obra nos inspira constantemente e à KY FM que nos presenteia diariamente.


Estados Unidos da América ou A Mulher Que Amo





Não me acusa,
Minha musa.
Voz de Vanuza,
Cabelos de Medusa,
Mata Hari da Yakuza,
Minha Lusa.

Eu e você na mesa com Danuza
Comendo filé de merluza
Ao som de Cazuza
No bistrô de Inês Fiuza
Enquanto nosso olhar se cruza

Tira esse batom Made in USA,
Faz cara de confusa
E posa de reclusa

Mulher de luz difusa
Quero que me seduza
Deixa que eu te reluza
Arranca essa blusa,
Por favor não me recusa

Me conduza,
Me introduza,
Sua intrusa.
Perdoa esse velho Zuza
que só te abusa
E não te lambuza

Eu não te disse, Aretuza?
Você é muito confusa!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Zero post

Semana cheia, Papel vazio. Muita coisa acontecendo mas a principal é que o Dentista vai embora segunda feira. Estamos as voltas com sua festa de despedida, ou melhor, de aniversário (igualzinho ao Cinéfilo, não quer ouvir falar dessa palavra iniciada com "D"). Eu respeito e é por isso mesmo que escolhi não falar sobre esse assunto aqui. Chega de choro.

E é por isso quevou deixá-los com uma coisa fofa que vi na internet esses dias. Bom proveito e desculpe aí qualquer coisa. Tamo nas-área.

http://youtube.com/watch?v=_OBlgSz8sSM

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Logo comigo

Alguns de vocês devem saber, me retirei da vida social o final de semana inteiro. Tudo começou segunda feira passada quando visitei um babalorixá. Jogo de búzios, revelações e algumas obrigações a cumprir. Ansiosa como sou, tentei resolver tudo o mais rápido possível. Queria que meu ano começasse logo. Não titubeei um segundo sequer ao ser informada que perderia o final de semana (Veja bem, logo eu dispensar um final de semana inteiro? Pois é, a coisa tava feia!). De sexta a segunda, nada bares, bebidas e algunas cositas más. Sinceramente? Eu achei que ia ser mais difícil, pra falar bem verdade eu achei tudo uma delícia. Curti minha casa, minha cama, sem a angústia de ter obrigatoriamente encontar algo interessante para fazer em pleno sábado. Uma delícia meditar, assistir aos filmes dublados da TNT (adorei tentar me lembrar de todas as vozes que os dubledores já fizeram), uma delícia ouvir rádio, uma delícia o almoço de domingo com um amigo seguido de cineminha da melhor categoria Blockbuster.

Sobre esse amigo eu gostaria de falar um pouco. Ele andava meio sumido, pediu pra trocar de codinome, parou de beber e de fumar (Ou seja, o ideal para me fazer compania). Disse que está reformulando a vida dele. A partir de hoje vou chamá-lo de Número 1 por que Juliana Paes não combina mais com essa nova vida. E nós, que já nos adorávamos, mas andávamos meio separados desde Hiroshima, nos reencontramos semana passada e não nos desgrudamos mais.

Ontem nós fomos ver o "Cavaleiro das Trevas". O filme é bom, mas acho que jogaram confetes demais. Já cheguei com expectativas altas e me decepcionei com algumas coisinhas. Um pouco hipócrita, um pouco repetitivo nas frases de efeito, o batman é pouco complexo... Isso por que eu acho que falar da voz dele é um pouco sem propósito. Mas é verdade, a voz do Batman é Uóoo. Já o Coringa não, a melhor personagem, seguido por Alfred, uma mera copeira sem voz. Arrasaram os dois! Quanto ao Morgan Freeman ele faz exatamente o que faz em todos os papéis dele desde Seven. Não tem uma atuação brilhante mas também não compromete, o mesmo para Gary Oldman. O que me deixou intrigada foi a participação da Maggie Gyllenhaal. Ela não é nenhuma diva, acho inclusive que ela é bem charmosa, mas tá feia, parece estar sem maquiagem o tempo todo. O figurino pobre, peitos caídos. Sei não... Uma mulher que é o amor da vida do Christian Bale e Aaron Eckhart(?!). Apesar disso tudo acho vale a pena. Cinema é caro mas faz a diferença ver esse filme na telona.

Depois do filme ainda tínhamos um tempinho e fomos dar uma voltinha pelo shopping para visitar a nova loja da Osklen, olhar vitrines e paquerar os vendedores (Esse tipo de coisa que todo mundo faz mas ninguém admite). É desconcertante ver uma pessoa tão feliz por causa de um copo do Burger King. Assim como também o é vê-lo dizer que gosta de pegar a fila do cinema, como numa espécie de preparação, um tempo sem fazer nada a não ser esperar e aproveitar a compania. Logo comigo que sempre quero ir na fila do Combo. Foi gostoso redescobrir pequenos prazeres.

O que no princípio parecia que seria um final de semana longo e angustiante, foi na verdade lento e prazeroso. Graças a ele que fechou meu final de semana com chave de ouro. Logo eu que achava que o Lexotan havia me proporcionado a maior epifania de todos os tempos. Logo eu, vejam só.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

No panic, please

Língua achou bonito não saber onde colocou o raio do papelzinho que estava escrita a poesia. Quando a gente acha que vai jogar tudo pra cima ele vem se redime completamente... Bem, quaaaaaase completamente.

Calma, não gritem, esse sumiço é temporário. Ninguém jogou no lixo aquela pérola. Deve ter sido um Cabôco-Escondedor.

Olha que bonitinho... Meigo!

To Paper, with love
Tongue





http://lingua-alguma.blogspot.com/

Ao Brasil que não vai a Pequim

Sempre odiei Olimpíadas e a falácia do "espirito olímpico". Sempre tive a sensação que nos bastidores o que rola mesmo é muita baixaria, puxadas de tapete, drogas e sexo. Mais ou menos parecido com aqueles encontros estudantis que a gente vai na faculdade.

Eu que estudei em universidade pública (eu disse "estudei"? Bem doida!) sei exatamente como funciona o esquema. Ao invés de utilizar a palavra "Encontro" a gente diz para os pais que vai a um "Congresso". Muito mais sério, não? E ai a gente diz que todo o sacrifício de passar noites num ônibus e uma semana inteira dormindo no chão e no frio valem a pena por causa das "trocas de experiência, que são únicas". Rá! Nossos pais juram que a finalidade desses encontros são as palestras, workshops e o intercâmbio cultural entre os estudantes do país/região.

