terça-feira, 9 de setembro de 2008

Blindness


Ensaio sobre a Solidão

Eu vi o filme Ensaio sobre a Cegueira sábado. Foi sim, fui sozinha. Com Jardineiro Fiel também foi assim. Saí linda de casa, sentei na sala de cinema e vi todinho, sem niguém falando ao meu lado. Sem ninguém querendo comentar o filme no final.

Adoro ir ao cinema acompanhada mas não deixo de ir ver alguns filmes logo na pré estréia, mesmo que sozinha. Detesto gente comentando um filme que ainda não vi e é por isso que prometo não revelar nada aqui. Não falo nem da trilha sonora ou fotografia, juro. Só vou dizer que é lindo e que todos devem ir. Favor me chamar caso queiram compania.

Sendo bem honesta, acho que preferi vê-lo pela primeira vez sozinha. Adoro o silêncio que vem depois. Adoro o choro solitário. Adoro a expressão de choque das pessoas que estão fora da sala de projeção e dão de cara com uma criatura chorosa, maquiagem borrada. Adoro não ter que dizer o que achei, nem me lembrar dos melhores momentos ou eleger a cena mais bonita, a mais triste, a mais engraçada e por aí vai.

Ensaio sobre a Cretinice

Sábado ainda li a crítica daquela revista que as pessoas acham respeitável. Grande bosta contar uma historinha. Isso eu sei fazer também. Juro que não entendo como aquela mulher ainda tem emprego. Não faz referências, sabe? A impressão que tive depois de ler a crítica é que ela nem viu o filme. Fez um texto fuleragem sobre o que ela leu na orelha do livro e colocou alguns pontos que ela leu em outras críticas. Ou no Wikipédia, sei lá.

Falar " Ensaio pode não ser o filme caloroso que o público se acostumou a esperar de Meirelles. Mas não desfigura uma obra literária única (...)" Caloroso? Só se for em Domésticas. Juro que não entendi. Não é de hoje que eu acho que ela é totalmente incompetente e equivocada. Ou talvez seja eu que não tenha a menor idéia do que seja o trabalho de um crítico. Achismo não é, tenho certeza. Alguém há de concordar comigo.

Ensaio sobre a Mudez

Bem honesta? Nunca consegui terminar o livro. Não achei chato, nem ruim, nem mal escrito, óbvio. Só não conseguia seguir a narrativa. Aqueles períodos longuíssimos, parágrafos do tamanho de um página... Angústia pura. Adoro períodos curtos, sou burra mesmo.

O filme também é angustiante mas ele deixa você supor muito daquele horror. Eu que sou profundamente sensível à linguagem do Meirelles chorei copiosamente (Pra falar a verdade chorei logo nos traillers. Linha de Passe. Arre égua, não tem coração que aguente! ). Vou me abster a fazer mais comentários. Vejam e fiquem mudos e embasbacados também.

Eu vou deixar vocês com a reação do Saramago ao ver o filme. Chorei ao ver também. Peço perdão pelos dois vídeos em um mesmo post, mas vale a pena.

Um comentário:

Cinéfilo disse...

Tô doido pra ver...
Beijo