sexta-feira, 18 de julho de 2008

Crime e Constrangimento

Deixa eu contar uma historinha...

Capítulo 1
Na semana de despedida do Cinéfilo a gente se reuniu numa bela noite de quinta feira na pizaria do Séquito. Sem grande estardalhaço, as usual. Eu havia ligado despretensiosamente para Língua nos encontrar e quem sabe nos acompanhar à Caixinha de Música. Acontece que esse programa virou um evento gigantesco, barulhento e engraçadíssimo. Até a Casca foi com Sr. Cebola e a Maria Cebolinha-no-forno. Essa noite foi antológica. Devia existir alguma conjunção astral favorável para o encontro. Todos estavam engraçadíssimos.

Oscar de melhor atuação feminina e masculina respectivamente para Golpista e Língua pela leitura do cardápio e pelo julgamento do Wagner Moura. Melhor roteiro para Cascarissa pelo conto surreal "Crime e Constrangimento no restaurante Novo Fogão". Melhor canção de Chico Buarque e Tom Jobim que com sua "Retrato em branco e preto" deu certa carga dramática à noite. O melhor figurino era o meu. Tenham paciência que toda essa falta de modéstia é para chegar a um ponto específico. Continuemos...

Pronto, cheguei exatamente onde queria chegar. É um fato que tenho amigos maravilhosos, todos a um passo de se tornarem ricos, mas famosos de fato. Acontece que um deles em especial, o Designer, adora me presentear. Jamais comprei uma jóia dele para mim mesma. Ele chega sorrateiramente e me dá "A" sacolinha, como quem não quer nada. Fino no último.

Recentemente ele me deu um anel, o Um Anel. "Um anel para todos dominar, um anel para os encontrar, Um anel para a todos prender ..." (Ele nunca disse que havia me dado esse mimo por conta do rompimento traumático com Argonauta, mas eu sei que foi. Ele é fino demais para admitir...) Tão escandalosamente bonito que ninguém mais fala comigo, fala com ele. Ninguém mais me vê nas fotos, só vê ele. Fato é que nessa dita noite o Séquito dos Anéis dançava em torno do Precioso quando alguém tem a brilhante idéia de fazer uma poesia (ainda não sei ao certo se era pra mim ou se era para Ele). Inspirada livremente na obra do grande compositor de MPB Jorge Versilo. Em especial o trecho "Paraliiiiiiiiiiiiiisa com seu olhar Monaliiiiiiiiiiiisa". Nesse dia, porque a pauta tava muito cheia, a gente só criou o primeiro trecho.

Capítulo 2
Dia seguinte nos reunimos novamente, só que dessa vez no bar do Séquito, e demos continuidade à grande obra poética da pós modernidade. Estados Unidos da América ou A Mulher que Amo é o nome. Nesse dia um amigo e artista-da-terra se empolgou com o projeto e disse que musicaria a ode. Acontece que Língua achou que era o dono da obra e a escondeu. Disse que enviaria no dia seguinte e até hoje nada. Exatos oito dias e nada. Já levei duas rôladas do Minhoca por conta disso. Ele achou bonito ME cobrar. Ninguém merece.

E agora a pergunta que não quer calar: Cadê meu filho?

3 comentários:

Cinéfilo disse...

Exijo meus direitos autorais...
Vai que o Caetano resolve gravar e vira trilha sonora de filme?

Dentista disse...

É um absurdo o que o língua está fazendo: "crime e contrangimento na MPB cearense"! Roubo de obra relaizada em conjunto! Pega ladrão, pega! KKKK! Beijo.

margot disse...

Ei, pois vocês lembram que eu filmei o Língua declamando? Vou decupar esse final de semana e mando geral!
Beijo.