Sabe uma coisa que me diverte? Quando eu estou parada em um sinal e se aproximam estudantes de, sei lá, agonomia, com faixas e cartazes fazendo pedágio. Daí eles vêm com aquela cara de sérios, alguns até penteiam os cabelos, falando de um Congresso tal e tal, na cidade tal. Eu quase sempre dou alguma coisa, mas deixo bem claro que aquele dinheiro é pra comprar maconha. Hahahaahah

Voltando às olimpíadas. Algumas modalidades eu gosto, nao vou mentir, mas eu gosto mesmo das quedas, dos cavalos que insistem em não pular os obstáculos, da seleção feminina de vôlei que sempre amarela e daquele placar que insiste em ter oitenta medalhas de ouro a menos que os EUA, Canadá e China. Adoooooooooooooro. Isso sem contar nos testes positivos de dopping! Eu ainda fico besta quando alguém me diz virar a noite pra ver a abertura dos jogos ou para ver aquelas meninas horrorosas pulando com um bambolê nas mãos.

Vou dizer uma coisa que eu não gostei. A seleção masculina de Basquete não conseguiu se classificar pela terceira vez consecutiva. Eu sei que é uma notícia antiga, mas não dá "pena do Brasil que foi impossibilitado de ver aqueles rapazes talentosíssimos brilhando nas quadras"? E dos pobres atletas?

Minha humilde homenagem a esta seleção Drop-dead-gorgeous




quinta-feira, 24 de julho de 2008

Nevermore

O CORVO * (tradução de Fernando Pessoa)

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!

Igrejas, héteros e carniceiros

Juro que vou fazer uma blusa com essa imagem... Claro que todos que frequentam esse blog têm noção de como é complexa essa coisa pra mim, já que estou solteira, de andar quase exclusivamente em rodas, ahn... digamos, homoafetivas. Não reclamo, adoooro meus amigos. Saio com eles por que de longe são as pessoas mais divertidas e inteligentes que conheço. De quebra ainda dou uns beijos descompromissados.

Um amigo meu vivia dizendo "Pequenópolis é uma cidade, tão gay, mas tão gay que deveria existir uma parada pelo orgulho hétero" E não é que fizeram mesmo? Mas que tipo de hétero se acha num lugar como esses? Todos enrustidos usando a blusa da Opus Dei. Deu-su-li-vre!!!

Enough is enough. Já chega, tô no meu limite. Alcoviteiros de plantão se reúnam. Há de existir um hetero esperando por mim nessa Sodoma. (Não adianta Língua não vou fazer aquilo que você pediu com mulher nenhuma. Alugue um filme pornô).

Deixe-me ser mais clara. Sábado eu saí com um grupo misto para um lugar também misto. Acontece que eu tenho um amigo que se diverte com a desgraça alheia. Ele me apresentou a um rapaz Goooooooooorgeous que estranhamente não dava um pio, apenas sorria. "Tímido e católico" disse o mui-amigo.

Em princípio sorria de longe e a passos de tartaruga finalmente me alcançou, nessa altura do campeonato ja eram quase três horas da manhã. Eu pedindo penico, mas vocês me conheecem, fácil eu não sou... (glup). Eis que o rapaz fala e bum! Uma vozinha de michê que bate ponto no terminal do Siqueira. Missão abortada, noite encerrada. Quando finalmente resolvi que iria embora o tal amigo-carniceiro siacabando de rir diz: Eu esqueci de te avisar que ele queria mesmo era saber a marca do teu rímel!!!

Isso é que é saber sambar sobre a carcaça alheia. Ele esqueceu DE PROPÓSITO de dizer que a Igreja que o rapaz frequenta é bem outra... E a marca é Shiseido tá?

Mas olhe Carniceiro, eu rezo por você...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sem reservas

Olha só, eu ando um pouco estranha, adoentada e sem um pingo de inspiração para escrever alguma coisa que preste. Sendo assim, vou deixar vocês com uma homenagem que o Martin Scorsese fez para o Hitchcock. Na verdade eu não entendi se isso é um vídeo publicitário de espumante, um projeto verdadeiro ou a mistura dos dois. Fica ai a dúvida. Quem descobrir o segredo me avise.

Gostaria de pedir um pouco de paciência por que o vídeo não é legendado, portanto pode ser um pouco chato para quem não entende inglês. Basicamente Scorsese encontrou umas páginas de um roteiro não datado, escrito pelo mestre do suspense e resolveu filmá-lo. Chama-se Key to Reserva ou traduzindo literalmente Chave para Reserva. Reparem nos detalhes como abertura, a música, a atriz loira, fotografia, direção de arte, as tomadas que tanto caracterizam o trabalho do Hitchcock. Genial.

Enjoy


sexta-feira, 18 de julho de 2008

Crime e Constrangimento

Deixa eu contar uma historinha...

Capítulo 1
Na semana de despedida do Cinéfilo a gente se reuniu numa bela noite de quinta feira na pizaria do Séquito. Sem grande estardalhaço, as usual. Eu havia ligado despretensiosamente para Língua nos encontrar e quem sabe nos acompanhar à Caixinha de Música. Acontece que esse programa virou um evento gigantesco, barulhento e engraçadíssimo. Até a Casca foi com Sr. Cebola e a Maria Cebolinha-no-forno. Essa noite foi antológica. Devia existir alguma conjunção astral favorável para o encontro. Todos estavam engraçadíssimos.

Oscar de melhor atuação feminina e masculina respectivamente para Golpista e Língua pela leitura do cardápio e pelo julgamento do Wagner Moura. Melhor roteiro para Cascarissa pelo conto surreal "Crime e Constrangimento no restaurante Novo Fogão". Melhor canção de Chico Buarque e Tom Jobim que com sua "Retrato em branco e preto" deu certa carga dramática à noite. O melhor figurino era o meu. Tenham paciência que toda essa falta de modéstia é para chegar a um ponto específico. Continuemos...

Pronto, cheguei exatamente onde queria chegar. É um fato que tenho amigos maravilhosos, todos a um passo de se tornarem ricos, mas famosos de fato. Acontece que um deles em especial, o Designer, adora me presentear. Jamais comprei uma jóia dele para mim mesma. Ele chega sorrateiramente e me dá "A" sacolinha, como quem não quer nada. Fino no último.

