domingo, 22 de junho de 2008

O mesmo Papel de sempre

É isso, voltei. Sem grandes explicações e parcialmente sem acentos, aquelas palavras que o Word reconhece ele acentua, as que não reconhece ficaram sem nada. Devo dizer que a palavra "nao" só acentua quando é minusculo, entende? Vai entender...
Papel de enrolar prego escreve direto da casa de Flor em Upper East Side. Em um Mac com teclado ainda nao configurado. Só sei colocar o acento agudo e o Ce cedilha. Senti que era o dia de começar. Como Carrie Bradshaw em um Mac lindo, em Manhattan e super bem vestida(!?). Já falei que também escureci o cabelo? Começarei como ela começa seu livro no longa.

Amor...


Amor.

Um inicio ou um ponto final? Uma diferença sutil que poucos notaram. Língua que me chamou atenção para o fato. Passou batido feio.
A programação do dia incluía almoço preparado pelo Dr. Historia (novo personagem), Mimela e o filme Bonequinha de luxo. Sensacional. Casou tudo, figurinos, Nova York e historias de amor. Tudo que vai bem em um filme. Vários trechos incríveis (jurei faz muitos anos jamais usar a palavra sensacional, mas era a palavra mais correta). 
Um senhor veterinário e texano aparece na cidade reclamando ser marido de Holly, nossa anti heroína, prefiro pensar assim. Quando, lógico, ela diz que não é mais Lula Mae (nome que ela usava na juventude)...

Pequeno recorte, ela casou com o velhote aos catorze anos, teve uma penca de meninos, engordou (consegue enxergar a cena? Audrey gorda?) e foi embora para NY, mudou o nome em busca de uma vida glamourosa e um marido rico.

Voltando, Lula Mae diz que não voltará mais para o Texas e que o marido sempre teve o péssimo habito de amar bichos selvagens. Um Falcão, um gato selvagem e ela própria. Impossível coloca-los numa jaula.

Outro recorte, por que essas pessoas são as mais interessantes? E quando a rasteira vem ela é das mais dolorosas. O que fazer? Strike a pose! ou se passar completamente no chão de um bar de quinta categoria (mas muito bem frequentado) em pleno sábado cantando:

" Bang bang, he shot me down
Bang bang, I hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, my baby shot me down."

Há quem diga que eu precisava ter feito isso antes, para minimamente parecer um ser humano. Nao me orgulho, mas fiz. Um fato, desci dos meus Manolos ontem. Quem viu viu, quem não viu não vai mais ver. Ja chega, um mico desses numa vida basta. Fim do recorte.

Quando o velhinho finalmente vai embora ela diz pro mocinho/capacho.
"Ainda 'e muito cedo para irmos para a Tiffany's. Que tal um drinque? Mas só me leve para casa quando eu estiver realmente bêbada". Das minhas.

Hoje o meu ipod resolveu me ajudar. Criou vida e selecionou uma grande quantidade de musicas para dor de cotovelo. O que me remete a uma outra grande musica da Shirley Bassey:

"Diamonds are forever,
They are all I need to please me,
They can stimulate and tease me,
They won't leave in the night,
I've no fear that they might deserve me..."

Usarei esse lema e o carregarei pelo resto da minha vida. "Unlike men, the diamonds linger". Assim como a anti-heroína pretendo viver. Dentro em breve sairei de Pequenopolis e irei para Metrópolis e tomarei café da manha todos os sábados na Oscar Freire, olhando vitrines. Depois dos quarenta vou me permitir ter diamantes (de acordo com Audrey eles so ficam bem em senhoras). E finalmente não precisarei mais dos homens.

Assim que as coisas teoricamente deveriam acontecer. Quase nunca funciona mas é muito bom pensar depois de uma decepção amorosa você vai ser a pessoa mais escrotona do mundo. Acabei de cair nesse equívoco. Passei meses dizendo para mim mesma que o fato de eu não assumir uma relação para mim mesma ou para os outros significaria que eu estava imune aos efeitos do amor e de suas armadilhas. 

Apesar de varias pessoas terem dito que detestavam o personagem do Big, eu o adorei. Uma personagem complexa (Nao resisti Flor, gosto mais de personagem no feminino) e muitas vezes um filho da puta como qualquer pessoa normal. Caga na cabeça da Carrie, abandona a pobre no altar por puro medo e egoísmo. O miserável foi tão equivocado em todas as escolhas da vida amorosa dele que foge do compromisso que nem uma mulherzinha. Essa escolha não impediu o coitado de sofrer. Nao preciso dizer que chorei a cantaros nesse filme ne?

Filho duma égua isso sim, esse tal de amor. Feliz daqueles que conseguem virar as costas para ele. Intransitivo para uns e transitivo Indireto para outros. E com sujeito composto! Eu hein. Vou me abster. Nao incorrerei no erro de julgar o que as pessoas sentem ou a maneira que elas sentem, mas francamentch! Essa coisa de gostar é complicado demais pra mim. I'm done. Down with Love!

P.S. Só mais uma coisa. Nao resisti e vou me repetir. Cena do Filme "O nosso amor de ontem" misturado com Sex and the city:

- You bride is lovely Hubble" (Barbara Streisand para Robert Redford)
- I don't get it (Big para Carrey)
- You never did (Carrey para Big)

3 comentários:

Lingualguma disse...

Adorei o retorno de Papel.
Estou por perto. Qualquer coisa, você sabe como me acionar.
Bj

Bia disse...

aiai
ô dorzinha ruim...
a sorte é que passa

Thalles Walker disse...

Esse post é quase uma letra do cd novo da Alanis Morissette "Flavors of Entanglement", hehehe..

Mil saudades de você, e da casa da Flor também.