A diferença é que amanhã eu não vou ter um plano para trazê-lo de volta.
Parece uma morte brusca. Como um desastre de carro. O motorista estava bêbado e morreu. Passado o choque, a primeira sensação é o ódio, vontade de bater, de desfiar um rol de impropérios.
A segunda é a saudade. Pior que isso, achar que essa saudade será perene. E se as coisas pudessem ser diferentes? E se soubessemos qual seria o último dia? Seria tudo diferente? O que diriamos? Pediríamos mais cinco minutos, cinco horas? O último beijo teria mais significado? Teria mais sentimento? Ou seria um selinho na porta do elevador com os dois fingindo que fariam o mesmo no dia seguinte?
Qual seria a sensação de estar em público e ele não estar mais lá? Qual foi a última vez que eu entrei em um lugar e esperei que ele me notasse, olhasse para mim e com esse olhar todos soubessem que ele era meu e eu dele? Que brincou com o meu cabelo? Fez uma piada boba... Como seria a partir de hoje?
Luto. Essa é a resposta. Hoje assisti "P.S. Eu te amo". Por isso esse post tão sentimentalóide. Chorei horrores mas parei de sentir pena de mim. Acredito que estou indo no caminho certo: Só hoje, apenas mais um dia é o bastante. Não funciona para o cigarro, mas para o desamor funciona. Só mais um dia e ai quem sabe um dia...
Sequência de raciocínios randômicos:
Faz tempo que eu não danço. Tenho vergonha, assim como tenho vergonha de beijar em público. Um dia, talvez, alguém consiga me fazer dançar.
Adoro sapatos. Fazer compras é uma coisa que deixa muito feliz. Desse vez não adiantou. Agora não, sinto como se eu quisesse comprar um sapato lindo mas ele não me coubesse, e é por isso que vou tentar ficar descalça por um tempo. E sem dançar.
Só mais um dia e ai que sabe um dia...
2 comentários:
Para os fãs de musicais ( e acho que dentre os leitores desse blog vários gostam), aqui cabe a frase chave de um que eu adoro:
"No day but today".
Keep going, gorgeous...
PS: pra quem quiser ver ou rever, o musical é Rent.
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