Recentemente ele me deu um anel, o Um Anel. "Um anel para todos dominar, um anel para os encontrar, Um anel para a todos prender ..." (Ele nunca disse que havia me dado esse mimo por conta do rompimento traumático com Argonauta, mas eu sei que foi. Ele é fino demais para admitir...) Tão escandalosamente bonito que ninguém mais fala comigo, fala com ele. Ninguém mais me vê nas fotos, só vê ele. Fato é que nessa dita noite o Séquito dos Anéis dançava em torno do Precioso quando alguém tem a brilhante idéia de fazer uma poesia (ainda não sei ao certo se era pra mim ou se era para Ele). Inspirada livremente na obra do grande compositor de MPB Jorge Versilo. Em especial o trecho "Paraliiiiiiiiiiiiiisa com seu olhar Monaliiiiiiiiiiiisa". Nesse dia, porque a pauta tava muito cheia, a gente só criou o primeiro trecho.

Capítulo 2
Dia seguinte nos reunimos novamente, só que dessa vez no bar do Séquito, e demos continuidade à grande obra poética da pós modernidade. Estados Unidos da América ou A Mulher que Amo é o nome. Nesse dia um amigo e artista-da-terra se empolgou com o projeto e disse que musicaria a ode. Acontece que Língua achou que era o dono da obra e a escondeu. Disse que enviaria no dia seguinte e até hoje nada. Exatos oito dias e nada. Já levei duas rôladas do Minhoca por conta disso. Ele achou bonito ME cobrar. Ninguém merece.

E agora a pergunta que não quer calar: Cadê meu filho?

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Sex and the Cine

Para quem não foi para o aniversário da Golpista, deixo aqui o registro. Dentista filmou, bateu fotos. Tá tudo no orkut. Só esse vídeo que quis colocar aqui.

Eu DEFENDO o Big tá? Ele diz claramente que vacilou mas que estava pronto... Mas isso só no filme. Na vida real eu apoio o que a Carrie fez. Hoje eu faria o mesmo mas meu roteirista não foi tão bom assim. Droga! Ia ser lindo...

Reparem nas vozes no fundo... Francamente essa sessão foi uma putaria de calango!


Tem que se esconder no escuro quem na luz se banha

Quem assiste aos jornais, Fantásticos e Profissão Reporter da vida deve estar se questionando tanto quanto eu. Quando foi que a Globo se tornou tão chata? Sempre foi assim ou eu tô louca? Um bando de matérias apocalíticas, sensacionalistas, facistas vestidas com uma roupinha de "jornalismo verdade". Comecei a reparar isso no caso "Caos aéreo", posteriormente veio a "menina Isabela" semanas e semanas a fio, várias entradas ao longo do dia para dizer o mesmo nada. Depois veio o caos do trânsito das grandes cidades. "As cidades irão parar" diziam todos os especialistas. Desmatamento da Amazônia. Ações desatrosas da PM do Rio. Um jovem VICIADO em maconha que transforma a vida da mãe num inferno. Um caso que aparentemente era um acidente de uma garota alcoolizada vira um caso misterioso envolvendo policiais militares. E ai os temas se confundem como se estivesse sendo feita uma análise combinatária. Agora é a tal da lei seca.

Essa semana está tendo o 4° Congresso Brasileiro de Publicidade. Onde se discute se existe ou não existe censura da propaganda. Se o governo tem ou não o direito de restringir alguns tipos de campanha, etc. Daí junta a minha fome com a vontade de comer. É legal ou não consumir alcool? É legal ou não fumar? Proíbe logo, droga...

Lógico, que é importante dizer que acredito que leis educativas são válidas. Não vou negar. Eu posso estar muito louca, mas retrocedendo um pouco no tempo, detestei ser OBRIGADA a usar cinto de segurança. Será que eu não tenho o direito de escolher se quero ou não resguardar minha própria vida? Eu uso cinto de segurança, mas acho um absurdo ser obrigada a isso. Tanto quanto votar. Acho que não detestaria tanto fazer isso se eu pudesse escolher. Escolher virou uma coisa nebulosa para mim. Sei lá o que isso significa... Eu, aqui no Brasil sou obrigada a exercer o meu direito de cidadão. Já viu que louco?

Odeio também que o fumante seja tratado como um idiota suicida. Se eu posso fumar, por que sou obrigada a usar o cinto? Ou pior, se eu posso fumar, por que cada vez mais nós somos empurrados pros guetos dos leprosos? Por que somos tratados como "as categoria de consumidores que dão despesas à saúde pública"? E os imposos que pagamos? E os planos de saúde que pagamos?

Por fim, a tal da lei seca. Não sei o percentual mas sob o meu ponto de vista essa lei transformou todos os motoristas brasileiros em criminosos. Não por que todos os motoristas bebam. Nunca iria tão longe, mas por que qualquer um pode ser fiscalizado. Todos são obrigados a soprar naquela geringonça sob pena de multa ou de um daqueles guardinhas de trânsito olhar para você e dizer se você está ou não embriagado. Se está ou não apto a dirigir, se seu carro deve ou não ser rebocado, se você perderá ou não sua carteira. Se ele vai ou não te dar o direito de suborná-lo. Dá vontade de dizer "Bebi não seu guarda mas cheirei pó e fumei maconha, sai ai no teste?"

Não existe aqui nenhuma comparação entre o uso do álcool e o cinto se segurança. Esse último resguardaria apenas minha vida, a dobradinha álcool x direção não, eu sei. Mas, e se eu estiver sóbria e não quiser dar uma baforada? Por que eu tenho esse direito, não? Por que no Brasil os direitos se confundem com obrigação? Por que eu sou obrigado/tenho direito de gerar provas contra mim mesma?

Esse post todo foi só por que ontem eu e Dentista fomos ao restaurante dos almoços das sextas feiras para tomar uma cervejinha, conversar e dar umas baforadas, daí descobrimos que a área de fumantes do restaurante não existe mais. Eu tô louca?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Semana passada eu tava cheia de energia, cabeça cheia de idéias para posts, lendo várias coisas... Acontece que essa semana foi tudo embora. Pelo menos ontem e hoje não apeceu nada de novo.

Ontem o Cinéfilo foi embora, com a exigência de que ninguém, absolutamente ninguém poderia chorar no aeroporto. Exigência atendida, voltei para casa e fiz exatamente o que faria em qualquer segunda feira. Assisti ao Jornal Nacional e Medium. Pela manhã, Bom dia Brasil, café cigarro. Pronto. A única coisa que vou exigir de mim hoje é não chorar como ele pediu. E dar uma de Greta Garbo.



