quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Hopes and dreams of "second" chances

A vida é muito engraçada, maior parte da graça tá nos ciclos e padrões que a gente estabelece, nas relações e nas experiências diárias. Tudo se repete da forma mais bizarra. Lembram do Bizarro do Superman? Olha só...

"As duas versões do Bizarro interpretam o sentido o oposto das palavras, como Salvar= Matar, Bom= Mau e Amor= Ódio. É o resultado dessa sua imperfeição que o leva a ser um vilão, visto que em várias ocasiões Bizarro apenas causa problemas por tentar agir como o Super-Homem, mas falha ao agir do modo oposto, graças à sua lógica 'bizarra'" - Wikipédia

Olha só como essa minha teoria se confirma nas menores coisas... Vamos falar das relações amorosas por que é sobre o que mais reflito ultimamente.

Você conhece alguém por quem se interessa. Antes de trocarem telefones fica aquela tensão, perguntando para os amigos dos amigos do paradeiro daquela pessoa e segue com aquele friozinha na barriga pela expectativa de se encontrarem e finalmente a coisa rolar.

Rolou, e para abreviar tudo, eu vou fazer de conta que telefones, e-mail e, por consequência, MSNs foram trocados. Na sequência o Orkut. Pulamos o incio tímido, chegamos ao meio de campo em que os dois fingem trabalhar pra se falar online. Quando aquela mensagem de Ocupado, que nunca sai do msn de ninguém, é ostensivamente desprezada. E, finalmente, chegamos ao namoro.

O início é aquela coisa ma vie en rose. Muitas mensagens de texto, saudades, o sono não chega nunca por que você não pára de pensar no outro, quando finalmente dorme sonha com ele (ou ela, não julgo). Acorda suspirando. Ouve Chico Buarque, e sofre, e sonha pensando nos erros já cometidos, nas relações passadas, como tudo foi difícil. Tudo sob uma ótica cor de rosa. Vai dar tudo certo. Dessa vez vai, tem que dar.

Finalmente a relação acaba. O que se vai fazer com o Orkut e a pessoa que insiste em entrar bem na hora que você entra? Com o Google talk que insiste no sinal de ocupado, sem nunca aparecer a bolinha verde do "disponível"? Com as saudades? Com a isônia por que você nunca pára de pensar no outro e quando dorme sonha com ele? Com o frio na barriga quando esbarra em público com ela? Resposta:

Acorda suspirando. Ouve Chico Buarque, e sofre, e sonha pensando nos erros cometidos, nas relações passadas, como tudo é dificil. Mas que vai dar tudo certo. Sempre dá, essa é a ótica cor de rosa e bizarra.

A ótica que substitui o amor de salvação pelo amor de perdição (Salvar= Matar). A ótica que que não revela vilões nem mocinhos (Bom= Mau) e finalmente aquela que substitui as lembranças boas apenas pelas ruins (Amor= Ódio) para o dia ficar menos longo. Pelo menos até segunda ordem. Tempo ao tempo para que ele opere seus milagres.

O mais estranho é que acontece. Mais dia, menos dia a gente fica pronto pra iniciar tudo de novo. Com sonhos e esperanças de segundas chances. É ou não é bizarro?

3 comentários:

Cinéfilo disse...

Extremamente bizarro...
Mas que passa, passa.
Beijo

PAPEL disse...

Yay!!! Consegui coments!!!!

Larissa Maria disse...

Excelente texto