segunda-feira, 28 de julho de 2008

Logo comigo

Alguns de vocês devem saber, me retirei da vida social o final de semana inteiro. Tudo começou segunda feira passada quando visitei um babalorixá. Jogo de búzios, revelações e algumas obrigações a cumprir. Ansiosa como sou, tentei resolver tudo o mais rápido possível. Queria que meu ano começasse logo. Não titubeei um segundo sequer ao ser informada que perderia o final de semana (Veja bem, logo eu dispensar um final de semana inteiro? Pois é, a coisa tava feia!). De sexta a segunda, nada bares, bebidas e algunas cositas más. Sinceramente? Eu achei que ia ser mais difícil, pra falar bem verdade eu achei tudo uma delícia. Curti minha casa, minha cama, sem a angústia de ter obrigatoriamente encontar algo interessante para fazer em pleno sábado. Uma delícia meditar, assistir aos filmes dublados da TNT (adorei tentar me lembrar de todas as vozes que os dubledores já fizeram), uma delícia ouvir rádio, uma delícia o almoço de domingo com um amigo seguido de cineminha da melhor categoria Blockbuster.

Sobre esse amigo eu gostaria de falar um pouco. Ele andava meio sumido, pediu pra trocar de codinome, parou de beber e de fumar (Ou seja, o ideal para me fazer compania). Disse que está reformulando a vida dele. A partir de hoje vou chamá-lo de Número 1 por que Juliana Paes não combina mais com essa nova vida. E nós, que já nos adorávamos, mas andávamos meio separados desde Hiroshima, nos reencontramos semana passada e não nos desgrudamos mais.

Ontem nós fomos ver o "Cavaleiro das Trevas". O filme é bom, mas acho que jogaram confetes demais. Já cheguei com expectativas altas e me decepcionei com algumas coisinhas. Um pouco hipócrita, um pouco repetitivo nas frases de efeito, o batman é pouco complexo... Isso por que eu acho que falar da voz dele é um pouco sem propósito. Mas é verdade, a voz do Batman é Uóoo. Já o Coringa não, a melhor personagem, seguido por Alfred, uma mera copeira sem voz. Arrasaram os dois! Quanto ao Morgan Freeman ele faz exatamente o que faz em todos os papéis dele desde Seven. Não tem uma atuação brilhante mas também não compromete, o mesmo para Gary Oldman. O que me deixou intrigada foi a participação da Maggie Gyllenhaal. Ela não é nenhuma diva, acho inclusive que ela é bem charmosa, mas tá feia, parece estar sem maquiagem o tempo todo. O figurino pobre, peitos caídos. Sei não... Uma mulher que é o amor da vida do Christian Bale e Aaron Eckhart(?!). Apesar disso tudo acho vale a pena. Cinema é caro mas faz a diferença ver esse filme na telona.

Depois do filme ainda tínhamos um tempinho e fomos dar uma voltinha pelo shopping para visitar a nova loja da Osklen, olhar vitrines e paquerar os vendedores (Esse tipo de coisa que todo mundo faz mas ninguém admite). É desconcertante ver uma pessoa tão feliz por causa de um copo do Burger King. Assim como também o é vê-lo dizer que gosta de pegar a fila do cinema, como numa espécie de preparação, um tempo sem fazer nada a não ser esperar e aproveitar a compania. Logo comigo que sempre quero ir na fila do Combo. Foi gostoso redescobrir pequenos prazeres.

O que no princípio parecia que seria um final de semana longo e angustiante, foi na verdade lento e prazeroso. Graças a ele que fechou meu final de semana com chave de ouro. Logo eu que achava que o Lexotan havia me proporcionado a maior epifania de todos os tempos. Logo eu, vejam só.