Leave me alone



PS.: Não estou sendo ingrata. Obrigada Flor e Língua por se preocuparem. Mas vocês sabem... Eu sempre ponho a culpa no Eu-lírico.

domingo, 13 de julho de 2008

Último dia

Essa semana foi um loucura. Uma verdadeira montanha russa de sentimentos. Além das não-despedidas do Cinéfilo, a última quarta-feira a tarde na praia, a última quinta feira no Tonhão, a última vez na Caixinha de Música, a última vez no boteco do Séquito, última sessão de cinema veio a última noite de "tortura" no Loft do Soho. Duo Fel.

Chegamos direto das comemorações do aniversário da Golpista dispostos a mais uma vez não fazermos nenhum grande estardalhaço a respeito do programa. Preferimos chamar de Chill in. Apenas eu, Língua, Cinéfilo, Dentista e Camembert.

Para quem nunca foi a coisa funciona mais ou menos dessa forma: Lingua faz uma seleção de músicas cuja única intenção é fazer alguém chorar. Quem chorar primeiro perde. No final todos acabam chorando mas a graça é saber quem vai chorar primeiro. Pode parecer estranho e até sádico de nossa parte fazer uma festa com esse propósito, mas ela acontece por que nós sempre temos motivos pra chorar. Se não por nós, pela dor dos outros, que afinal de contas são nossas também. No final a gente dança, faz discursos, declara nosso amor uns para os outros e toda dor é expurgada.

Acontece que, brincadeira avançada, começaram a aparecer pessoas na festa. Todas despretensiosamente, também sem fazer grande estardalhaço. Apenas por que Pequenópolis não oferece grandes programações no sábado a noite além do Jorge Versilo. E foi bonitinho ver Blue Eyes, Flor, Arquiteto-dos-ricos-e-famosos, Cumadre e Beto Stein, todos lá.

Agora gostaria de fazer um parêntese. Muitas informações novas. Assim como fiz da outra vez, gostaria de apresentar as novas personagens da temporada 2008.
Beto Stein: Um fofo, recém chegado ao Séquito. Namora Língua e conquistou todo mundo no primeiro dia. Até a Flor que resiste a mudanças. Casal lindo os dois. 
Camembert: Amigo estilista e fofo que sofre por um amor recém desfeito. A gente troca impressões a esse respeito.
Blues Eyes: Eu tenho vergonha de tê-lo apresentado apenas agora, na terceira temporada. Ele faz parte do Séquito a tanto tempo... sempre tem um elogio na ponta da língua para dar de bandeja a qualquer um que precise, ou mereça. Tem uma energia boa e calma. Se existe alguém com quem eu danço é com ele. Sempre cheek to cheek ao som de Tracy Chapman.
Cumadre: Prima de um grande amigo meu, sócio e confidente que mora em Metrópolis. Foi minha madrinha de casamento. Ex-namorada do meu ex-marido. Gasguita no último. Altamente determinada e independente. Linda. Casada com Batman.
Batman: O maior mentiroso de todos os tempos. A felicidade dele é pregar peça nos outros. Vale nada. Ontem ele não foi, sábado ele é do samba.

Bom, como ia dizendo, essa semana foi uma montanha russa. Depois do expurgo de ontem a noite não quero mais remexer nas feridas. Fica combinado assim: apesar da despedida ser apenas amanhã, encerrarei a Semana Cinéfilo por aqui, ok?


sábado, 12 de julho de 2008

Volte para o seu lar...

O plano é o seguinte: fazer de Metrópolis uma cidade melhor, conquistá-la e transformá-la em seu lar. Faça isso por mim por que eu tô chegando...

P.S. Repara o início do vídeo. Genial. Literalmente Across the Universe. Direto de Altos, Piauí para Pequenópolis, Metrópolis e toda rede mundial. Simbólico.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Cinéfilo, Golpista e Papel

A pauta do Papel está gigantesca hoje. Definitivamente acho que devo fazer um post sobre ontem a noite, a noite mais hilária dos últimos meses. Em segundo, hoje é aniversário da Golpista, merece um post especial. Para piorar minha situação ainda tenho que dar continuidade à semana do Cinéfilo, falar sobre uns livros que estou lendo... Muita coisa coisa rolando na cabeça de uma pessoa que acordou ao meio dia.

Façamos o seguinte, o primeiro post de hoje vai ser dedicado ao Cinéfilo e à Golpista, ok?
Se der tempo posto mais. Juro que não havia me programado para isso, fazer um post dedicado aos dois. Muitas afinidades unem os dois, inclusive o cinema e a música, por isso escolhi essa cena.

Esse curto período em que nós três convivemos ela sempre aparecia, Golpista quando ficava bêbada e começava a falar francês, Cinéfilo em seu aniversário dizendo que essa música era um hino e eu... Vocês lembram bem, ou vão lembrar.

Gosto de imaginar que, a partir de hoje, cada vez que ela tocar, nós lembraremos um do outro, onde quer que estejamos.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Eu conheço um lugar onde os carros não vão...

Esse é demais. Um vídeo grande de uma série maravilhosa, lógico, indicada pelo Cinéfilo em pessoa. Alugamos todas as temporadas e passamos semanas em casa loucos, completamente obcecados. Os roteiristas tratam um tema complexo como a morte de maneira séria e sensível. Uma obra prima, diria. Tenho certeza que os série-maníacos vão adorar.

E tem mais. Esse é o último capítulo da última temporada, mas não compromete em nada a série. Continuo insistindo, vale a pena ver.

Ah! Desculpa Cinéfilo, eu não consegui inserir a música "no cars go" mas coloquei o link abaixo. Intruções de uso:

1. Faça o upload dos dois vídeos simultaneamente e dê pausa.

2. Comece a assistir o primeiro vídeo (Six feet under) e no minuto 4:13 (com precisão) você pausa, reduz o volume, solta o Arcade Fire rapidamente, e volta para o primeiro. Dá trabalho mas vale a pena.  

Te amo.




quarta-feira, 9 de julho de 2008

Radical!!!!!!

Lembram que eu não conseguia dormir e por isso associava o meu ano ruim a alguma força cármica? Do tipo "Crime e Castigo"? Pois bem, todos já devem saber que apesar de ter concretado os dois pés na jaca da primeira semana (ok, duas primeiras semanas), eu tenho levado minha vida normalmente.

Passei da fase de chorar em público. Passei da fase de me fechar em casa. Passei da fase de alugar os amigos. Passei da fase de deixar de frequentar o bar que frequentávamos juntos. Saio com outras pessoas... Enfim, seguindo adiante. Tudo relativamente tranqüilo. Não é mesmo?

