Como Carrie conheceu Mr. Big

Dia um

-Quanto você me daria - disse Carrie - se eu fosse lá falar com ele? - Depois fez uma coisa nova que está fazendo agora com o cabelo curto. Ela o afofou enquanto os rapazes olhavam pra ela e riam. - Você pirou. - Disseram.(...)

Recorte:
(...) Carrie tinha visto Mr. Big uma vez antes, mas não achava que ele ia se lembrar dela. Ela estava num escritório onde trabalhava as vezes, dando uma entrevista a Inside Editions sobre alguma coisa que havia escrito sobre chihuahuas. Mr. Big entrou e começou a comentar com o cinegrafista que que havia chihuahuas em toda parte em Paris...
Fim do recorte, de volta à festa.

-Oi - Cumprimentou Carrie. - Lembra-se de mim? - Ela era capaz de jurar pelos olhos arregalados dele de que não fazia a mínima idéia de quem ela era, e ela ficou se perguntando se ele iria entrar em pânico.

Ele girou o charuto por entre os lábios e tirou-o da boca. Olhou para o outro lado, enquanto se livrava da cinza, depois voltou a olhá-la.

- Sem a menor sombra de dúvida.

Dia dois

Mr. Big sentou-se sorrateiamente no banco ao lado do dela. Chegavam a encostar um no outro.
Disse:
- Oi. O que andou fazendo ultimamente?
- Além de sair todas as noites?
- É... No que você trabalha?
- Trabalho nisso - disse ela - Estou pesquisando uma matéria para uma amiga minha, sobre mulheres que transam como homens. Sabe, elas transam, mas depois não sentem nada.

Mr. Big ficou só olhando para ela.
- Mas você não é assim - disse ele.
- Você não é?
- Nem um pouco. Nem mesmo metade de um pouco - disse ele.
Carrie olhou bem para Mr. Big.
- Qual é o seu problema?
- Ah, já saquei - disse Mr. Big - Você nunca se apaixonou.
- Ah, acha isso, é?
- Sem a menor sombra de dúvida.

Eles foram pro apartamento dele. Mr. Big abriu uma garrafa de champanhe Crystal. Carrie riu, zoou muito, depois disse:
- Preciso ir.
- São quatro da manhã - disse ele. Levantou-se. -Não vou deixar você voltar para casa a uma hora dessas. Ele lhe deu uma camiseta e um par de cuecas samba-canção. Foi para o banheiro enquanto ela trocava de roupa. Ela se deitou e se acomodou contra os travesseiros de pena. Fechou os olhos. Era a cama mais confortável em que ela já havia se deitado na vida.

Quando ele voltou ao quarto ela já estava ferrada no sono.