terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ground zero

Muito bem lembrado. Postado. Os créditos de quem lembrou eu não vou dar. Peço perdão por isso.

Da vez primeira em que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram
Foram levando qualquer coisa minha...
E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!
Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!


Mario Quintana

7 comentários:

Cinéfilo disse...

Xô Satanás!!!
Foda-se!
Pá de cal.
Novos planos.

Cinéfilo disse...

Ah, esqueci.
Te amooooooooooo

Cinéfilo disse...

E antes que me crucifiquem os diletos amigos.
Adoro Mário Quintana

golpista disse...

os outros passarão...eu passarinho!

Cinéfilo disse...

Gente, nem lembro de ter feito esses comentários. Tava muuuiiiito bêbado, só pode...

Rita Brum disse...

uma dose exata de veneno

Unknown disse...

"Aquilo que a memória ama fica eterno."