Mas olha só o que me cai no colo... Cheguei as seguintes conclusões:
1. É algo cármico mesmo. Eu devo ter chamado alguém da familia de Deus de puta ou viado.
2. Definitivamente Deus tem um senso de humor mais ácido que o meu, e ainda parte da seguinte filosofia: Perco o amigo mas não perco a piada.

Vou colocar essa imagem para vocês verem com que classe Deus e Jó, que agora tomam chá das cinco juntos, escolhem um otário para sacanear. Juro que espero que a qualquer minuto alguém vai sair de trás de uma ávore dizendo: Parabéns, você está na pegadinha do Faustão!!!

E mais, não editei nada. Tá tudo igualzinho, como o Miguel Paiva escreveu. Ou Deus. Ou Jó. Ou o filho da puta do Jung.



Ahhh vá se foder! Tem graça uma coisa dessas? Vou correr pro meu lexotan.

Drops

Ontem fui ao cinema e enquanto esperava na fila o sinal sonoro indicando um guichê vazio tocou. Um casal era o próximo da fila. Rapidamente a menina seguiu para o lado enquanto o acompanhante seguia para outro. Em determinado momento o rapaz olha para trás e diz:

-É O GUICHÊ OITO, ESPECIAL!!!

Viu? Nem sou tão má assim. Te gente muito pior.
Mas continuo adorando piadas politicamente incorretas.

By the way, Kung Fu Panda é entretenimento da melhor "catigoria". Para quem gosta de animações, claro.

525.600 minutos

Dando continuidade à semana de despedida do Cinéfilo...

Cena inicial do filme Rent, inicialmente um musical da Broadway adaptado para as telas. Para quem ainda não viu, fica ai a dica. Para quem viu só resta se emocionar...

Reparem no rapaz que fez as legendas. Aparece bem no inicio.

Enjoy

terça-feira, 8 de julho de 2008

Cinéfilo

Confirmado. Meu irmão, alma gêmea e amigo vai-se para Metrópolis. Segunda feira ele disse.
E assim termina o ano que esperava tão ansiosamente começar.
E assim Pequenópolis ficou ainda menor.
E assim não haverá mais cafés na loja de conveniência, nem os almoços de sexta feira.
E assim não terá mais ninguém para ler meus pensamentos.
E assim eu virei uma metade.

Desculpem diletos mas a semana vai ser inteiramente dedicada a ele. Preparei uma homenagem e vou seguir a risca. Procurem não tentar entender a lógica ou os motivos pelas quais eu coloquei esses vídeos. Eu me dei o desfrute de selecionar coisa que pertenciam apenas a nós dois. De qualquer maneira eu recomendo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Quatro quilos e contando...

No Loft do Soho Língua possui uma linda gravura de Marlene Dietrich. Em uma daquelas festas regadas a muita cerveja Dentista dedicou bastante tempo a observar a tal gravura. Passados alguns minutos ele cai na gargalhada e diz: - Marlene Dietrich! Ahhh bom. Eu tava tentando entender o que diabos era Diet Rich. Típico dele. Pra quem não conhece a figura eu vou explicar, seu senso de humor é inteiramente baseado numa personagem criada por ele que é completamente obtusa. Hilário meu amigo.

Bom, todos sabem que sou uma pessoa bastante obstinada (bem doida) e sigo a risca tudo aquilo que determino para mim mesma. Estou de dieta, daquelas espartanas. No meu cardápio só entram líquidos e gases. Um pouco chocante para algumas pessoas, eu diria. Mas funciona e é por isso que vou publicar logo aqui. (Para que ninguém tenha a audácia de dizer que criou essa dieta genial antes de mim) Vou fazer de conta que o Papel é uma revista científica e publicar aqui. 

Eu resolvi que não gosto de esportes. Eles dão muita fome. Sempre que faço academia engordo. Uma coisa óbvia. Enstein já dizia que na medida que entramos em movimento acelerado nossa massa aumenta. É por isso que a velocidade da luz não pode ser ultrapassada. Mais ou menos assim, se uma partícula infinitamente pequena é acelerada sua massa cresce, assim, se chegar a velocidade da luz, sua massa será maior que o universo inteiro. Impossível, né? Teoria da Relatividade. Não fui eu quem falou, foi Einstein. Agora, você imagina, estamos falando de uma massa infinitamente pequena. Imagina eu, no auge dos meus sessenta quilos! Diet Rich nela!

Segunda feira: Veuve Clicquot e Gauloises.
Terça Feira: Rum e charutos cubanos
Quarta feira: Jack Daniels e Camel
Quinta feira: Royal Salute e Benson & Redges
Sexta feira: Cosmopolitan e Marlboro Lights

O final de semana é liberada a bebida, a marca do cigarro e a rúcula. Eu indico a cerveja e maconha, afinal de contas ela dá fome. Pode meter o pé na jaca. É permitido comer quantos galhinhos você quiser. 

Papel de presente

Ontem foi aniversário de um amigo meu. Recebi semana passada o convite por Orkut. Fiquei feliz por que ele andava sumido dos bares e msn's da vida. Mas ontem era domingo eu tinha passado o dia inteiro na praia, exagerei na cerveja, pensando que talvez o Fantástico fosse uma boa opção para a night. Resolvi que ligaria para dar os parabéns e me desculpar por estar impossibilitada fisicamente. 

Esse meu amigo, que eu não vou chamar de Garça (é uma piada da época de faculdade que ele odeia. Não possui relação nenhuma com a sexualidade dele) era a alegria das madrugadas que a gente passava na faculdade fazendo trabalho. Ele sempre tinha alguma besteira pra mostrar na Internet, uma piada pra contar ou uma performance para matar a gente de rir. Era com ele que eu tinha as conversas mais malucas sobre o amor. Ele sempre tinha uma coisa ruim na ponta da língua para falar do meu ex, só pra me fazer sentir melhor. Um fofo esse meu amigo.

Alguma coisa na voz dele me deixou super a vontade em não ir, disse que havia ficado muito feliz quando eu havia confirmado minha presença mas que estava tudo bem. Ele entendia eu não ir. Fiquei triste por estava com saudades dele também. Sacodi a preguiça, tomei banho e fui. Prometi a mim mesma que daria só um beijo nele e voltaria para casa. Firme na minha decisão de passar a noite com o Fantástico.

... Alguém acredita em uma palavra que eu digo ou nas promessas que eu faço para mim mesma? Exatamente. Cheguei em casa as cinco da manhã. Dia clareando. Eu hein. Não ia postar hoje, mas como não comprei nenhum presente e bebi todas as cervejas que levei, resolvi que prestaria uma humilde homenagem ao aniversariante. E aproveitar para agredecer pela festa. Dizer que só na casa dele eu encontraria tanta gente interessante junta. Um povo que eu adoro e só ele consegue reunir na mesma noite. Muito especial esse meu amigo. Tá aqui meu bem,seu presente. Selado, registrado, carimbado, avaliado e rotulado . Espero que você goste.

Feliz aniversário e tudo de bom.

domingo, 6 de julho de 2008

Lendas Urbanas

Quando eu digo que Pequenópolis é o Planeta dos Macacos ninguém acredita. E quando eu falo macacos não existe nenhuma conotação racial. Digo simplesmente que o povo daqui vive em uma escala evolutiva "diferente" do resto do mundo. Algumas poucas situações que simplesmente ilustram o grau de desenvolvimento do povo pequenopolense. Todos eles parecem lendas urbanas mas é a mais pura verdade...

1. Um sinal embaixo de um viaduto. Todos que moram aqui sabem, é um fato e não um mito, que uma pessoa se deu o trabalho de construir um viaduto e colocar um sinal embaixo dele. Para pedestres(!?) Ninguém nunca ouviu falar em passarelas?

2. Uma avenida que virou rodovia. É muito simples, para mim, perceber que, em qualquer lugar do mundo, se surge uma cidade nas proximidades de uma rodovia essa deve ser deslocada estrategicamente para longe do centro urbano. Mas não em Pequenópolis, aqui essa empreitada vira até slogan: "CE-040, a Avenida que virou rodovia". Pior, a Avenida, ou melhor, rodovia, era tão mal projetada que teve que ser reformulada mil vezes e ainda assim era péssima. Faixas que acabem em curvas, limite de velocidade de 80 km/h, poucas faixas de pedestres, retornos malucos que não têm muita utilidade. Recentemente ela foi transformada em avenida de novo. Limite de velocidade reduzido, faixas contínuas, retornos fechados, sinais, etc. Milhares de reais investidos e continua péssima. Ponto.
3. O shopping Iguatemi, tem poucos anos, resolveu que cobraria tarifa de estacionamento. Ok. Justo. Recebe-se o ticket na entrada, paga-se em um guichê antes de deixar o shopping, enfia o papelzinho na máquina. Fácil né? Que nada! Você acredita que o shopping, em dia de pico, tem que colocar um miserável para tirar o ticket da mão do motorista e colocar na máquina? É demais... O povo não consegue aproximar o carro o suficiente da máquina para colocar o papelzinho lá dentro, pode? Tem que descer do carro.
4. Na mesma avenida que existe o viaduto com sinal embaixo (Essa é super-nova, saiu essa semana no jornal local) inicia-se a BR-116. Rodovia famosa, rasga o Brasil de norte a sul. Pois bem, essa dita avenida em determinado momento possui um girador (rotatória, balão, o que for). Pois bem, essa rotatória foi recentemente reformada e a praça central foi inclusive "adotada" por uma grande indústria cearense (Dias Branco, mas se perguntarem nao fui eu quem disse). O caso é o seguinte, o diabo do balão possui quatro faixas (QUA-TRO-FAI-XAS) e cinco saídas. Quem fica faixa de dentro e ou não é deficiente mental? Pois bem. Como tudo isso não fosse ruim o suficiente ainda tem o seguinte: Essa semana foi colocado UM SINAL, isso mesmo diletos amigos, um sinal na entrada da rotatória.

Eu tô louca?

sábado, 5 de julho de 2008

Momento interatividade

Agora um momento importante para o Papel. Assistam aos clipes, comentem e votem no mais tosco. Aqueles que votarem concorrerão a um DVD com os clássicos da década de 80.

Esse clipe é da diva da década de 80, Bonnie Tyler. Hilário. Apenas no final você entende o que diabos são aquele monte de meninos fazendo as mais diferentes atividades. Apologia à pedofilia. Guarda roupa, cabelos e efeitos especiais de primeira!



O segundo clipe selecionado foi o da música "Making Love Out of Nothing At All" do Air Supply. Esse tem roteiro e tudo. E efeitos especiais! O galã/guitarrista é digno de um Oscar. Assistam até o final para ver como termina essa linda história de amor.



Boa diversão.

Golpista e Papel

E ontem fui a uma festinha, na verdade um open house de uma amiga. Muito divertido. Rolou uma sessão de vídeo-clipes da década de oitenta. Vou até colocar dois aqui para que vocês tenham noção da tosquidão. Ponto alto da noite a casa inteira cantando em coro a música "on my own" da Nikka Costa. "When I'm dooooooooown and feeeeeeeeeeeeelin' blue
I close my eeeeeeeeeeeeeeyes so I can beeeeeeeeeeee with you
Oh baby, be strong for me, Baby, be-long-to-me...." O link tá abaixo para quem quiser conferir.
http://www.youtube.com/watch?v=BYekqpOi_Lk

Em determinado momento eu e Golpista começamos a falar sobre os signos e surgiu a idéia de postar aquela conversa. Portanto, o besteirol a seguir é responsabilidade minha e dela.

O que pensa cada signo a respeito de uma lâmpada queimada em sua casa:

Ariano: - A lâmpada queimou. A culpa não foi minha, vou descobrir o responsável e ORDENAR que ele a troque.
Taurino: - A lâmpada não queimou e pronto. Menino, não tá vendo que a lâmpada não tá queimada?
Tira e bota a lâmpada mil vezes, assopra, passa bombril, sacode, joga no chão e diz: - Agora sim.
Geminiano: - A lâmada queimou... Vou trocar. É, vou trocar! Será? O que você acha My Precious?
Canceriano: Tranca a porta de casa. Tira o telefone do gancho. Chora um pouquinho no escuro e vai procurar alguma página na Internet sobre o assunto. Troca SO-ZI-NHO, sem ajuda de ninguém.
Leonino: - Vou já trocar essa lâmpada senão ninguem vai conseguir ver como meu novo corte de cabelo ficou lindo!
Virginiano: Corre, abre a gaveta das lâmpadas, escolhe a intensidade, cor e tamanho apropriados e troca a lâmpada.
Libra: - Mãaaaae... A lâmpada queimou!
Escorpião: - Vou aproveitar a penumbra, acendo umas velas, chamo o porteiro, ofereço um vinho para ele e ai ele troca essa coisa.
Sargitariano: - Mas que $#@&! Essas coisas só acontecem comigo! Eu vou sair agora, comprar essa maldita lâmpada e trocá-la só pra provar pra todo mundo que eu posso! Mas tenho certeza que a loja vai estar fechada ou não ai ter a marca que eu quero.
Capricorniano: Sai correndo de casa e compra cinco lâmpadas.
Aquariano: - Vou aproveitar a penumbra, fazer uma festa, e ai, quem sabe, alguém a troque.
Pisciano: - Que pena... Coitadas das pessoas que têm suas lâmpadas queimadas... E aquelas que nem energia elétrica tem? Vou criar uma ONG.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Sincronicidade.

Prometi a mim mesma que não citaria nem tão cedo as semelhanças das aventuras do Séquito com os roteiros da série Sex and the city. Isso eu prometo. Já tava ficando chato, repetitivo e sem graça. Resolvi que escreveria, durante pelo menos uma semana, sobre os desaforos que tenho que engolir nessa cidade que chamo carinhosamente de Pequenópolis. Um deles já foi.

Bom, resolvi que hoje preencheria minha manhã olhando vitrines. As vezes olhar, pegar e provar roupas me dá tanto prazer quanto levá-las para casa.

Uma pergunta sempre martela na minha cabeça to-das-as-ve-zes que faço esse tipo de programa: Que diabos aconteceu com a moda? Juro que não entendo. Assisto aos desfiles, conheço as propostas dos estilistas mas não entendo nada de moda comercial. As passarelas mostram estilos tão variados, com cartelas de cores diversas, texturas, alturas de saia, visuais masculinizados ou extremamente femininos. Enfim, uma infinidade de possibilidades para mulheres. E por que diabos só se vê leggins, calças de cintura alta, maxibolsas e sapatilhas?

Resolvi que provaria estas ditas calças skinny de cintura alta. Juro que me despi de todo o preconceito que tenho de roupas exclusivas da estação. Daquelas que daqui a seis meses a gente vê as fotos e pensa: Meu Deus, como pude? E sabem o que aconteceu? Fiquei ridícula. Claro! Pior de tudo é ter que escutar da vendedora: - Aíammm ficoa lindoam! E o preçoa tá óatimo! Vai Dona Rica! Acho lindo isso, vendedor de loja que ganha comissão dizer que um pedaço de pano custar duzentos reais é um preço ótimo. Deu vontade de mandar a moça catar coquinhos e dizer que jamais, em tempo algum, ela me veria tirando um centavo do bolso baseado no conceito estético de uma carioca do Montese.

Corri para minha loja de departamento favorita. Meu santuário. Lá ninguém me aborda, nem me mostra o que "estão usando", não ficam metendo a cara no provador e dizendo que a roupa tá ótima apesar do que o espelho me diz.

Adoro a minha loja de departamento por que, ao contrário das outras lojas que eu frequento, o espelho não mente, não emagrece nem me deixa com as pernas mais longas. Na verdade ele é o mais cruel de todos, luz branca e tudo. Morria de medo de entrar lá quando achava que estava magra. Ele me mostra tudo, as dobrinhas, a proporção exagerada do quadril, as celulites...

Pois bem... Provava eu uma quantidade enorme de ropas sem graça. Eis que o telefone toca. Uma amiga ali, vocês não conhecem não. Uma amiga fina no último. Me ligava para fazer um convite pra lá de especial. Seu aniversário. Ela é daquelas amigas que faz tudo com esmero. Vive a vida de maneira tão especial que contagia todas as pessoas ao seu redor. Quando crescer quero ser como ela. Culta, linda e com um senso de humor afiadíssimo.

The thing is, seu aniversário vai ser uma sessão privé de nada mais nada menos do que Sex and the City - O filme. Só para convidados. E eu sou uma deles tá? Morra!!!!!! (Passou, foi apenas um momento Vera Loyola. Emergente áté o último fio de cabelo. Não ligo. Foda-se). Só lembrei do Bruno Chateaubriand que fechou um importante cinema do Rio e exibiu "Brokeback Mountain". Não é um luxo? Confirmei minha presença rapidamente e saí esbaforida do provador. Repassando meu guarda roupa inteiro mentalmente e pensando: Jung não é o máximo?

Desaforo!

Meu pai viajou quarta feira. Apenas hoje percebeu que havia atravessado dois estados sem sua carteira de motorista. Prontamente me dispus a mandar seu documento por sedex. Corro para agência dos Correios mais próxima e...
Choque número 1: Apesar de estarem em greve os Correios recebem encomendas de entrega(!?)
Choque número 2: Uma simples carteira de motorista em um envelope (Agora gostaria de dizer que o envelope era meu mesmo, não aqueles dos Correios) custa a bagatela de R$15,00 (QUINZE REAIS!!!!). Vale frisar que o rapaz do balcão disse não saber precisar a data de entrega. A velha pergunta desaforada me veio à mente:

Então por que é que não fecha?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Utilidade pública

É o seguinte: Tempo livre+ internet ilimitada = Papel-maníaca.

Navegando por horas, vocês conhecem, uma coisa leva a outra... e sabem o que eu descobri? Já existe o trailler do novo filme do 007. 
Quem me conhece sabe, sempre adorei o espião. Quase sempre. Timothy Dalton não, por favor. Cresci vendo os filmes com Sean Conery, Roger Moore e mais recentemente Pierce Brosnan. Adoro as trilhas, Shirley Bassey, Nancy Sinatra, Duran Duran, A-Ha, Tina Turner, Garbage, Madonna, entre outros. O último, Cassino Royalle, eu adorei. Ainda tenho sonhos eróticos com aquele rapaz. Ou melhor, esse rapaz aí acima.
O fato é, o nome do filme é Quantum of Solace, estréia em novembro nos EUA. Daniel Craig continua no papel principal, para a alegria dessa humilde escriba virtual (completamente copiado de Língua).

Para quem acha que o título do Post é referente a essa informação, engana-se. Isso tudo foi uma desculpa para dizer uma coisa que queria faz muito tempo mas não tive oportunidade.
É o seguinte... Caso interesse, vá no Google, selecione Imagens e digite o nome Daniel Craig 007. E voilá, eis que surge Daniel em uma banheira como nasceu! Se alguém perguntar não fui eu quem disse. E corram por que essa imagem vem e vai.
Bom proveito!

Para o Séquito

...E meus mais profundos agradecimentos

Não é Sex and the City mas é a nossa cara.
O que eu mais gosto desse clip é que ele foi gravado quando todos os cinco personagens ainda eram completamente desconhecidos. Não consigo reconhecer nenhum deles como algum de nós especificamente, mas a música diz tudo. 
Beijocas

Propaganda de Molico

Ai, férias!!! Tão bom... Bom pensar que pelo menos por alguns dias eu não tenho nada com que me preocupar. A não ser, claro, com o que eu vou fazer hoje. Como vou preencher meus dias de ócio. Colocar a leitura em dia, ir ao cinema, praia, perder algumas horas na locadora, outras sentada no sofá em frente a TV. Assistir a todos os finais de temporada da Sony, Warner, Universal, beber umas cervejas, jogar Master, Mahjong on line, frequentar os blogs amigos, circular pela rede a procura de um bom assunto para postar...

Claro que muitas dessas coisas eu ja faço regularmente e obviamente não vai dar para fazer tudo. Mas eu posso! Essa é a graça. A ilusão de poder. 

Ilusão é tudo! E preenche todos os dias da nossa vida. Alguns chamam de esperança. Acho que vou chamar assim também. Chega de amargura e cinismo. A fase ruim já passou. Apertei o botão da descarga para tudo. Resolvi coisas pendentes e agora basta botar a cabeça pra fora e respirar o doce ar das novidades que já começam a chegar.
 
Grandes esperanças é o nome do filme de hoje. Não me refiro especificamente ao filme, somente ao título, afinal de contas o filme não nos dá esperanças de nada. Uma pegadinha, isso sim. Que nem aquele outro filme que chama Felicidade.

Agora eu já consigo dormir, uma grande vitória essa. Acho que depois que passou essa prova do concurso eu meio que me aliviei. Não que tenha sido uma excelente prova... Mas foi um fogueira que eu pulei. Tive que entender que as coisas podem não ser da maneira que eu queria. E que está tudo bem. Não posso controlar tudo mesmo... Há de servir de alguma coisa essa experiência inteira. 

A questão é, ficar sem dormir estava me deixando ansiosa, triste, cansada... e feia. Me nego! Tomei duas bandinhas de barbitúricos, uma no sábado e uma no domingo e... Like a glove!!!

Sempre fui a favor de drogas de tarja preta. Tomo mesmo. Normalmente por um curto período por que eu tenho medo de me viciar. Deus sabe como adoro meus vícios e como reluto em deixá-los. A questão é, prefiro beber, e misturar os dois não pode dar em boa coisa. Prefiro o vício mais velho. Me apeguei a ele.

Resolvido o problema do sono me voltei para um outro. A falta de apetite. Resolvi continuar com esse sintoma. (Recorte. Me imagine de joelhos, olhando para o céu e perguntando: Can I keep this one, God? É eu falo em inglês com Ele, nao sei falar aramaico). Afinal de contas meu estômago encolhe a cada dia que passa e isso só pode ser uma coisa maravilhosa. Sono + magreza = Eu/bonita/feliz

Uma desgraça isso de só poder ser magra enquanto estou infeliz. Basta eu me apaixonar e... Bum! Cinco quilos a mais. Eu hein. 

Bonitinho nisso tudo foi o Séquito, que se reuniu parcialmente mais uma vez. Me deram silêncio, bebidas, colos, camas e lençóis bem limpinhos. Não me deixaram sozinha um só minuto. A não ser, claro, quando eu quis. Sem nunca me olharem com pena ou com aqueles olhos que só querem dizer uma coisa: Eu te disse!
Ganhei até uma jóia! Do meu Designer favorito. Ponto pra mim, que além dos três quilos a menos e do sono da beleza, ainda ganhei um anel. Hahahahahaah 

Alguns compensam a falta de sexo e amores com chocolate e comida. O que, convenhamos, diminui as chances de voltar a ter sexo... Eu, não. Perco a fome mesmo. E é claaaaaro que não é de propósito. Posso fazer o que? Adooooooro. 

Faltam somente dois quilos e ai quem sabe... Já que a ordem do dia é ter esperanças posso sonhar que ao final dessas férias estarei magra, feliz, bem vestida e pronta para engordar tudo de novo. Quem sabe? É a ilusão de poder.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Acrilic on Canvas

O fim de uma relação em alguns aspectos me lembra a morte ou rehab. Aquela síndrome de abstinência em que você só se permite ficar sem a pessoa por mais um dia. Apenas hoje. Amanhã eu penso no que fazer. Como a Scarlett O'Hara que diz: Afinal de contas amanhã é um novo dia.  (Pausa dramática)

A diferença é que amanhã eu não vou ter um plano para trazê-lo de volta. 

Parece uma morte brusca. Como um desastre de carro. O motorista estava bêbado e morreu. Passado o choque, a primeira sensação é o ódio, vontade de bater, de desfiar um rol de impropérios. 

A segunda é a saudade. Pior que isso, achar que essa saudade será perene. E se as coisas pudessem ser diferentes? E se soubessemos qual seria o último dia? Seria tudo diferente? O que diriamos? Pediríamos mais cinco minutos, cinco horas? O último beijo teria mais significado? Teria mais sentimento? Ou seria um selinho na porta do elevador com os dois fingindo que fariam o mesmo no dia seguinte?

Qual seria a sensação de estar em público e ele não estar mais lá? Qual foi a última vez que  eu entrei em um lugar e esperei que ele me notasse, olhasse para mim e com esse olhar todos soubessem que ele era meu e eu dele? Que brincou com o meu cabelo? Fez uma piada boba... Como seria a partir de hoje?

Luto. Essa é a resposta. Hoje assisti "P.S. Eu te amo". Por isso esse post tão sentimentalóide. Chorei horrores mas parei de sentir pena de mim. Acredito que estou indo no caminho certo: Só hoje, apenas mais um dia é o bastante. Não funciona para o cigarro, mas para o desamor funciona. Só mais um dia e ai quem sabe um dia...

Sequência de raciocínios randômicos:

Faz tempo que eu não danço. Tenho vergonha, assim como tenho vergonha de beijar em público. Um dia, talvez, alguém consiga me fazer dançar. 

Adoro sapatos. Fazer compras é uma coisa que deixa muito feliz. Desse vez não adiantou. Agora não, sinto como se eu quisesse comprar um sapato lindo mas ele não me coubesse, e é por isso que vou tentar ficar descalça por um tempo. E sem dançar.

Só mais um dia e ai que sabe um dia...